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Louis ON#

Quando olhei de novo para ela, estava soada e piscava muito os olhos, como se se quissesse manter acordada.

Eu: O que se passa? Estás te a sentir bem? - pergunto preocupado

Mari: Não, estou bem, foi só uma tontura. - ela sorri, tentando disfarçar, mas sem êxito.

Eu: Não, não está tudo bem. Tu estás a soar. Mari o que se passa?

Ela fecha os olhos com força e abre-os rapidamente quando ouvimos uma buzina forte.

Olhei rapidamente e ainda consegui ver um camião a vir direito a nós. Tinhamo-nos despistado! Tentei alcançar o volante para nos livrarmos do pior, mas a Marianne foi mais rápida.

Mari: EU NÃO TE VOU DEIXAR MORRER! - ela grita e vira o carro de lado para que o camião fosse apenas contra ela e não de frente. 

A partir daí, tudo passou a acontecer muito devagar, em câmara lenta. Estava tudo a acontecer outra vez. Estava a perde-la, outra vez.

Os vidros partiam-se e aqueles que passavam pela Marianne vinham lentamente na minha direção, o que não me permitiu desviar, visto que os meus movimentos eram igualmente lentos. As mãos dela deixaram de apertar o volante e só agora reparei o quão branca ela estava. O impulso projetou-a na minha direção, mas quando tentei agarrá-la, fui contra o vidro com força. Todos os momentos que vivera com ela passavam-me diante dos olhos, e seria, decerto, a única coisa que acontecia depressa em todo o cenário. Os seus olhos estavam fechados e o carro começou a deslizar, agora de lado. Espero, que aquilo que acabei de ver, não seja uma chama. Obriguei os meus olhos a fecharem, não aguentava assistir àquilo.

***

Acordei numa cama de hospital. O teto branco, tal como as paredes. A sala estava vazia, não havia ninguém por perto.

O único barulho que se ouvia era a máquina que estava ao meu lado, que registava as batidas do meu coração. Doia-me o corpo, e tinha algumas feridas e queimaduras no corpo.

Marianne.

Onde é que ela está?

Procurei à minha volta, mas não a vi. Nada. Nenhum vestigio dela! Eu tenho de a encontrar.

Levantei-me, mas rapidamente deixei-me cair na cama, devido a uma dor aguda na perna. 

Procurei algo para chamar alguem. Eu precisava de a ver. Não vi nada, por isso sentei-me e lentamente, pus me de pé. Estava cheio de frio, pois só tinha uma t-shirt branca, umas calças de fato de treino igualmente brancas, e uma daquelas batas de hospital muito finas. Caminhei, a cochear e cheio de dores até à porta. Deixei de fazer força no pé esquerdo e abri a porta, caminhando com dificuldade pelo corredor deserto do hospital.

xx: Senhor, Tomlinson?

Eu virei-me e vi um homem, já de meia idade, que supus ser médico devido à sua bata, e ao cartão que dizia doutor Carl. 

Eu: Sou eu.

Dr. Carl: Ainda bem que já acordou, mas agora, tem de descansar. E essa perna? Está melhor?

Eu: Ah, sim, claro. - menti. - Como acha que vim até aqui?

Dr.Carl: Se quando alguém partisse uma perna melhorasse assim de um dia para o outro, eramos todos mais felizes. Vamos-lhe engessar essa perna e amanhã de manhã, se tudo correr bem, tem alta. Mas... tem de descansar, até lá. - ele sorri.

Eu: De acordo.

Ele acompanha-me de novo ao quarto, enquanto eu salto ao pé coxinho. Antes de abrir a porta, lembro-me dela.

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