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Louise

Viro a bebida que Richard me entrega e já peço outra.

- Alguém está animada – ele brinca e me entrega mais um copo.

Bebo mais um gole e me viro para Allan.

- Podemos ir lá fora? – peço.

- Richard quer jogar beer poing, você não quer?

- Não, ainda não – respondo – Vou ficar um pouco lá fora, depois eu encontro vocês.

Allan assente e se junta ao amigo, enquanto eu sigo para a parte externa. Algumas pessoas estavam na piscina, outras ao redor com as bebidas e dançando.

Encontro um lugar para sentar e continuo bebendo. Não acredito que tinha encontrado Christopher com outra garota, sabia que ele estaria aqui mas não imaginei que estaria acompanhado.

- Sabia que te encontraria no jardim – a voz de Christopher me sobressalta.

- É, estou aqui – viro o resto que tinha no copo.

- Cadê o Allan?

- Jogando – olho para ele – E a loira?

- Foi ao banheiro.

- Muito bonita ela, parabéns.

- Louise...

- Devo ficar honrada por saber que você tem bom gosto para as garotas – falo sendo irônica.

- Louise, para – ele me faz ficar totalmente de frente para ele.

- Não Christopher, porque eu estou indignada com o quanto eu fui trouxa – respondo e me desvencilho dele – Mas eu deveria saber.

- Saber o quê?

- Que eu fui um jogo para você, namorada do seu amigo, pois eu não acredito que seja, mas que deixou tudo mais emocionante. Quando finalmente você conseguiu o que queria, tchau Louise, pode vir a próxima – falo de uma vez.

- Não, não foi nada disso que aconteceu. Eu errei e não deveria ter sumido, mas eu não podia ir atrás de você – ele tenta se defender.

- E porque não? – me levanto e cruzo os braços.

- Justamente por causa do Allan, ele veio até mim dizendo que queria te reconquistar, que sentia sua falta e mais um monte de coisas – ele passa as mãos pelo cabelo – Eu não soube o que fazer.

- E não pensou em vir falar comigo? Não pensou que eu precisava de uma explicação sua, porque você sumiu depois de dormir comigo? – digo nervosa.

- Desculpas, desculpas de verdade eu não queria magoar você – ele tenta pegar minha mão mas eu o impeço.

- Mas magoou – respondo – Deixa pra lá Chris, eu não posso surtar por isso.

- Vocês voltaram? – ele pergunta.

- Não, ainda não – suspiro – Foram suas as ideias dos presentes?

- Sim, de certa forma, porém não achei que ele ia fazer. Flores, chocolates, ele sempre achou brega – ele comenta.

- Eu sei bem disso – rio sem humor – Mas ele fez e me pediu mais uma chance.

- Então?

- Ainda não sei o que fazer – dou de ombros e volto a me sentar.

Chris parece lutar para dizer algo mas Amber chega antes que ele possa falar qualquer coisa.

- Estava te procurando – ela olha para nós dois – Atrapalho?

- Não, já estava de saída – me levanto e deixo os dois sozinhos.

Encontro Allan jogando com Richard e alguns amigos, já um pouco alterado.

- Não quero acabar a festa como da última vez – peço em seu ouvido.

- Só estou acabando essa rodada e já vamos dançar – ele promete e volta a jogar.

Depois de beber mais dois copos, meio cambaleando ele me guia até a pista. Allan bêbado era meu Allan preferido quando não estava passando mal.

Ele dançava todo solto, sem vergonha nenhuma e eu me divertia vendo ele sendo o homem pelo qual eu me apaixonei.

Passamos muito tempo ali, seus amigos se juntaram a nós e acabamos nos divertindo muito.

Faço uma pausa para ir ao banheiro e ele pega algumas bebidas e seguimos para a área externa novamente.

- Estou sóbrio o suficiente para saber que a noite está ótima – ele diz quando se senta ao meu lado.

- Está mesmo, obrigada por insistir em me fazer vir – sorrio.

- Festas são a sua cara, sempre foram – ele afasta meu cabelo – Foi em uma assim que demos nosso primeiro beijo.

- Eu lembro – continuo a sorrir com a lembrança e ele acaricia meu rosto.

- Precisamos lembrar direito – ele sorri e se inclina, me beijando.

Me permito esquecer de tudo por um momento e só aproveitar os lábios de Allan nos meus sem pensar em mais nada.

- Senti sua falta – ele diz quando nos separamos.

Eu sorrio e dou um selinho nele, querendo prolongar o momento sem falar nada.

Allan me puxa para um canto e volta a me beijar, seus braços me envolvem e eu sinto o conforto familiar de estar com alguém que me conhece tão bem.

Eu o abraço e apoio minha cabeça em seu ombro, mas me deparo com Christopher e Amber em uma parede na nossa frente. Exatamente da mesma maneira que estávamos.

- Podemos ir embora? – pergunto ao Allan.

- Mas já? – assinto e ele faz uma expressão de tristeza.

- Tudo bem, vou me despedir dos caras – ele beija minha bochecha e sai.

Fico uns segundos sozinha e tento pegar meu celular para ver as horas mas percebo que estou sem ele.

Olho ao redor e nada, então decido passar pelos lugares que estive mas sem sucesso.

- Perdida? – Christopher pergunta quando me vê na cozinha.

- Perdi meu celular – falo sem me interromper.

- Quer ajuda? – ele pergunta mas já se junta a mim.

- Não precisa – tento passar por ele que não deixa.

- Deve estar lá no jardim, vamos.

- Eu disse que não preciso de ajuda Christopher – reviro os olhos.

- Mas eu quero ajudar – ele dá um passo em minha direção.

- Vai ajudar a Amber, ela deve estar com falta de ar depois de beijar você – provoco.

- Você sabe bem como é essa sensação não é? – ele devolve a provocação.

- Sai da minha frente – peço.

- Não – ele sorri e morde o lábio inferior.

- Christopher! – começo a ficar irritada.

- Só saio se você admitir que eu te deixei sem ar.

- Eu não vou falar isso – dou risada – Eu preciso ir embora, você pode sair por favor?

- Não – ele teima – Admite.

- Você é pior do que criança.

- Tem razão – ele sorri – Agora admite.

- Não – cruzo os braços – Chris, por favor...

Começo a falar mas ele me interrompe e me dá um beijo. Sou pega de surpresa e tento me afastar, mas suas mãos envolvem minha cintura e nos conduzem até a pia.

Sua língua abre espaço por entre os meus lábios e eu suspiro, deixando. Seguro sua camisa enquanto suas mãos passeiam pelas minhas costas.

- Chega – interrompo – Eu preciso ir.

Me afasto e ele tenta me segurar, mas sou mais rápida dessa vez.

Encontro meu celular no jardim e sorrio, mas corro para encontrar Allan e volto para minha casa.

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