Capítulo 25

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''I loved you long before I had the guts to let you know.'' – Desconhecido.

Scott

Aquela manhã eu jurava que tinha morrido e ido parar no céu onde Arabella era um anjo de boca suja feita apenas para mim.

Meu anjo.

Caralho.

Ela podia ser a prova viva de que Deus em algum lugar existia embora eu não acreditasse em sua existência, ou Deus era uma mulher e no meu caso se chamava Arabella.

Quase não consegui solta-la antes de entrar na sala de embarque queria poder arrasta-la comigo para dentro do avião.

Andei pelo corredor ainda com meus pensando todos concentrados nela.

Assim que terminasse o que tinha que fazer em Nova Iorque pegaria o primeiro voo de volta para Califórnia de volta para ela.

- Com licença acho que a minha poltrona é essa logo ao seu lado – uma voz feminina soou ao meu lado.

Afastei minhas pernas para que a garota passasse.

- Obrigada.

- Espere... eu conheço você – voltei meu olhar para ela.

Cabelo curto, loira, olhos cor de mel. Claramente era a assistente com quem Peter andava fodendo.

Tate.

Sorri me lembrando o quanto ele havia ficado puto comigo no dia em que mencionei aquilo no meu apartamento.

- Você é o cara que esteve no escritório procurando pelo Peter – disse ela se lembrando de mim – Quis dizer Sr. Morris.

Ela se corrigiu de uma maneira estranha como se mencionar o nome dele fosse algo completamente errado.

- Sim – contive minha risada – Meu nome é Scott caso tenha esquecido.

- Scott, claro que me lembro – ela sorriu – E eu sou Tate caso tenha esquecido.

- É um pouco impossível de esquecer, digo eu ainda tenho essa imagem do Peter no meu apartamento pronunciando seu nome no telefone – comentei – Alias como ele está?

Fazia um tempo que eu não via meu amigo.

- Bem eu acho – ela respirou fundo e seu sorriso logo desapareceu.

- Como assim você acha? Vocês não estão mais juntos?

Ela me olhou assustada, como se eu acabasse de contar uma coisa absurda.

- O que?

- Ele contou para você? – seus olhos eram a mais completa confusão.

- Não, mas você acabou de se entregar coração – dei de ombros me recostando na poltrona.

Tate respirou fundo ela não tinha mais o que esconder.

Eu havia colocado todas suas cartas na mesa.

- Não se preocupe, eu não sou um cara fofoqueiro isso iria contra todos os meus princípios – olhei para ela tentando aliviar a tensão que ela transmitia naquele momento.

Tate relaxou um pouco e vi um sorriso fraco em seu rosto.

- Tudo bem, nós não estamos juntos e talvez nunca estivemos na verdade – o tom de sua voz era triste e continha mágoa.

Seja lá o que Peter tivesse feito ele realmente tinha atingido fundo aquela garota.

- Sinto muito – foi a única coisa que consegui dizer.

Eu não conseguia nem imaginar como era ter a porcaria de um coração partido ou perder alguém de verdade, aquele era um dos meus maiores pesadelos nos últimos meses.

- Eu vi você e sua namorada antes de todos entrarem para sala de embarque – Tate comentou chamando minha atenção – Ela é muito bonita. Você não parecia querer solta-la.

Sorri.

- Sim ela é – e ela era tantas coisas mais.

- Você realmente gosta dela, não é? – Tate sorriu como se me analisasse.

- Eu sou louco por aquela mulher – respirei fundo meu peito parecia querer explodir só de pensar naquilo.

- Ela é uma garota de sorte.

- Na verdade eu acho que eu é quem sou o sortudo por ter ela do meu lado – comentei e acabei sorrindo comigo mesmo.

Não costumava dizer aquilo, embora não tivesse restrições quanto a expressar os meus sentimentos seja lá quais eles fossem.

Eu não merecia ela e ainda assim a tinha. Definitivamente eu era o sortudo daquela história.

Tate conteve uma risada.

- Caralho eu pareço um imbecil apaixonado – soltei uma risada – De qualquer maneira o que você vai fazer em Nova Iorque?

- Trabalhar – disse ela dando de ombros – Isso é o que sempre faço. A empresa tem algumas reuniões importantes por lá e eu tenho que acompanhar Peter em todas elas.

- Que droga. Eu não gostaria de ser você nesse momento – brinquei.

- Nem eu – ela voltou a olhar para janela do avião – E você o que vai fazer por lá?

- Trabalhar também, mas claro que o meu trabalho não envolve reuniões chatas com acionista de meia idade – dei de ombros casualmente fingindo me gabar – Entrevistas, algumas fotos para revistas.

- Mas você não parece muito animado para isso – comentou ela.

- Diríamos que eu tenho motivos muito mais interessantes para ficar na Califórnia.

Ela sorriu compreendendo o que eu queria dizer.

Tate parecia ser uma garota legal o que era uma pena porque Peter aparentemente tinha acabado com ela.

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