Bad Romance (TodoDeku/TodoBaku/BakuDeku/TodoDekuBaku)

BNHA- Capítulo 13. - Confusão Sentimental

(Midoriya)

— Midoriya, não tente me enganar – Ele me encarou sério, com seu tom de voz aveludado... senti meu corpo arrepiar e o coração disparar. – Eu sei que gosta deles... Romanticamente...
— E-Eu não sei – Como ele pode deduzir isso? Eu não sei, nem eu mesmo sei o que sinto! Como ele pode afirmar isso, com toda essa segurança?! Não posso admitir algo que nem eu mesmo sei! — T-Talvez seja só... atração... não sei.
— Bem... se acha isso é fácil de descobrir! – Um sorriso se formou em seus finos lábios, demostrava confiança. – Você me acha atraente, Midoriya? – encarava-me apoiado em seus braços, era possível notar sua calda abanando por baixo das cobertas, como ele consegue? Não demostra nem um mínimo vestígio de vergonha, insegurança... como eu posso mentir para ele?
— B-Bem… Etto... Acredito que sim. Mas, em que isso vai ajudar, Yang?
— Simples... Assim. – Senti sua mão se entrelaçar rapidamente em meus cabelos e pressionar fortemente minha nuca, eu apenas senti o encontro de nossos lábios. Seus lábios são tão macios e quentes quanto eu imaginei, suave, macio e ao mesmo tempo tão intenso. Abri os lábios e senti sua língua adentrar minha boca, eu estava perdido, não sabia o que fazer afinal, aquele era meu primeiro beijo para valer! Passei a tentar imitar os movimentos da língua do canino, que se movia com delicadeza, quase como se dançasse em minha boca, aquilo era simplesmente maravilhoso! Eu não queria parar. Meu corpo esquentou, e o beijo foi acelerando, até que em um momento nos separamos por falta de folego, as orbes bicolores do canino estavam fixas nas minhas, por um momento aquele olhar me lembrou tanto o do Todoroki-kun... Meu corpo estremeceu e eu murmurei:
— O-O que foi isso?
— Um beijo horas. – O canino me encarou com um sorriso malicioso e um tom irônico, igualzinho o do... Kacchan...
— P-P-POR QUE FEZ ISSO?
— Para te ajudar, óbvio.
— M-ME AJUDAR?! COMO VAI ME AJUDAR?! EU NÃO ENTENDO! Eu... não entendo.
— O que você sente por mim Midoriya é atração, no máximo tesão. – desviou o olhar por alguns segundos, nesse momento o vi seus pensamentos irem para bem longe. Rishimo Yang, meu companheiro de quarto, meu amigo confidente e o primeiro cara que beijei... Ele com certeza esconde algo.
— Como você tem certeza disso? Como pode estar sempre tão seguro do que fala? V-Você não pode adivinhar tudo que sinto, Yang!
— Vai me dizer que nenhum daqueles dois lhe veio à mente durante nosso beijo? – Um olhar irônico e sádico com seu típico erguer de sobrancelhas me atingiu em cheio, eu corei automaticamente e resmunguei.
— Isso não quer dizer nada.
— E como tem certeza disso? – O lobo me olhava, com um sorriso besta no rosto como se soubesse o que ia dizer.
— Não tenho, esse é o problema... M-Mas--  — seu jeito sério se despedaçou e automaticamente  ele riu, quase gargalhou. – NÃO TEM GRAÇA!
— Tem sim! – Ele continuou rindo quase que desesperadamente, a ponto de virar de barriga para cima com seu braço encobrindo seus olhos. — E muita!
— Ora seu…! – Por impulso me coloquei sob ele, me sentando sob seu corpo, assim o impedindo de sair. – Vou te dar um motivo pra rir então! – E comecei a fazer cócegas na região da barriga, esperando que como um cachorro ele chacoalhasse a perna, porem automaticamente sua risada cessou, notei que ambos os seus olhos estavam em um tom amarelo vibrante.
— Midoriya, pare...
— NEM PENSAR! – Continuei tentar o fazer rir, eu tinha apenas que descobrir algum ponto em seu corpo que fizesse ele gargalhar.
— Você pediu por isso! — Um sorriso malicioso se formou nos lábios do canino, senti sua calda envolver minha cintura e em um piscar de olhos, ele nos girou e me deixou por baixo.
— Midoriya, Midoriya, eu pedi para parar – seu corpo estava acima do meu, ele estava ofegante e centrado, minha risada aos poucos foi abafada por aquele clima. – Você não percebe o risco que corre, não é?
— Risco? Yang-kun, eu não tenho medo de você – sorri, aproximando nossas faces
— Droga, você é mesmo um ômega completo.
— O-Ômega? – O que ele quer dizer com isso? – Deixe de brincadeira!
— Você não percebe, não é?! – exclamou irritado, seus olhos chegaram a marear naquele momento… O que houve com ele?
- Perceber o que? Yang-kun, eu fiz algo errado?
— EU SOU UM LOBO CACETE! Você devia ter medo de mim, não devia confiar em mim Midoriya, m-mas você não sabe o que quer, não sabe como agir e simplesmente aceita que eu te use! Eu não tenho todo controle que você acha que eu tenho! – Eu o abracei porem fui automaticamente repreendido pelo maior. — Não me provoque... Não seria esforço nenhum para mim “te devorar”.
— M-M-M-Me… Devorar? – Agora eu notei, o corpo dele fervia, seus instintos, seu olhar... ele me desejava, porem seu instinto selvagem o tornava… Assustador.
— Adoro esse seu olhar assustado. – Ele lambeu meu pescoço e o mordiscou, fazendo meu membro enrijecer. O tom dos olhos do canino iam se tornando um amarelo cada vez mais vibrante. – Parece até um coelhinho sapeca. – Senti a mão do canino descendo sob meu corpo, eu era sua presa… Apenas sua presa.
— Y-Y-Yang, o que está fazendo?
— Apenas fique quieto... – Eu obedeci, apenas me entreguei naquele momento, eu não iria lutar, eu não queria lutar. Suas mãos desceram até o cós de minha cueca, meu corpo tremia, eu estava apavorado. O que eu devia fazer? Eu vou mesmo fazer isso com ele? Qual seria o problema afinal? Ele tem razão... Eu não sei o que eu sinto, e mesmo que tivesse certeza, não mudaria nada... eles nunca vão me amar.
— Você é um idiota. – Seus toques cessaram e ele me encarou com seus olhos bicolores normais, um olhar tremulo carregado de culpa, uma lágrima solitária desceu por seu rosto, ele desviou o olhar. – idiota, olhe só pra você.
— Yang, eu--
— Você está deixando-me te tocar, mesmo estando assustado, mesmo não sentindo nada por mim. Por quê?
— E-Eu... não sei...
— Não sabe e mesmo assim ia entregar sua inocência para mim? – Ele riu de uma forma pesada, triste eu diria. – Você não me conhece mesmo. – Ele se sentou na cama e logo se levantou. – Eu não sou quem você pensa que sou Midoriya. Você não sabe nada sobre mim, de fato.
— Yang, onde você vai?
— Sair. Não me siga.
— M-Mas--
— Escuta, apenas pare de mentir para você mesmo, você só vai se machucar assim. – Após essas palavras ele saiu do quarto, e bateu a porta com força.