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× incessantes dias depois ×


— Michael, ele está aqui de novo. — Karen, puxou o filho e sussurrou para ele.

— Ele não cansa? Porque eu já cansei disso. Eu não sei como aconteceu, mas vou resolver. — Michael disse, saindo do alcance da mãe e passando pela porta de saída.

Ao chegar no lado de fora, se deparou com o mensageiro da família Hemmings, fazia dias que ele continuava voltando.

— Michael Clifford, estou aqui em nome da família Hemmin-

— Já sei, até porque você está aqui todos os dias. O que foi dessa vez? Mais convites? Propostas? Eventos? Vamos lá, seja criativo. — O loiro disse já impaciente.

— Eu só estou fazendo meu trabalho, não gosto disso tanto quanto você, acredite. — O moreno disse um pouco desconcertado.

— Certo, me desculpe. Qual seu nome?

— Calum Hood. — Suspirou pesado. — Mensageiro não oficial dos Hemmings.

— Você deve ter andado bastante, pode entrar e tomar um copo d'agua antes de passar a mensagem.

— Estou bem, obrigado. Preciso falar com o senhor ou a senhora Clifford, seus pais.

Aquilo era novidade. Desde o festival, Michael passou a receber convites da família Hemmings, seja para uma visita, um almoço, algum evento de organização deles, ou até mesmo um tipo de encontro amigável. Era estranho e Michael não entendia o porque disso estar acontecendo, mas todas as vezes ele recusou, sabia que não podia esperar nada de bom de tais propostas.

O estranho era que dessa vez pedirem para falar com seus pais ao invés de com ele próprio. Daryl estava piorando e Karen e Michael combinaram deixar ele fora disso, sabia que o estresse não faria nada bem a ele.

— Por que com meus pais? — O loiro perguntou, cuidadosamente escolhendo suas palavras.

— Dessa vez é só com algum deles, poderia?

Michael assentiu, voltando para dentro de sua residência. Viu a mãe colocando a pequena porção de comida para servir ao seu pai.

— Mãe, ele quer falar com você. Deixa que eu ajudo o pai.

Karen ficou tensa, mas não se opôs, sabia que eles queriam de fato falar com o homem da casa, no caso o seu marido, mas não podiam se dar ao luxo de tal ato.

A cada dia que passava, Daryl piorava e isso só fazia Michael ficar mais preocupado e querer alguma forma de irem todos embora dali. Mas parecia impossível.

Karen foi ao encontro do mensageiro, enquanto o garoto de olhos verdes ajudava o pai, tarefas simples estavam se tornando um desafio ultimamente.

Alguns minutos depois Karen voltou para dentro de casa e foi lavar a louça, mas dava para notar o quão tensa ela estava, parecia até irritada. Por sorte, Daryl estava sonolento demais para perceber, no entanto Michael não deixou isso passar despercebido.

— Mãe, por que está assim? — Sussurrou.

— Ela se atreveu... Amanhã a majestosa Elizabeth virá aqui. — Disse sem controlar a amargura e desgosto na voz.

— Mas por quê?

— Vai ficar tudo bem. — Abraçou forte o filho, sem conseguir conter as lágrimas. — Eu amo muito você, seu pai e eu te amamos mais que tudo!

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