Estávamos eu e o Pasquarelli adentrando o meu pequeno apartamento quando eu percebo que não foi necessária a chave por que a porta estava entreaberta, eu não queria deduzir que ele fora invadido, até que de repente um grito abafado escapuli da minha boca ao me deparar com a situação na qual ele se encontrava.
A voz dele ecoava em algum lugar da minha cabeça enquanto eu tentava raciocinar com o que os meus olhos se deparavam.
Todas as coisas que anteriormente estavam abrigadas por caixas estavam espalhadas pelo chão de mármore, a parede até então imaculada estava composta por um vermelho-sangue, mas, os meus olhos foram atraídos pelo que provavelmente causou o vermelho-sangue na parede
- Isso é... - sou interrompida pela voz do pasquarelli
- Um porco morto ?
- Mas que tipo de brincadeira é essa - minha voz sai embargada pela minha mão tentando impedir a inalação daquele cheiro estranho
Depois de revistar o resto da casa o pasquarelli desceu para interrogar o porteiro dando uma de policial quando um som um tanto incomum ecoa e meus olhos são atraídos para um telefone que eu nunca havia visto na bancada da cozinha.
- Ahn alô?
- Em um elevador sua vadia?
- O que? Mike? - de repente o outro lado da linha silenciou-se
- Eu conversei com o Lionel o dono do prédio e ele alega não ter visto nada e não tem nenhuma câmera, mas você pode registrar uma ocorrência - ele passava a mão pelos cabelos enquanto falava de forma cansada - você não precisa ficar aqui hoje pode vir comigo.
***
O apartamento do Pasquarelli era composto por cores brancas pretas e cinzas, era razoavelmente grande e haviam algumas plantas estranhas em cantos avulsos do ap.
O quarto dele tinha um cheiro de desinfetante de lavanda, fala sério que cara estranho.
Ao lado da cama havia um criado mudo com uma foto de uma mulher muito bonita e um bebê com uma expressão divertidamente travessa no rosto, alinhado ao quadro estava uma medalha de ouro pequena
- É muito bonita - aponto para a medalhinha
- Ah era da minha mãe - ele responde enquanto procura algo no armário
- Onde ela está ?
De fato não havia nenhuma informação no arquivo do pasquarelli sobre a mãe dele a não ser o nome.
- Bom, a verdade é que nem eu sei. Essa é uma informação privilegiada restrita somente ao meu pai - ele continua provavelmente percebendo a confusão que eu demonstrava - a verdade é que eu acordei um dia e ela não estava mais, procurei por ela durante meses mas nunca a encontrei.
- Ah, sinto muito.
E realmente eu sentia, mais do que ninguém, eu sabia a dor de perder uma parte de você.
- Mas e a sua família, é tão estranha quanto a minha ?
- A verdade é que eu perdi os meus pais na infância, então fui criada por uma tia - esboço um sorriso um tanto forçado
Agora não era a melhor hora para dizer que na verdade essa "tia" poderia ser uma assistente social que me visitava algumas vezes por mês em lares adotivos ou o reformatório que passei toda a minha adolescência até ter idade o suficiente para ser expulsa e conseguir sobreviver sozinha.
- Sinto muito.
- Tudo bem.
- E sinto muito pelo vestido - ele diz me entregando uma roupa com um sorriso fácil nos lábios e se referindo ao vestido que graças a ele estava quase que completamente rasgado.
Isso me faz gargalhar e lhe atirar a peça de roupa.
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Alvo Fácil (ruggarol)
FanfictionKarol Sevilla tem uma missão que é se aproximar do policial Ruggero pasquarelli e se vingar dele por destruir a sua vida, mas os planos mudaram.