Falcão Pov
A cara que minha sogra fez quando chegamos na praça onde rolava um pagode foi a melhor, foi tão engraçado que nem a própria filha conseguiu segurar a risada, sentamos na mesa de sempre e alguns caras vieram me cumprimentar fazendo a senhora Lynn me olhar desconfiada.
- Tk tinha que ta aqui. - Pqd falou com as mãos no bolso do casaco - Ele ia se amarrar de te ver aqui tia.
- Marlon do céu, é dona! - Van deu um belisco nele.
- Tia é melhor. - minha sogra falou - Estou acostumada por causa da Paloma.
- Ela é doidinha né tia? - ele perguntou e ela concordou.
- Aqui tem vinho? - ela perguntou e chamei o garçom.
- Tem vinho ai? - perguntei e ele me olhou assustado - Trás umas cervejas ai.
- Mãe, aqui não tem esses vinhos que a senhora está acostumada. - Jas falou fazendo a mãe fazer um bico.
Mandei mensagem pro Matheus perguntando onde ele estava e pedi pra ir comprar pelo menos cinco garrafas de vinho, ele ficou curioso e mandei ele trazer a mãe também pra fazer companhia pra ela, as duas coroas se dão bem, melhor até mesmo do que eu imaginava.
Não deu nem uma hora e ele chegou com duas taças na mão e minha mãe estava com uma cara de preocupada que já fiquei em alerta. Ela sentou do lado da minha sogra e começaram a conversar, Matheus abriu a primeira garrafa e serviu elas.
- Que cara é essa dela? - perguntei pro Matheus.
- O tio foi lá pegar a Fernanda hoje cedo. - respondeu - Tu sabe como ela fica.
- Vou dar um toque nele. - falei já ligando pro filho da puta.
Meu tio resolveu se aproximar da Nanda e a maior preocupação da minha mãe é dele fazer a cabeça dela contra a gente. É uma história muito complicada, uns falam que ele é o culpado da morte do meu pai, outros defendem e eu tento relevar por causa da Nanda.
Passei a mão na coxa da Jas que sorriu e voltou a conversar com as meninas. Pqd e o Matheus estavam num papo animado e eu só observava o movimento, é um bagulho sinistro, quando ta tudo tranquilo o satanás manda os demônios, olhei sério pro grupinho que entraram.
- Ainda bem que a Loma não está aqui. - Van falou passando a mão no rosto.
- Mas eu estou. - Jasmine falou encarando a Dayane que acenou pra cá.
- Jasmine Lynn, não te criei pra fica brigando na rua por causa de homem. - minha sogra falou olhando pra ela - Ainda mais por causa de um homem como o seu marido.
- Concordo com a sua mãe Jas. - minha mãe falou e encarei ela.
- O marido dela sou eu, teu filho. - falei cruzando os braços - Jogando contra Sônia?
- Sempre deixei claro que entre você e ela eu prefiro minha nora. - falou dando de ombros.
- Amo muito minha sogra. - Jas falou dando um beijo na mão dela.
- Tu tem que me amar! - falei e ela segurou meu rosto me dando um beijo.
- Eu também te amo seu ogro. - falou e ajeitou a cadeira pra ficar apoiada no meu peito.
Acabou que começamos um papo em que todo mundo interagia, minha sogra fazia umas caretas por causa das gírias, mas estava tudo certo. Fiz sinal pro Cabeça ficar de olho no grupinho pra elas não virem de gracinha porque vou segurar meu dragão não.
Dei um tapa naquela raba maravilhosa e ela deu um sorriso voltando a rebolar no meu pau. Ela e apoiou no meu peito e olhei pra cara de safada que ela fazia, apertei sua cintura com força e ela gemeu baixo mordendo o lábio em seguida.
- Eu vou gozar. - falou baixo e sorri.
- Goza amor, goza. - falei e segurei em sua cintura bombando.
