Acordo no dia seguinte meio sonolenta, pensando que estou sonhando ainda, mas os dedos que passeiam pelas minhas costas são bem reais. Me viro e vejo Christopher abrir um largo sorriso.
- Bom dia linda – suas mãos param em minha cintura.
- Bom dia Chris – sorrio de volta – Que horas são?
- Dez da manhã – ele afasta meu cabelo – Mas podemos continuar aqui.
- Que? Não, meu irmão eu esqueci dele – levanto apressada e vou atrás das minhas roupas – Preciso ir para casa.
Christopher fica na cama me observando e rindo do meu desespero: - Você poderia me ajudar sabia? Não ficar rindo...
- Ok, ok eu te levo – ele levanta e eu paro para observar seu corpo, ele percebe e abre um sorriso malicioso – Lembrando da noite passada? Acho que minhas costas vão ficar vermelhas por um bom tempo.
- Ai, desculpa por isso – falo um pouco envergonhada.
- Ei – ele levanta meu rosto – Foi incrível, cada momento e eu adorei.
- Eu também gostei – sussurro – Mais do que deveria.
Ainda rindo ele me dá um beijo rápido e veste sua roupa, passo no banheiro e descemos as escadas, morrendo de medo de encontrar sua família.
- Quer tomar café aqui? – ele pergunta já indo para a cozinha.
- Não, você pode tomar lá em casa se quiser mas podemos ir? – pergunto e ele assente, respiro aliviada e seguimos para o carro.
Chris tagarela sobre qualquer assunto, como sempre faz e eu agradeço por ter alguém tão leve na minha vida nesse momento.
- Obrigada Chris – digo assim que chegamos – Pelo passeio, pela noite, por tudo.
- Estou aqui se precisar de mim – ele diz e se inclina para deixar me dar um beijo – Nos falamos depois?
Concordo e saio do carro, correndo para ver meu irmão. Felizmente, Mathew estava bem com a vizinha e minha mãe apesar de furiosa, não estava em casa.
- O que você quer fazer hoje? – pergunto para meu caçula.
- Não sei, estou cansado de ficar em casa Lou – ele reclama – Pode ser ir na pracinha mesmo.
- Tem certeza? Podemos ir para qualquer lugar que você quiser.
- Você está muito boazinha, o que aconteceu? – ele desconfia.
- Aproveita meu bom humor antes que eu mude de ideia – digo rindo.
- Qualquer lugar? – ele pede confirmação e eu assinto – Eu queria ver o papai.
- Então nós vamos, se troca que eu vou tomar um banho rápido.
- Você está falando sério? – ele pergunta animado – Você é a melhor irmã do mundo.
- Se lembre disso quando eu te pedir para arrumar seu quarto – me inclino para receber um beijo dele e seguimos cada um para seu quarto.
(...)
A casa do meu pai ainda era no nosso antigo bairro, o que era um pouco longe de nosso atual endereço e trazia muitas recordações. Eu tinha avisado por mensagem que iriamos e ele ficou muito empolgado, falando que ia fazer um almoço especial, o que significava que ele ia comprar pois meu pai era péssimo na cozinha.
- Mat! Lou! – ele nos envolve em um abraço de urso assim que nos vê parados na porta.
Me desvencilho do abraço e deixo os dois ali, vendo uma figura feminina parada poucos passos atrás de nós. Ela parece meio temerosa, então sorrio já entendendo tudo.
- Crianças – finjo estar brava – Sempre serão minhas crianças, não adianta fazer bico.
- Você é péssimo pai – falo e sorrio e vejo ele se virar para a mulher.
- Essa é Rose, amiga do papai e ela vai almoçar com a gente hoje – ela se aproxima e cumprimenta nós dois. A princípio Mathew parece meio desconfiado mas logo ela o leva para ver algo na tv e ele parece a vontade.
- Só para constar, amigos não dormem juntos pai – sussurro para ele.
- Amizade colorida, nunca ouviu falar? Poxa filha, pensei que você era a jovem e bem informada – ele brinca.
- Hilário – reviro os olhos e me sento ao seu lado – Quero que me conte tudo sobre ela.
- Ei, eu que tenho que fazer o interrogatório – ele faz a voz grave – Cadê seu namorado?
- Estamos dando um tempo, apesar dele estar atrás de mim – dou de ombros – Não sei se quero voltar.
- Não sei o que aconteceu e você não precisa me contar se quiser, mas não cometa o mesmo erro meu e da sua mãe – ele suspira – Relacionamentos podem ser salvos se ambas as partes tiverem dispostas.
- Eu não sei até hoje o que aconteceu entre vocês – comento.
- Um dia eu conto, hoje vamos falar de coisas boas – ele sorri e eu deixo para lá.
Seguimos em uma tarde muito boa, com uma macarronada deliciosa e alguns jogos que meu pai perdeu de proposito só para ver meu irmão sorrindo.
Christopher
Volto para casa cantando alto no carro, animado depois de passar o dia e a noite com a Louise. Não poderia estar tão envolvido assim, mas não estava me importando com isso no momento.
- O que aconteceu com você? – Madison diz assim que eu chego na cozinha.
- Só estou feliz maninha – ligo o fogão – Quer panquecas?
- Quero – ela se senta – É a Lou não é? Ela que está te deixando mais bobo do que você já é.
- Muito engraçada você – faço uma careta – Mas você está certa, é por causa dela.
- Duas semanas – ela diz do nada.
- O que?
- É o tempo que vai durar essa história – ela ri – Você não dura com ninguém maninho.
- Dessa vez é diferente – me viro para ela – Eu estou diferente e estou sentindo...
-...algo que nunca senti antes – ela completa para mim – É, já ouvi essa ladainha antes.
- Me dá um voto de confiança Mad! – exclamo e ela ri.
- Ok, eu...-ela começa a dizer mas somos interrompidos. Era Allan, que invadia minha cozinha.
- Chris, desculpa estar aqui tão cedo mas eu preciso da sua ajuda.
- O que foi cara? O que eu posso fazer por você?
- Você entende mais de mulher do que eu, tem que me ajudar – ele se aproxima – Me arrependi de pedir um tempo para a Lou, eu quero conquistar ela de volta.
Fico sem reação olhando para ele, pensando que só poderia ser brincadeira. Atrás de Allan, Mad sorri e mostra dois dedos em uma das mãos. Tic, tac.
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LOVERS
Fanfiction" Eu vivia infeliz, mesmo que fizesse de tudo para ninguém notar, mas quando ele entrou na minha vida, tudo virou de cabeça para baixo" Louise namorava Allan, mas vê seu coração balançar por Christopher, um amigo de longa data de seu namorado. Será...