"Ok, só não me deixa ficar muito bêbado" Ele tomou a mão de Helena e saíram do restaurante, andando pela avenida agitada. Portas de boates e bares, barulho e luzes por toda a longa avenida arborizada cheia de luzes amarelas. Era inverno, e o melhor que eles podiam ter feito levando os casacos consigo não era suficiente.
-Como está sua mão?
-Ah, nem tá doendo mais - Helena notou a mão do amigo ainda inchada.
- E os seus pés, estão doendo? - Ele olhou para os pés da amiga, haviam comprado um par de Keds na loja ao lado da farmácia. - Esse visual é bem a sua cara, mesmo. - Kibum disse em tom de deboche, os olhos apertados e o sorriso satisfeito, cheio de empolgação.
-E eu gostei mesmo desse visual. Só tô com um pouco de frio.
-Frio? - Ele arregalou os olhos parando no meio do caminho. -Então devo estar bêbado mesmo, porque pra mim está um calor dos infernos. Kibum tirou o sobretudo e colocou sobre a amiga enquanto ela ria. Ele acomodou a gola sobre o pescoço de Helena e a puxou pra perto de leve.
Eles se encararam um pouco, quando Helena segurou a mão do amigo perto do rosto.-Ainda tá doendo, não é?
-Eu sou um puto brigão, não tem que se preocupar com isso. -Ele disse sorrindo, enquanto aproximava o rosto do ouvido da amiga. - Mas acho que gosto que fique perguntando.
-Gosta que eu pergunte? - Helena riu do amigo, segurando sua mão. Mas havia um pouco de receio por parte da moça. - Te meti em confusão e, sinceramente, ainda tô mal com tudo isso.
-Você sabe que eu sou meio impulsivo às vezes. E definitivamente não é a primeira vez que me meto em problemas. - Ele disse meio sem jeito.
- Você não fez nada de errado. Na verdade foi uma unhada e tanto na cara dele - Kibum riu.-Foi um tapa que saiu meio errado, - Helena riu envergonhada. - Eu costumo acertar com certa facilidade.
- Ah, então você curte bater em caras? - Kibum Havia puxado ainda mais pra perto o sobretudo, trazendo a amiga consigo até encostarem um no outro.
- Eu sei me virar bem sozinha. - Ela disse num riso contido, e o amigo se aproximou de novo, sorrindo.
-Mas é sério, você precisa por essa mão de molho. - Ela insistiu, se desviando de leve e acariciando a mão do amigo com o polegar.
-Você dificulta muito a minha vida, sabia? -Kibum respondeu se aproximando de novo. Ele hesitava e voltava novamente, como quem tenta evitar um vício ao qual já cedeu.
- Eu sei, eu sei, me desculpe por hoje, Kibum-ah.
-Você acha que eu disse isso por causa de hoje? Eu já te disse que não tem do que se desculpar.
-Olha sua mão! E já tem 5 chamadas do Taka Kun que você recusou, eu vi.
-Acho que estamos querendo falar de coisas diferentes - Kibum disse, firmando os pés em frente à amiga. Ela parecia se sentir culpada, mas ele não entendia ainda o porquê. Enquanto isso, cada centímetro de seu corpo tentava chegar mais perto dela, há muito tempo ele não se sentia daquela forma. E como parecia difícil se aproximar de novo agora, mesmo depois da madrugada anterior. - Você tem mais pra me contar, não tem?
Helena sentiu o coração acelerar quando o amigo a confrontou. Haviam muitos sentimentos sob a superfície do que eles diziam, e Kibum era muito sincero. Era difícil esconder qualquer coisa que fosse.
-O quanto você ouviu do que o Daiso disse?
-Desde quando isso importa? - Kibum franziu a fronte: porque ela queria voltar nesse assunto?
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ONE OF THOSE NIGHTS
ספרות חובביםA vida reserva encontros especiais quando menos se espera. Helena, editora de arte da revista de Moda DESIRE, conhece seu novo diretor Kim Kibum, um rapaz nada comum de Seul. Juntos eles constroem um vínculo de amizade, que aproxima os universos sol...