Capítulo Sete

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A minha cabeça dói demais mas eu sinto uma boca insistente no meu pescoço. Puxo o lençol para cobrir os meus seios e me viro de bruços e ele insiste ainda mais. Eu nunca trouxe um homem para dentro de casa. Meu Deus!

- Onde está a Suzana? -- pergunto abrindo os olhos.

- Está dormindo. Bom dia. -- diz e deita a cabeça perto da minha. Suspiro e ele beija o meu ombro.

- Quer fazer amor agora? -- ele estava tentando me acordar!

- Você tem que ir embora. Nem deveria ter ficado. Foi só uma carona. -- digo e ele fuça a minha orelha e me acaricia.

- Você pediu para mim. Eu fiquei... -- afasta o lençol e me vira. Mesmo trabalhando como modelo eu ainda sou insegura. Mas isso acontece com homens! Ele fica olhando e descobre tudo.
- Eu amo essa cor de café. -- esse sotaque é muito sexy de manhã.

- E a morena? -- lhe lembro.

- E o José? Tem falado com ele? -- a Suzana serve de fofoqueira?

- Eu não quero falar dele. -- me sentei na cama e ele avança e vindo pra cima de mim e me beija. Nunca vi homem mais carinhoso. Ele é tão doce.

- Vamos falar de nós dois... Vamos viajar? -- fuça a minha orelha me arrepiando inteira.

- Precisamos trabalhar. Não pode abandonar para curtir. -- digo.

- Eu nunca tiro férias. Vamos viajar. Já comprei as passagens. -- ri quando arregalo os olhos.

- Simplesmente? -- assentiu! - E para onde vamos? -- pergunto.

- Praia. -- eu tive que ri gostoso.

- E será que eu consigo um tom mais escuro? -- debochei.

- Belíssimo. Você sabe a minha queda livre por negras. Eu trabalho com negras e você é linda. Não estou preocupado com a sua cor. Quero você de biquíni. -- beija os meus seios e vai beijando a minha barriga.

- Esse bumbum com uma marquinha... Vou enlouquecer... -- chegou onde ele queria! Deus!

*******

O Michael sabe que eu não gosto de ostentação e ele tentou não me levar para um resort luxuoso. Piscinas belíssimas e a praia é um encanto mas o quarto ganhou o meu coração. Perfeito. Sinto os seus braços ao redor da minha cintura e ele beija a minha bochecha com carinho.

- Cinco dias para você dizer sim para mim. -- ele ri quando bato no seu braço. Não quero casar!

- Michael. -- digo e ele suspira.

- Tudo bem. Você quer sair para tomar alguma coisa? Amanhã podemos passear. -- diz ansioso e eu concordei. A viagem cansou.

- Eu vou tirar a calça jeans. -- digo e ele sentou na cama.

A realidade foi que choveu e apenas almoçamos fora mas a chuva apertou e voltamos para o quarto. O meu filho ligou mas eu lembrei do bendito! Logo agora? Eu realmente tinha esquecido dessa existência por alguns dias!

- Não vai atender ao bebezão? -- o Michael olhou o visor deitando na cama vestindo uma calça preta e mostrando o peitoral.

- Sim. -- estremeci um pouco. Atendi tentando manter a calma! Porque aquela derrota mexe tanto comigo? Um homem apenas! Não é o fim do mundo! O problema que o Michael também está na parada e gosta de mim. Eu que sou receosa!

- Mãe? -- Deus seja louvado! Soltei a respiração que prendia.

- Oi. Você está bem? -- pergunto.

- Você pode dá um tempo, Maria? Você parece doida e ainda fala que eu sou explosivo! -- patece que eles estão brigando de novo! O João não nasceu para namorar e quando tentou só faz brigar!

- João? Você liga para mim para ficar brigando com a Maria? -- digo irritada e uma mão subiu a minha blusa com destreza.

- Ela não me aguenta mas volta! Me xingou ontem e eu quase dei cabo dela! -- não é para ri mas ele é demais! - A sorte dela foi o meu pai. -- eu jurava que o João não ia querer saber do José mas foi totalmente diferente. Ele gosta muito do José. Louco pelo pai! Dá até uma certa raivinha no fundo! Eu criei e limpei aquela bunda branca e ele se derrete para o outro lado! Eu aguento? Não!

- Você não se dá bem com as garotas e se amarrou com essa Maria. Porque não dá um tempo? Você não é romântico. -- a Maria é extremamente doce!

- Não vou nem começar. A Maria quer tudo do jeito dela. -- diz bravo e a primeira vez que se abre. Ele nunca desabafou.

- Vocês são muitos jovens ainda. Daqui a pouco tudo se resolve. -- o Michael sentou atrás de mim para cheirar o meu pescoço.

- Quando você volta? Eu sinto a sua falta. -- o José lhe usando!

- Eu ando um pouco ocupada mas eu vou aparecer com a Suzana. -- a mão inquieta parou!

- Vai? -- falou alto demais!

- Essa é a sua ocupação? Tem um homem na minha casa? -- ciúme!

- Você não baixa esse tom? Não tem homem na minha casa, João. Estou com a Suzana. -- menti e o Michael revira os olhos. Ele não tem filho então não entende esse ciúme dele.

- O meu pai não tem ninguém, mãe. Porque não fica com ele? -- eu odeio quando ele berra!

- Isso não é assunto seu. Quando eu voltar vamos conversar. -- acredito que errei na criação! - Ligou apenas para berrar no meu ouvido? -- digo irritada.

- Não. Estou com saudades. Gosto do meu pai mas você faz falta. Principalmente agora que não tenho mais a Nana. -- suspira. Sempre chamou ela assim. Tudo nele é intenso. Machuca com a força nas palavras mas também sabe como me deixar emocionada. Como agora!

- Você está chorando? O que foi que ele falou? -- o Michael pergunto e eu olho para ele.

- Está sentindo minha falta. -- sinto saudades daquele menino levado. Ele já foi mais apegado mas os filhos crescem não é?

- Mãe? -- diz bravo e eu rio. Tem um ciúme irritante do gringo!

- Estou te ouvindo, João. Vou levar a Suzana ta bom? Vou ligar para avisar. É tudo? -- pergunto.

- É. -- grosseirão de marca maior!
- Então tchau. Desliga. -- digo e o Michael ri atrás de mim. Bufou.

- Eu te amo. -- e desligou. Ponto.

- Eu posso ir com vocês? -- o Michael beija o meu ombro. Eu tenho a fazenda então não vão ficar no mesmo ambiente, certo? O Michael é um homem bacana e eu realmente preciso dele e o que ele tem para me oferecer. Não posso me enganar de novo. Tenho que seguir outro rumo.

Olá pessoal. Estão curtindo o segmento da história? O que acham dos personagens? Bjos ♥

Tereza Onde histórias criam vida. Descubra agora