VI

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— Eu continuo achando que isso não é uma boa ideia.. – Draco murmurou, levemente intimidado com a mansão Potter erguendo-se a sua frente. Ele lembrava de quando a mansão pertencia a Sirius e aos Black. Sirius.. Uma onda de culpa escureceu suas feições.

— Oh, céus, acho que nunca vou me acostumar a aparatar. – Sussurrou Scorpius, curvando seu corpo para frente para se apoiar nos joelhos e esperar o enjôo súbito passar.

Draco Malfoy estava repensando suas decisões, todas elas, quando a cabeleira bagunçada de Albus surgiu no vão da porta de entrada. Ele esperou o filho se recuperar e o seguiu até onde o Potter os esperava.

— Scorp! Ahn.. Oi, Draco! – Draco não pôde evitar um sorriso triste. Ali estava ele, Albus Severus Potter, sendo cordial a um Malfoy que não fosse Scorpius, mesmo tendo sido ensinado a não fazê-lo.

— Potter! – Animou-se o loiro mais novo, abraçando o melhor amigo e puxando Draco pelo blazer para dentro da mansão.

Albus e Scorpius instantaneamente entraram em sua bolha pré-adolescente e saíram juntos, largando um Draco completamente perdido parado perto da porta agora fechada.

Ele olhou em volta com as sobrancelhas arqueadas. Apesar do exterior um pouco mais sombrio, as coisas pareciam exatamente como Harry e Gina. Aconchegantes e extremamente Grifinórias, em tons de vermelho, marrom e dourado. A lareira estava acesa na sala, e o Malfoy agradeceu internamente por isso.

— Não é como você esperava? – Harry Potter. Draco sentiu todos os pelos do seu corpo se eriçarem e um calafrio percorrer a sua espinha com a voz grossa direcionada a si. Correu os olhos pelo ambiente até encontrar sua figura, encostada na parede, meia dose de whisky de fogo entre os dedos.

— É exatamente como eu esperava. Estupidamente Grifinória. – Murmurou Draco em resposta, com um sorriso desafiador no canto dos lábios, mas sem um pingo de sarcasmo na voz.

— Suponho que seja melhor do que o vazio da mansão Malfoy.

Draco cruzou os braços.

— Não é como se as coisas não estivessem diferentes por lá, Potter. Não é o mesmo de quando você esteve. Não sou Lucius. – Ali estava ela: a máscara de indiferença de Draco Malfoy. Disfarçando seu coração batendo como louco dentro do peito a medida que Harry erguia as duas mãos em sinal de rendição e colocava outra dose num copo diferente.

— Não foi o que eu quis dizer.

O loiro revirou os olhos.

— Foi exatamente o que você quis dizer.

Harry deu de ombros, oferecendo a bebida ao Malfoy. Ele ergueu as sobrancelhas novamente. Harry Potter estava sendo cordial? Forçou seus pés a se moverem. Um passo, depois outro, e outro, até restar cerca de um metro de distância entre eles. O Potter fingiu não saber que os filhos espiavam a conversa. Draco pegou a bebida, mas só a levou aos lábios minutos depois, quando Harry passou por si e largou o corpo no sofá. O Malfoy se recostou na parede.

— Nenhuma careta? – Perguntou, ao notar que a expressão de Malfoy continuava a mesma enquanto bebia. Ele sorriu amargo.

— Amigos de longa data.

Harry suspirou. Draco o observou com calma. Seus cabelos eram uma bagunça sem fim como sempre. Os óculos ligeiramente tortos. A blusa pesada preta e vinho, em conjunto com uma jeans trouxa contrastando totalmente com o terno fino e preto de sempre que o Malfoy usava. Ele observou o fogo crepitando nos olhos verdes de Harry.

— Problemas no casamento?

A pergunta pegou Draco de surpresa.

— Não é da sua conta, Potter. – Silêncio. O loiro esfregou o espaço entre as sobrancelhas com os dedos e respirou fundo. Harry não se abalou. – Problemas no casamento.

drarry; 「after all this time? 」Onde histórias criam vida. Descubra agora