XIV

13.3K 2K 1K
                                    

— Por que não deixou o que eu sentia pelo Potter pra lá quando descobriu? – Perguntou Draco ao buscar o filho na plataforma. Ele arqueou as sobrancelhas como se fosse óbvio.

— E perder a chance do meu melhor amigo ser o meu irmão? Nem pensar.

— Então.. Não tem a ver com a minha felicidade, coisa e tal? – Scorpius fechou a cara, o rosto avermelhando-se rapidamente. Não era de demonstrar o quanto gostava do pai frequentemente, Draco sabia.

— Claro que não, não se iluda com uma coisa dessas. – Resmungou, cruzando os braços. O mais velho riu, abraçando o filho pelos ombros enquanto seguia direto para o ponto onde iriam aparatar. Scorpius não deu o braço a torcer, mas Draco viu um pequeno sorriso no canto dos seus lábios quando foi abraçado.

— É sério, Harry, não vamos ter essa discussão de novo. – Malfoy arqueou as sobrancelhas, mais tarde, no mesmo dia. Estava na sala de estar da mansão Potter, Harry com um enorme bico teimoso, se recusando a olhar para o loiro.

— Eu não vou ir morar na mansão Malfoy, Draco.

— E eu não vou vir morar aqui, já disse isso. Não conseguiria. – Ele suspirou. Albus e Scorpius estavam largados nos outros sofás, jogando xadrez bruxo silenciosamente, já acostumados com aquela discussão.

— Por que não? Você sempre fica aqui.

— Sim, Potter. Vir ver você e dormir aqui às vezes é diferente de morar. É tudo muito estupidamente Grifinório pra mim. – Murmurou.

— E a mansão Malfoy é muito estupidamente Sonserina pra mim. – Harry cruzou os braços. Draco massageou as têmporas com as pontas dos dedos.

— Eu não sei se você, em sua grande esperteza, percebeu, Potter. Mas somos quatro aqui. – O loiro fez um gesto abrangendo a sala. – E você é, literalmente, o único Grifinório.

— Xeque-mate, trasgo. – Apontou Albus, o que fez com que Scorpius resmungasse e afundasse o rosto na almofada.

Harry revirou os olhos.

drarry; 「after all this time? 」Onde histórias criam vida. Descubra agora