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Você não me dar asas porque sabe que voaria para longe … Tudo que preciso é de uma mão nessa escuridão, sem formas, sem cor, sem sexo ... Era isso?Exausto de mim, da coisa que procuro ser mais que passo longe ... Posso sorrir e prosseguir da mesma forma que me maqueio ao sair as ruas, aos lugares que me perdi, que me achei. Mais falta uma peça, equivalente ao fio condutor que dar toda engrenagem para o relógio funcionar ... Esse vazio por vezes rasos por vezes abissais já não me desespera, já não é o mesmo gatilho, como quem se habitua a ser não sendo … Tudo ao fim desintegra? Eu precisarei de uma nova mentira, precisarei inventar uma nova paixão?A troca de uma sub-vida, mas a mão invisível que nunca sente poderia está perto se eu encontrasse a tomada que acende a luz … Mais algo tão negro quanto a noite me consume sorrateiramente nas minhas horas de luz e finjo não enxergar que tudo que tenho nunca seria meu, assim como meu corpo, meus átomos ... Se eu inventasse uma mentira que sou tão feliz agora eu faria isso uma mentira verdadeira. Mais a ilusão é a paixão que faz meu combustível ... Como é terrivelmente belo viver, além de um vaso vazio esperando suas rosas … Eu só queria essa mão se possível com braços pra abraçar-me e descongelar esse iceberg ... Onde estaria a paixão que inventei?
Onde estaria eu não estando tão ausente de mim?
Deus, era a ti que me renderia, ainda sem vê-lo eu também inventaria ter fé, inventaria uma válvula de escape menos destrutivas que as anteriores ... No final eu só queria um abraço, eu só queria saber qual o fio condutor que faz funcionar regularmente o relógio

Aleatórias FragmentaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora