19 - Amigos

82 7 4
                                    

Eu: Louis? - perguntei espantada.

Mas ele insiste em perseguir-me? Que chatice! Já é demais, não?

Louis: Marianne, calma, não te quero fazer mal.  - garante ele quando vê a faca na minha mão pronta a ser usada.

Ele só diz isso para tentar que eu não o mate.

Eu: Não tenho muita certeza. - atiro

Louis: Só te queria agradecer por me teres salvo à pouco. - ele diz com medo

Eu: Tu escondes algo. Andas atrás de mim o dia todo. Persegues-me para todo o lado. Vens ao pé de minha casa durante a noite. O QUE É QUE TU QUERES DE MIM? EU NÃO SEI SE REPRESENTAS UM PERIGO PARA A MINHA VIDA OU NÃO, MAS TU NÃO ESTÁS DO MEU LADO! - berro e a minha expressão enche-se de raiva.

  Aproximei a faca dele e  apontei-a ao seu pescoço.

Será que ele sabe alguma coisa sobre o meu pai? Sim, se calhar é isso!

Eu: LOUIS, DIZ-ME O QUE SABES SOBRE O MEU PAI. JÁ! - ordeno.

Louis: O teu pai? Não sei nada! Marianne, por favor, baixa a faca. - pede ele mais assustado ainda.

   Eu encostei a faca ao pescoço dele.

Louis: Marianne, eu juro, eu só quero ser teu amigo.

Eu: Mentira! Ninguém quer seu amigo de verdade! Tu tens segundas intenções. Isto é por causa da Brittany? - pergunto. Gostava de saber sobre as suas motivações antes de ele morrer.

Louis: A Brittany? - pergunta ele confuso. - Marianne, para. Ouve-me, estás muito confusa, baixa a faca.

   A minha mão recuou, apenas para dar balanço. Ele escondia-me alguma coisa. E ele tinha razão. Estava muito confusa para pensar. Por isso tive de tomar uma decisão e achei melhor matá-lo.

   Olhei-o nos olhos. Ele estava muito assustado.

   Com grande velocidade empurrei a faca contra o pescoço dele.

   Ele esconde-me alguma coisa!

   PÁRA TUDO! O QUE É QUE EU ESTOU A FAZER?

   Parei a faca a um ou dois milímetros do pescoço dele.

   Olhei para os olhos dele que estavam com um ar de quem já tinha morrido, eu não lhe conseguia fazer isto…

   Ele olhou para a faca e depois para mim. Com a expressão mais aterrozidada que já vi na minha vida Ele estava completamente paralisado.

   Deixei a faca cair no chão e abracei-o.

   Ele estava completamente espantado, e não tinha reação.

Louis: Marianne… - foi o que ele consegui dizer

Eu: Louis, estavas a ser sincero, quando dizes que não tens segundas intenções e que só queres ser meu amigo? - pergunto esperançosa por finalmente alguém se preocupar comigo.

Louis: Sim, claro. - ele afasta-se, e olha para mim sorrindo.

   Eu olhei para ele, começando a chorar de felicidade, e de raiva comigo própria. Não acredito que quase o matei. Ele não merecia! Abracei-o de novo. Desta vez ele retribuiu o abraço.

Louis: Queres ir para casa? - pergunta enquanto me faz festinhas no cabelo.

Eu: Não. Não quero ver a minha família. É a última coisa que quero ver hoje.

Louis: Anda, então vamos para minha casa, amanhã é sábado. Precisas de descansar. - ele sorriu com aquele seu sorriso perfeito.

Ele está a ser tão simpático comigo mesmo depois de tudo.

FuryOnde histórias criam vida. Descubra agora