Falcão Pov
Cheguei em casa a Jasmine nem estava mais, fui direto pro quarto e tomei um banho no maior cuidado pra não fuder o curativo, me sequei, coloquei a roupa e fui pra sala, coloquei meu pé na mesinha deixando minha perna esticada e liguei a tv.
Nem mandei mensagem pra ela, ia fazer surpresa. Pqd mandou mensagem falando que ela estava na praça com as crianças e fiquei mais relaxado, ela vai ficar maluca quando ver minha perna fudida, mas eu não podia ver os parceiros se fudendo.
Quero nem estar perto quando ela ver o Cubo, ele fudeu o braço, um tiro no ombro, saímos ferrados de lá. Deitei a cabeça no apoio e tirei um cochilo ali mesmo, sei lá quanto tempo eu dormi, só sei que acordei ouvindo uns berros e já peguei minha pistola.
- Papai mamãe. - Aiyra apontou pra mim e pulou no sofá vindo pro meu colo.
- Que caralhos tu arrumou nessa perna? - Jasmine perguntou puta colocando o Kaique no sofá - Tu e o Cubo tiraram o dia pra me testar, não é possível.
- Já viu ele? - perguntei.
- Quando estava voltando. - falou sentando do meu lado - Tu foi pra se proteger Saulo, não pra morrer.
- Os caras estavam perdendo, só dei uma ajuda. - falei e ela respirou fundo.
- Pensou na gente? - perguntou e assenti.
- Eu sempre penso em vocês. - falei pegando o Kaique no colo que deitou no meu peito igual a Aiyra - O importante é que eu não rodei e nem morri.
- Mas quase perde a perna né? - perguntou dando um soco no meu ombro - Fiquei muito preocupada contigo.
- Eu estou bem meu amor. - falei e quando ela veio me dar um beijo o Kaique puxou a minha cara - Posso beijar tua mãe não?
- Nana. - tentou falar.
Ela ficou rindo e ficou mó cota me olhando, levou as crianças pra cozinha e minutos depois senti um cheiro bom pra cacete, levantei indo pra lá e vi as crianças já comendo, nem me chamou a filha da mãe.
- Eu ia te chamar depois. - falou me olhando - Elas são prioridades.
- Quer que eu bote teu prato? - perguntei.
- Pode ficar andando? - perguntou e dei de ombros.
- O cara não falou nada, só pediu pra ter cuidado. - falei e ela concordou.
Coloquei nossos pratos e coloquei na mesa, peguei os copos e a coca, coloquei pra gente também e a Aiyra ficou olhando pro meu copo, dei um gole pra ela que sorriu e sentei do lado dela pra comer.
- Como ta na creche? - perguntei pra Aiyra.
- Lecal. - ela falou - Adim aduda eu.
- Ajuda em que se cês só dormem? - perguntei e ela sorriu mostrando os dentinhos.
- Estão ensinando o básico pra eles. - Jasmine falou.
- Avançados. - falei.
Almoçamos juntos e ajudei ela a escovar os dentes deles, coloquei o Kaique no chão brincando com os brinquedos dele e a Aiyra ficou lá também, Jasmine sentou com eles e voltei pro sofá, amo muito a minha família, não aconteceu do jeito que planejei, mas é a minha.
- Olha Saulo. - Jas colocou o Kaique em pé - Vai lá no papai filho.
- Vem garotão. - falei com os braços na direção dele.
Dei um sorriso vendo ele dar três passos na minha direção e bati palmas vendo ele cair de bunda, Aiyra ajudou ele a levantar e o chamei, deu mais quatro passos chegando no sofá e o peguei no colo apertando ele abessa.
- Quando começou? - perguntei pra Jas.
- Logo que tu foi embora. - respondeu sorrindo - Coloco ele pra "treinar" todo dia.
- Tu deixou o papai felizão filho. - falei dando vários beijos nele e vi o bico que Aiyra fez - Qual foi dragãozinho?
- Cê num ama eu. - falou cruzando os braços.
