Elevador

1.4K 84 5
                                    

Na outra extensão do bar, estava sentado o Pasquarelli.
As luzes do lugar brincavam em tons de um azul gélido para um púrpura e rosa, e um pouco de fumaça compunham o ambiente .
Não tive tanta opção no vestuário por ainda não ter um guarda-roupas montado, só haviam algumas poucas roupas em caixas em meu apartamento.
Eu não dei tanta atenção á roupa já que com sorte em poucos instantes eu estaria sem ela.

Mesmo tendo um propósito claro a cumprir, que é ajudar o Mike, o meu corpo reagia de forma estranha perto do pasquarelli.

- você consegue !

- claro que eu consigo - eu mantinha esse diálogo na minha cabeça em busca de autoconfiança enquanto caminhava lentamente em direção a ele

Geralmente eu sou confiante mas com ele é diferente, eu não sei, pode ser pelo fato de ele andar armado.

Quando eu estava próxima demais, ele parecia aéreo e fez menção sair do lugar mas foi impedido quando sua bebida entornou em minha roupa

Os olhos dele vaguearam todo o meu corpo antes de finalmente tornar ao meu rosto e tomar ciência do que havia acontecido

- Me desculpa me desculpa me desculpa me desculpa - ele se apressava com guardanapos tentando me secar

- Tudo bem, foi um acidente

- Eu posso te pagar uma bebida ?

- Bom, desde que tanto a sua quanto a minha não desça para a minha roupa - respondo me sentando ao seu lado.

Ele ri de forma abatida

- E então é assim que um oficial da lei se distrai das obrigações ?

- Bom, também - diz novamente me analisando dos pés à cabeça - mas e você o que faz  para se distrair ?

- Eu costumo perseguir pessoas - esboço um sorriso que o faz gargalhar

- Bom, você já sabe o que eu faço mas eu não sei nada sobre você a não ser o seu nome

- Ahn eu trabalho em um museu, é, um museu

Eu espero que o meu rosto não tenha reagido depois de a minha boca se fechar, fala sério, UM MUSEU ?

Ele arqueia a sobrancelha
- sério? Um museu?

- Bom me desculpe se no meu trabalho eu não uso um walkie-talkie - rebato

- Não, é que você é mais interessante do que eu pensava.

Esboço um pequeno constrangimento mas interiormente eu estou bocejando por esse cara piegas.

- Bom, a verdade é que eu tenho um interesse genuíno por antiguidades. Acredito que por trás de tudo existe uma história. E o meu trabalho é estudar a história por detrás de tud... - interrompo o diálogo, por como ele estava me olhando, com a cabeça um pouco pendida para o lado, ele parecia ouvir atentamente cada palavra que saia da minha boca, como se precisasse ouvir o que eu tinha para dizer - Perdão não quero transmitir a imagem de museóloga entediante.

Não que eu me importe com o que esse idiota pensa

Mas de fato eu sempre gostei da parte histórica de tudo.

Depois do que se pareceu uma ou duas horas de uma conversa chata e entediante sobre coisas das quais não me lembro por fingir prestar atenção, ele mencionou me levar para casa
E então a minha mente se fez alerta como se uma lâmpada de imediato acendesse no topo da minha cabeça.

Ele me guiava com a mão em minhas costas até o corredor que nos levaria até o elevador

Antes mesmo de o elevador descer para o nosso destino ele havia sido parado e o Pasquarelli vinha de forma atabalhoada em minha direção provavelmente pelo efeito do álcool que estava afetando o seu equilíbrio. 
De forma rápida e quase desesperada  língua pedia passagem disputando espaço dentro boca, automaticamente as minhas mãos adentravam os seus cabelos enquanto ele me ajuda astutamente a rasgar o zíper do meu vestido
_____

Olá mores. Não esqueçam de adicionar a história a biblioteca para não perder atualizações.

Deixe sua ⭐️

Alvo Fácil (ruggarol) Onde histórias criam vida. Descubra agora