Esmeralda

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- Tem certeza Juan ?

- Claro que sim, estamos estudando a casa, o cofre e a joia a algum tempo. Amanhã é a melhor chance que temos

- Ou a melhor chance que EU tenho - dou ênfase na parte de que ele pode ser o cérebro por trás da operação mas que sou eu quem vai se arriscar para realizá-la.

Estamos planejando o roubo de uma Esmeralda avaliada em 20 milhões, e encontramos a chance de executar o plano já que a dona desta bela joia não estará na cidade amanhã.

- Escute, você entrará pela porta da frente, todos os lugares da casa que dão acesso ao lado exterior possuem um sensor que ativa um alarme, a partir do momento que é ativado você tem 30 segundos para inserir a senha antes que a policia seja acionada.

- 30 segundos é mais do que o suficiente

- Tudo bem Karol vamos repassar o plano e a localização do cofre mais uma vez.
______

No momento em que eu cruzei a porta um barulho estridente soou e de imediato eu fui até o local onde juan disse que estaria o controle.
Inseri a senha de 8 dígitos e então tudo que me restou foi o silêncio.

- Muito bem, agora vamos ao cofre

Subi as escadas e me dirigi ao terceiro cômodo a direita em direção ao quadro na parede, e por detrás daquela bela arte abstrata estava o que realmente me interessava.

Um sorriso resplandeceu em meu rosto ao acolher a jóia em minhas mãos como se eu fosse privilegiada por contemplar a beleza reluzente que ela oferecia .

Com a jóia dentro da minha maleta desci a escada cautelosamente e me direcionei até a porta, ao abri-la o alarme preencheu meus ouvidos e provavelmente o restante do condomínio.

De imediato me direcionei ao controle, mas petrifiquei ao ver uma luz e um barulho de sirene se refletirem dentro da casa por uma pequena abertura nas cortinas que tornava a casa alheia ao lado exterior.

Meu coração batia em um ritmo tão frenético que arriscava rasgar o meu peito, a adrenalina que percorria o meu corpo era quase palpável. Um turbilhão de pensamentos bombardeavam a minha cabeça.

Ao detectar duas batidas de mãos fortes na porta, seguida pela voz de um oficial, eu já sabia o que fazer.

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Ruggero.

Meu parceiro Agustin e eu fomos direcionados a um condomínio, por um alarme que soou duas vezes em uma casa chamando a atenção de vizinhos pelo fato de a moradora estar fora da cidade. Então nós já esperávamos que fosse um invasor.

A minha arma já estava posicionada frente à porta, quando ela se abriu relevando uma jovem que usava uma touca no cabelo e possuía um tom verde excêntrico no rosto, que provavelmente estava coberto por algum creme. Mas, o que atraiu a minha atenção foi a camisola que cobria sua pele, que era quase que inteiramente transparente.

- Olá boa noite oficial, só um momento - ela se direcionou ao controle e digitou a senha interrompendo o barulho - Algum problema ?

- Eu espero que não - eu tentava encontrar as palavras em minha cabeça, a imagem dela me causava fascínio.

- Alguns vizinhos reportaram um movimento estranho na casa seguido do disparo do alarme - Agustin completou.

- Exato - respondi recobrando a consciência

- Sinto muito pelo incomodo, eu ainda não me acostumei com o fato de ter que desligar o alarme todas as vezes que entro em casa, essa é a casa da minha tia - a voz dela soava tão doce que parecia forçada

- Desculpe pelo incomodo, tenha uma boa noite.

Ela sorriu e acenou antes de fechar a porta nos privando de sua bela imagem

- Vamos voltar à delegacia e conferir com a proprietária da casa o parentesco com a garota

Alvo Fácil (ruggarol) Onde histórias criam vida. Descubra agora