Capítulo Trinta e Três

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João

- Aqui não, João. Você não sossega até aparecer outro menino! -- dá as costas e vai embora para a cozinha furiosa. Agora deu para me regular! Deve estar fazendo contas para não engravidar e me ignora!

A raiva foi tanta que nem voltei para comer! Eu sou o marido dela mas ela não entende! Isso é conselhos da minha linda mãe!

- Ta revoltado porque? -- o César brinca e eu nem dirigi o olhar. - Brigou com a Maria? A coisa ta feia com a preta também. Tem uma semana que ela está aqui e não desceu uma vez para conversar comigo. Eu não sei o que eu fiz com ela. Acho que vou comprar flores. -- eu ri.

- Ela agora é mãe de dois, César. A Suzana não tem filhos. Ela não é a Maria! Só está apaixonada e com medo de ficar com você. -- reviro os olhos e ele gargalhou.

- Você está entendido das coisas. Mas com a Suzana eu não insisto mais. Se ela quiser vai vim até mim. Eu corri atrás e ela não quis. Agora é assim. -- suspirou. Elas nos infernizam mas a gente precisa delas. Não é só sexo! A Maria as vezes tem um momento que não quer nem olhar para a minha cara e eu não faço nada! Ela enlouquece!

- Mulheres! -- coço a cabeça e me sento revoltado e ele rindo!

- Tem dinheiro para beber ou gastou tudo em fralda? -- a gente tem que ri para não chorar! Mas eu amo os meus filhos sim. Agora entendo a luta da Tereza!

O meu pai também está nervoso! Elas estão de greve! O meu avô que surgiu de repente está doente e ela se sente no dever de ajudar. A minha mãe está feliz com essa descoberta. Sempre sofreu por não conhecer os seus pais biológicos mas a minha avó supriu as suas necessidades e as minhas. Também sinto falta. Ele é duro mas quando ela chega ele fica maleável. Aos poucos o Dante vai se firmando com o meu pai. Quando eu descobri que ele estava apaixonado pela irmã e acabou com o casamento do meu pai eu ri e sei de onde eu puxei esse jeito malandro!

Loucuras de amor! Ele é louco mas quem não se apaixonaria por Tereza? A minha mãe é complicada mas eu amo o seu olhar e o seu cuidado com as pessoas. É um ser que queremos nos agarrar para ter salvação!

- Vamos embora pra casa. -- levantei o olhar e bufei bravo. - Você me ouviu. -- diz sério.

- Não. Não tem ninguém me esperando. Já tenho companhia. -- o César estava risonho mais cedo mas agora já está longe pensando na diaba da Suzana.

- Senta aí. A sua esposa onde está? -- lhe pergunto e ele senta.

- Cuidando do seu avô que já está bem melhor. Porque está bebendo? -- pergunta irritado.

- A Suzana já dormiu? -- o César pergunta e o meu pai sorriu.

- Ela está com as crianças e já dormiram faz muito tempo. -- diz e ele assentiu e suspirou.

- Vamos embora. -- pagou a última e nos obrigou a ir.

O César não tem como dirigir então fomos para o mesmo caminho. A casa parece pensão! Ele se arrumou no quarto de hóspedes e captou na cama.

- Vai ficar no sofá? Você é infantil, João. -- diz bravo.

- Eu não quero conversar mais. Ela está me evitando e eu não quero conversa também. Eu vou fazer o que ela quer. Vou ficar longe dela. -- digo e ela passa para a cozinha com a mamadeira vazia e bicuda!

- Vai tomar um banho e vai dormir. Não aborreça a Maria. -- eu me levantei porque eu quis!

Acertei o quarto e tirei a roupa para tomar um banho. Eu gosto de dormir pelado mas eu vesti a calça. Deitei na cama e ela não voltou ainda. Revirei na cama até dormir ou cochilar pois acordei e ainda está escuro mas dá para enxergar a minha Maria.
Dois filhos e nem parece. Quando eu começo é difícil de parar escutando os gemidinhos dela. Tão bonita a minha menina. O corpo que eu pedi a Deus para me acabar todinho.

A saudade acaba comigo. Acaricio a sua coxa e subo a camisola. Chego perto e cheiro o seu pescoço e ela se mexeu. Beijo e sinto o seu cheiro suave. Se vira e aninha no meu corpo. Beijo os seus lábios e ela abre os olhos e vai para a cama e abraça o travesseiro sem se cobrir. Cheiro o seu pescoço e fuço a sua orelha e volto a lhe acariciar.

- Eu não quero você... -- diz.

- Não quer... Porque não quer? Vai maltratar até quando? -- sussurro no seu ouvido, aceso!

- Até o dia que eu quiser. -- deu as costas para mim novamente. Me encosto nela e beijo a sua nuca e baixei a calça e tirei.

- A gente casou para ter filhos, Maria... Você não quer sair da barra da saia da minha mãe com medo de mim... Você vive presa, com medo... Eu amo você... Tudo isso porque eu não trago flores? -- pergunto e ela esconde o rosto e ri. É para confundir mesmo!

- Eu não quero flores. Aquieta aí atrás. -- puxa a coberta e eu coloco a mão no seu seio e ela se remexe na cama e suspira. Separo as suas pernas e a mão vai para o meio e eu gemi.

- Quer aquilo... Eu sei que você gosta daquilo... -- digo e ela ri.

- Você me vence no cansaço. -- tirei a sua calcinha e fui pra cima. Ela ergue os braços e eu tiro a sua camisola branca.

- Ganhei do César. -- ri alto.

- Porque? -- estreita os olhos.

- Eu estou aqui e ele está largado. A Suzana não quer ele. -- me belisca e tenta empurrar.

- Eu não apostei nada. -- jurei.

- Ela está com medo de contar que está grávida. -- grávida?

- Eu conto para ele. O bocó meloso vai ser pai? Quando nascer vai comer até a bosta esverdeada e fedida. -- empurra o meu rosto gargalhando gostoso.

- Você assustou com o Joaquim e não queria uma menina e agora come até a bosta. -- é verdade!

- E eu vou continuar comendo. Eu tenho mais de você. -- e ela se derrete toda. Eu até diria apenas para alcançar o meu objetivo mas é a mais pura verdade. Eu não prestava como filho, como namorado, nada. O Joaquim veio para unir e nos completar. Eu não me vejo no futuro sem eles.

- Não existe João sem Maria. -- beijo os seus lábios com carinho.

- Não existe Maria sem João... Eu amo você pra sempre... -- e com essas declarações nasce o amor.

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