''I loved you long before I had the guts to let you know.'' – Desconhecido.
Scott
Aquela manhã eu jurava que tinha morrido e ido parar no céu onde Arabella era um anjo de boca suja feita apenas para mim.
Meu anjo.
Caralho.
Ela podia ser a prova viva de que Deus em algum lugar existia embora eu não acreditasse em sua existência, ou Deus era uma mulher e no meu caso se chamava Arabella.
Quase não consegui solta-la antes de entrar na sala de embarque queria poder arrasta-la comigo para dentro do avião.
Andei pelo corredor ainda com meus pensando todos concentrados nela.
Assim que terminasse o que tinha que fazer em Nova Iorque pegaria o primeiro voo de volta para Califórnia de volta para ela.
- Com licença acho que a minha poltrona é essa logo ao seu lado – uma voz feminina soou ao meu lado.
Afastei minhas pernas para que a garota passasse.
- Obrigada.
- Espere... eu conheço você – voltei meu olhar para ela.
Cabelo curto, loira, olhos cor de mel. Claramente era a assistente com quem Peter andava fodendo.
Tate.
Sorri me lembrando o quanto ele havia ficado puto comigo no dia em que mencionei aquilo no meu apartamento.
- Você é o cara que esteve no escritório procurando pelo Peter – disse ela se lembrando de mim – Quis dizer Sr. Morris.
Ela se corrigiu de uma maneira estranha como se mencionar o nome dele fosse algo completamente errado.
- Sim – contive minha risada – Meu nome é Scott caso tenha esquecido.
- Scott, claro que me lembro – ela sorriu – E eu sou Tate caso tenha esquecido.
- É um pouco impossível de esquecer, digo eu ainda tenho essa imagem do Peter no meu apartamento pronunciando seu nome no telefone – comentei – Alias como ele está?
Fazia um tempo que eu não via meu amigo.
- Bem eu acho – ela respirou fundo e seu sorriso logo desapareceu.
- Como assim você acha? Vocês não estão mais juntos?
Ela me olhou assustada, como se eu acabasse de contar uma coisa absurda.
- O que?
- Ele contou para você? – seus olhos eram a mais completa confusão.
- Não, mas você acabou de se entregar coração – dei de ombros me recostando na poltrona.
Tate respirou fundo ela não tinha mais o que esconder.
Eu havia colocado todas suas cartas na mesa.
- Não se preocupe, eu não sou um cara fofoqueiro isso iria contra todos os meus princípios – olhei para ela tentando aliviar a tensão que ela transmitia naquele momento.
Tate relaxou um pouco e vi um sorriso fraco em seu rosto.
- Tudo bem, nós não estamos juntos e talvez nunca estivemos na verdade – o tom de sua voz era triste e continha mágoa.
Seja lá o que Peter tivesse feito ele realmente tinha atingido fundo aquela garota.
- Sinto muito – foi a única coisa que consegui dizer.
Eu não conseguia nem imaginar como era ter a porcaria de um coração partido ou perder alguém de verdade, aquele era um dos meus maiores pesadelos nos últimos meses.
- Eu vi você e sua namorada antes de todos entrarem para sala de embarque – Tate comentou chamando minha atenção – Ela é muito bonita. Você não parecia querer solta-la.
Sorri.
- Sim ela é – e ela era tantas coisas mais.
- Você realmente gosta dela, não é? – Tate sorriu como se me analisasse.
- Eu sou louco por aquela mulher – respirei fundo meu peito parecia querer explodir só de pensar naquilo.
- Ela é uma garota de sorte.
- Na verdade eu acho que eu é quem sou o sortudo por ter ela do meu lado – comentei e acabei sorrindo comigo mesmo.
Não costumava dizer aquilo, embora não tivesse restrições quanto a expressar os meus sentimentos seja lá quais eles fossem.
Eu não merecia ela e ainda assim a tinha. Definitivamente eu era o sortudo daquela história.
Tate conteve uma risada.
- Caralho eu pareço um imbecil apaixonado – soltei uma risada – De qualquer maneira o que você vai fazer em Nova Iorque?
- Trabalhar – disse ela dando de ombros – Isso é o que sempre faço. A empresa tem algumas reuniões importantes por lá e eu tenho que acompanhar Peter em todas elas.
- Que droga. Eu não gostaria de ser você nesse momento – brinquei.
- Nem eu – ela voltou a olhar para janela do avião – E você o que vai fazer por lá?
- Trabalhar também, mas claro que o meu trabalho não envolve reuniões chatas com acionista de meia idade – dei de ombros casualmente fingindo me gabar – Entrevistas, algumas fotos para revistas.
- Mas você não parece muito animado para isso – comentou ela.
- Diríamos que eu tenho motivos muito mais interessantes para ficar na Califórnia.
Ela sorriu compreendendo o que eu queria dizer.
Tate parecia ser uma garota legal o que era uma pena porque Peter aparentemente tinha acabado com ela.
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COME AS YOU ARE
Romansa|LIVRO 4| O que fazer quando a atração é tão forte ao ponto de devastar o seu alto controle? E o que o fazer quando se apaixonar é algo inevitável? Do que você tem medo? Do amor ou das consequências? Scott Miller sempre foi visto como o guitarrista...