Mudamos de posição assim que ela se estabilizou, ela deitou de costas e deu uma empinada, encaixei metendo tudo de uma vez ouvindo o gemido dela, joguei seu cabelo pro lado e dei uns beijos na nuca dela enquanto metia com calma fazendo ela gemer baixo.
- Papai? - ouvi a voz do Davi e puxei a coberta pra cima da gente - Mamãe?
- Puta que pariu, vai tomar no cu. - sussurrei e a Jas segurava a risada - Caralho, se fuder, nunca mais transei em paz.
- Papai! - ele chamou e o vi tentando subir na cama.
- Fala menor, o que tu que? - coloquei a cabeça pra for da cama e ele sorriu com um envelope na mão - Que isso pivete?
- Tio Tk. - falou jogando pra mim e saiu correndo.
Sai de cima da Jas sentando do seu lado e ela se levantou rápido colocando uma camisola, as crianças cortam nosso clima legal. Abri o envelope e tinha um bolinho, quando tirei eram fotos dos caras, fotos da minha família, coloquei no envelope e levantei me arrumando.
- O que foi? - a Jas perguntou saindo do banheiro.
- Vou na boca, já tô voltando. - falei terminando de por a camisa - Não abre a porta pra ninguém.
- O que tem ai Falcão? - perguntou preocupada.
- Fica preocupada não, vou resolver. - falei e ela cruzou os braços - Não quero tu envolvida mais em nada, já basta toda a merda que deu por tu ser minha mulher.
Desci vendo os três sentados no sofá vendo tv e fiz sinal de que estou de olho. Sai de casa e quando mandei ficarem em alerta já começou as perguntas, acionei os caras pelo radio e fui direto pra boca, ouvia uns papos no radio e os caras estavam tudo sem saber o que fazer.
- Patrão, vai ter invasão? - um garoto perguntou.
- Não sei, mas é melhor ficar preparado. - falei e ele concordou - Cheguei. - Tk falou ofegante - O que ta pegando?
- Lá pra minha sala. - falei apontando com a cabeça vendo os outros três chegarem.
Mostrei as fotos pra eles e ficamos mó cota se encarando sem falar nada. No envelope só tinha as fotos e nada mais, nenhum aviso, nenhuma ameaça, nada. Tk falou que foi um pivete que entregou pra ele lá na barreira, mas como faz pra achar um pivete que não é do morro?
- Alguém aqui de dentro é xnove. - Picolé falou e olhei pra ele - Tem até foto minha e eu só sou o segurança.
- Tu é grudado na Aiyra. - Cubo falou com a foto dos dois na mão - Tu vive com as crianças.
- Estão palmeando primeiro. - Pqd falou - Se fosse pra fazer algo já teriam feito.
- A pessoa está muito perto, muito. - Tk falou - Não é melhor levar as crianças pra fora do morro?
- Muito arriscado. - falei e o Cubo me encarou.
- A gente da conta, mas se vierem com força total vamos perder. - Picolé falou sincero - Não tem como a gente se defender não tendo as paradas.
- O carregamento ainda não chegou? - perguntei pro Pqd que negou - E não temos mais nada?
- Foi como ele falou, a gente da conta e for coisa rápida. - falou e sente na mesa coçando a cabeça.
- Vamos ter que recorrer aos meu tio. - Tk se referiu ao pai da Jas.
- Não mesmo, me recuso a pedir mais alguma coisa pra ele. - falei encarei o Cubo que parecia hipnotizado - O que foi Cubo?
- Fala com o Jaime, pede pra ele vir e trazer uns caras com ele. - falou me olhando - Sabe que por eles o Jaime faz de tudo.
- E ficar devendo de novo? - perguntei já negando - Quero não.
- Eu peço então. - Tk falou - Ele não vai negar.
- Beleza. - falei respirando fundo.
•
(3/3).
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Neurose Minha
Teen Fiction"Não sei o que eu faço, o que eu digo Não sei se te ligo, preciso te ver De hora em hora, desisto da gente Juro que vou me jogar De ponta no mundo, sem rumo Topando de tudo até te esquecer Mas te esquecer não dá"