Um mês depois...
- Eu não vou levar! -- digo brava.
- Se não levar esse eu vou pedi um menor para a vendedora. -- coloca de volta na cestinha.
Deixei ela passar e tive que pagar por pequenos pedaços de lingeries! Eu não sou tão ousada! Cada um tem o seu jeito não é?
- Você não trouxe isso, Suzana! -- cobri o rosto, morta de vergonha!
- Fiquei com inveja e comprei igual. Vai ficar um escândalo nessa bunda! -- bateu na minha bunda e fuça as minhas sacolas.- Eu vou usar com quem? -- lhe pergunto e ela me olha devassa. - Diga que está torcendo pelo Michael nessa sua loucura! -- ela balança a cabeça e ri gostoso.
- Ele me chamou para sair e me mandou flores. A Victoria viu e você sabe que ela é fofoqueira e pode confirmar. -- tão rápido!
- O Michael é solteiro. Não vejo problema nisso. -- fiquei sentida. - Você aceitou? -- pergunto.
- O Michael não é meu tipo de homem. Sei o que ele está fazendo. Ele quer me usar para fazer ciúmes em você. -- ela ri.
- Você acha? -- pergunto e ela assente. Quer fazer ciúmes?
- O Michael é apaixonado por você mas eu preciso conhecer o José para saber quem é louco por você. Acredito que o peão. -- diz.
- Acho que você está muito faceira. -- digo irritada.
- Posso ser tudo mas eu não tomo homem de amiga. Você me conhece há muito tempo. -- diz. - Você não está atendendo ao celular? O João está louco atrás de você. -- revira os olhos.
- Não é o meu filho. -- suspirei.
- É o dono da sua insônia? -- ri.
- Sempre tive insônia. -- bufei.
- Imagina o peão louco vendo essa calcinha? Vai ser lindo. -- eu acabei rindo pois ela é safada demais! Vai ser tão lindo!
- Não vai acontecer nada. O João se quiser me vê vai ter que voltar pra casa. Não quer fazer faculdade para mexer na terra com o pai dele. Sempre quis ser médico mas foi uma luta para terminar o colégio. -- é luta ser mãe de menino! Uma loucura!
- E só falta me engolir! Quando eu ignoro ele vem pra cima de mim. -- o sangue já ferveu!
- É tão gostoso quando você fala dele. Tão bravo e rebelde mas ele também é louco por você. Talvez não seja apenas o José. O João também é dengoso. -- eu me lembro. Sempre vem enroscar!
Quando nasceu já era faminto! Os meus seios, Senhor! Ser mãe é o sentimento mais puro mas dói! Dois anos e ainda mamando! Luta para deixar com a avó para eu estudar pois não ficava. Sempre foi difícil para mim mas ele sentia falta. Eu amo o meu filho mesmo ele tendo um gênio muito forte.
A Suzana está me fazendo companhia desde que a minha companheira partiu. Ela dormiu e eu atendi o meu filho na varanda. Essa não é a respiração do meu filho. Ele mantém o silêncio. Sabia que era ele!
- O que está fazendo com o celular do meu filho? -- pergunto sentindo as pernas bambas. Sendo que ele não está perto!
- Nosso filho. -- respondeu.
- Sabe que horas são? -- digo brava. As vezes sou uma onça! Não sei o momento quando ela surge. Mas quando acontece...
- Sei... -- diz rouco e me arrepiou.
- Você não respondeu. -- digo.
- Ele não usa mais. Liga mas você não atende. Quando vai voltar? Eu comecei a reformar a sua casa. Precisa voltar. -- diz.
- Não pode mexer sem minha permissão! -- na verdade eu tinha dito a minha mãe que queria mexer no teto mas a casa é linda. A casa não deveria ser minha pois é dos filhos! Mas eles não voltam mais. A minha mãe gostava e agora ela é minha?
- Tenho trabalhos para fazer. Você entende de obras então eu não vou ajudar em nada. Qualquer coisa ta bom. É tudo? -- digo impaciente e irritada. Tem motivo? Não! Mas ele irrita!
- Não. Quando volta? -- eu me lembro dessa boca no meu ouvido e eu ainda posso sentir a quentura. Foi um pecado grande! Impossível não lembrar.
- Eu não sei, José. -- encosto a cabeça na parede e olho para o céu. Não pretendo voltar.
- Sinto a sua falta. Estou louco para fazer amor com você, Tereza... -- desliguei e foi por pouco que não joguei o celular longe. Fazer amor? Essa é boa!
- Eu quero fazer amor com você! Quer me usar! Nunca mais vai tocar no meu corpo! Nunca mais! -- digo furiosa e escuto a risada da minha amiga. Louca!
- Você estava escutando a minha conversa? -- digo horrorizada.
- Você sabe que eu levanto no meio da noite para assaltar a geladeira. Cheguei a tempo de ouvir você resmungando. O José quer fazer amor com você? -- esse sorrisinho sacana me mata!
- Me deixa, Suzana. -- digo aborrecida e ela senta do lado.
- Vamos participar de mais um ensaio e depois podemos viajar. Estou louca para ter alguns dias no campo e cavalgar. Louca para cavalgar! -- diz demasiadamente sexy e eu tombei a cabeça rindo.
*******
O Michael não responde quando lhe cumprimento e eu realmente não me importo mais. A Suzana e a Fernanda quiseram sair e eu aceitei mais para enfiar o pé na jaca para desestressar. E quem apareceu na boate? Ele!
- Vai devagar, Tereza. -- a Suzana pegou o meu copo novamente.
- Hoje quem dirije é você. -- rio.
- Eu não sei dirigir. Vamos de táxi. -- diz e o Michael surgiu atrás dela e eu desviei os olhos.
- Suzana. -- toca o ombro dela. - Tereza. -- diz e eu lhe ignoro.
- Eu posso levar vocês. -- diz.
- Não. -- lhe encarei e ele riu.
- Você não pode dirigir bêbada. -- ele amplia os olhos azuis.
- A Fernanda dirige. -- digo séria.
- Você não é madura. -- sério?- Você quer discutir o nosso relacionamento agora que eu estou bêbada? Por que você não vai se divertir com a bela morena que você veio? Não preciso de você. -- digo e ele ri!
- Não precisa? Posso não precisar mais de você. -- se aproxima.
- Não ameace, Michael. Diga e acabou. -- peguei o meu copo da mão da Suzana e bebi um gole.
- Você falou que não mistura as coisas, Michael. Você dirige não é, Fernanda? -- a Suzana perguntou e ela assentiu rindo.
- Não precisam gastar. Tem lugar para todo mundo. -- ele me olha.
- Não vou com você e também não trabalho mais para você. -- levantei e ele me impede de ir.
- Eu que estou magoado. Você parece que não esqueceu aquele homem. Eu gosto de você e você sabe, Tereza. -- passa o braço na minha cintura e beija o canto da minha boca demoradamente.
- Te faço esquecer... Você só precisa me deixar ocupar a sua cabeça e o seu corpo... Eu amo o seu cheiro no meu corpo e na minha cama... Tereza... -- ele sabe chegar onde ele quer!
- Eu preciso pensar. -- suspiro.
- Tudo bem. Podemos conversar na minha casa. -- começou!
- Você não vai ter a chance de me prender. Eu não caio nessa conversa. -- digo e ele seguido pelas garotas gargalharam.
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Tereza
Roman d'amour(Recomendado para maiores de 18) Tereza teve um começo de vida muito difícil e traumático mas a sua mãe adotiva provou que lhe amava quando decidiu sair de casa e abriu mão de um casamento milionário quando viu o homem da sua vida tentando abusar da...