07.

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O sábado amanhece ensolarado e eu xingo mentalmente pois está um dia lindo para sair e eu não tenho planos nenhum, a não ser fazer uma limpeza em casa.

Allan como disse não havia dado mais notícias e eu não sentia tanta falta dele como deveria e Erick, meu amigo mais próximo tinha decidido ir à praia com alguma nova garota que ele tinha conhecido.

Tomo um café demoradamente e vago pela casa, morrendo de tédio e procurando algo para fazer mas não encontro nada de interessante. Uma inquietação me faz sair de casa, deixo Mathew com a vizinha e digo que volto logo.

Caminho aparentemente sem rumo e quando dou por mim, estou próxima a casa de Christopher e solto um suspiro, eu sabia que tinha que falar com ele e sentia sua falta.

Toco a campainha e vejo uma garota de dezesseis anos mais ou menos abrir um sorriso para mim, a semelhança com o Chris só podia dizer que ela era sua irmã caçula.

- Oi – ela diz.

- Você deve ser a Madison, poxa você é muito linda – ela se envergonha – Eu sou Louise, amiga do Chris, ele está?

- Oi Lou, ele já falou de você – ergo uma sobrancelha, surpresa – Está sim, entra que eu vou lá chama-lo.

Me sento no sofá meio sem jeito, no dia da festa não pude reparar o quanto o interior da casa era bonito e fico perdida nos detalhes.

- Lou, é você mesmo? – Christopher aparece nas escadas – Achei que era brincadeira da Mad.

- Não, sou eu mesmo – sorrio envergonhada – Eu queria falar com você, tem um tempinho?

- Pra você? Sempre – ele se senta ao meu lado.

Dou risada, ele não muda nunca: - Eu não queria ter saído daquele jeito no outro dia, mas eu me senti culpada.

- Eu que te beijei.

- Mas eu gostei – falo sem querer – Quer dizer, eu deixei.

- Nem pensa em voltar atrás mocinha – ele sorri maliciosamente – Você gostou foi?

- Não piora a situação Vélez – peço, mas ele me ignora, se aproximando e afastando o cabelo do meu rosto.

- Não podemos controlar nossos sentimentos Lou, eu sei que você está tentando e eu também – ele acaricia minha bochecha – Mas eu também sei que você me quer, tanto quanto eu quero você.

Suspiro, não aguentava mais negar mas sabia o que significava admitir para ele, que não iria desistir até conseguir ficar comigo.

- Vamos fazer o seguinte? – ele segura minha mão – Vamos deixar toda essa história de lado e saímos como amigos, eu e você para nos divertir.

- Nos divertir? Onde? – pergunto desconfiada.

- Surpresa – ele abre um largo sorriso – Você vai ter que confiar em mim.

- Se você me meter em roubada, eu finjo que não te conheço – aviso e ele ri.

- Está bem, mas se você gostar, eu vou pedir algo em troca – ele propõe e eu aceito.

(...)

- Por que você não falou antes que era um parque de diversões? – eu estou aos pulos no banco do carro.

- Se eu soubesse que você ia gostar tanto, teria te trazido antes – ele ri e sai do carro, e eu o sigo animada – Onde você quer ir primeiro?

- Montanha-russa! – grito e o puxo pelo braço.

Eu não lembro a última vez que fui em um parque, mas quando criança eu ia quase todo final de semana, era um tempo agradável entre eu e os meus pais que eu guardava com muito carinho.

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