- Amo sim. - falei esticando um braço pra ela - Vem aqui comigo, dar um abraço gostosão.
Mesmo de bico ela se jogou entre eu e o Kaique me abraçando, Jasmine riu dos ciúmes dela e sentou perto de mim abraçando nos três. Bagulho muito doido isso, mato e morro por eles, ninguém é maluco de mexer com a minha família.
- Deixa eu perguntar, os malucos se comportaram? - perguntei me referindo aos soldados.
- Pqd ficava de manhã na boca e o Tk ajudando a Loma, depois trocavam. - falou mudando de canal - Quando os dois tinham compromisso o Picolé ficava, ele tem potencial.
- Tô ligado. - falei, já tinham me passado a visão - E tu, fiquei sabendo que os caras levaram esporro.
- Isso não foi nada. - ela ficou sem graça e encarei ela - No meio de horário de trabalho querem ficar de graça?
- Vou te botar lá pra passar uma semana. - falei e ela riu - Vai ser pique minha mãe, por ordem na casa.
- Quem tem que por ordem na casa é o chefe. - me olhou - E esse cargo é teu filhote.
Fiquei o dia todo lá com eles, Tk estava na boca mesmo então nem preocupei. Passei quase um mês longe deles, estavam ameaçando meu morro, então fui passar um tempo no meu parceiro pra não dar merda, todo dia eu ligava pra falar com eles.
Vi que a Jasmine estava dormindo igual o Kaique, a Aiyra estava jogando no celular da Jas e liguei o video game fazendo ela olhar pra tv, coloquei ela no meu colo e fui jogando igual quando ela era bebê, só parei quando vi que ia dar dez da noite.
- Maluca, acorda ai. - falei balançando o braço da Jas - Acorda ai anjo.
- Me deixa. - falou virando e o Kaique se ajeitou nas costas dela.
- Aiyra fica ai quietinha que o pai vai comprar o nosso lanche. - falei colocando ela sentada no meu lugar - Quer o que?
- Cocolate. - falou e assenti.
- Ta bom. - mostrei meu nome no celular da Jas - Qualquer parada tu me liga.
- Tla bom. - falou.
Estava frio então fui no quarto e peguei um casaco, peguei a chave da moto, guiei pra tia do lanche e pedi o que eu e a Jas gosta e pedi o que ela pede pras crianças, foi lá dentro falar com o cara que faz os lanches e voltou pra conversar comigo.
- Meu filho, Kaique está enorme. - falou me fazendo sorrir.
- Ta gatão igual o pai né? - perguntei e ela negou balançando a mão - Eles ficam muito aqui na praça né?
- Nem tanto, mas quando ficam só a Jasmine pra controlar eles. - falou e sorri - Olha, vou dar um aviso de mãe.
- Pode mandar. - falei olhando pra ela.
- Fique de olho bem aberto com as pessoas que rodeiam a família de vocês. - falou e me apoiei no balcão - Tenho percebido uns olhares estranhos em cima de todos eles, então tome cuidado.
- Todos quem tia? - perguntei.
- Todos meu filho, principalmente nas suas crianças e nas do Tuan. - falou e cocei a cabeça - Não quero te deixar preocupado, só para se ligar mais nas coisas.
- Pode deixar tia. - falei pensando no que ela falou - Mas diz ai, quem fica olhando pras minhas crias?
- Conversa com o Carlinhos. - falou apontando pro menino que trabalha com ela.
- Vou lá pra boca, tem como a senhora pedir pra ele entregar lá? - perguntei e ela assentiu - Vou alertar os manos e depois converso com ele.
- Tudo bem meu filho. - falou e voltei pra minha moto.
•
(2/5).
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Neurose Minha
Teen Fiction"Não sei o que eu faço, o que eu digo Não sei se te ligo, preciso te ver De hora em hora, desisto da gente Juro que vou me jogar De ponta no mundo, sem rumo Topando de tudo até te esquecer Mas te esquecer não dá"