Faça Valer (HOT +16)

Capítulo Sete: Eu Não Sou Insensível. 🌻

Jenny entrou pelo portão e notou algo incomum.

Daiane estava sozinha numa das mesas que tinha ali, ela estava de cabeça baixa mas Jenny sabia que era dela pelo seu cabelo vermelho, que Jenny achava de muito mau gosto.

Conseguiu ver Liam com o grupo dele, o grupo parecia um pouco quieto também.

Jenny se surpreendeu quando sentiu uma mão no ombro.

-Emily? -Jenny a olha. -O que eu fiz agora? -Ela sorri.

-... -Emily dá um sorriso calmo. -Posso falar com você? Na sala do grêmio.

-... -Jenny franze as sobrancelhas.

Numa caminhada silenciosa, Jenny conseguiu ver Lysa indo para a sala, ela parecia mais bonita. Daiane estava logo atrás, parecendo um pano velho e molhado, ela chorava. Jenny sorriu com essa cena. Não sei quem fez ela chorar, mas eu amo essa pessoa para caralho.

Quando entraram na sala, estava vazia. Emily estava de costas para ela, parecia bem nervosa. Se virou, não sorria mas sua expressão era calma... forçadamente calma. Jenny conseguia ver suas mãos tremendo.

-Jenny. -Emily a encarou. -Quero que me diga o que aconteceu na última festa que Liam deu.

-... -Jenny levantou uma sobrancelha. -O que te falaram?

-... -Emily suspira e se senta em cima da mesa. -Liam afirmou que você o obrigou a falar que a garota do vídeo... -Emily cruza os braços. -...era a Rosa.

-... -Jenny sorriu. -Bom, o obriguei sim. Mas o obriguei a falar a verdade. A garota do vídeo é realmente a Rosa. Ele e a Daiane mentiram sobre serem Ashley. -Jenny suspirou. -Ela foi embora...

-Sim, eu fiquei sabendo. -Emily se levanta. -... -Ela pareceu pensar bastante no que ia dizer. -Acho que você não soube.

-...? -Jenny sorriu. -O que?

-... -Emily a encarou. -A Rosa se matou ontem a noite.

-... -O sorriso de Jenny despencou no mesmo momento. -O quê? -Jenny sussurra.

-... -Emily ficou de costas para ela. -Ela se jogou do prédio onde morava. E ela...

Jenny parou de ouvir. Um zumbido encheu seus ouvidos, o que era essa sensação? Colocou a mão no peito, ele parecia doer, parecia arder.

Daiane chorava por isso, então. Jenny se abraçou e ficou olhando o chão de madeira. 

-Eu vim aqui para você me chamar de assassina? -Jenny nunca falou tão baixo na vida.

-Vim para saber sua posição nisso. Agora eu sei. -Emily se vira. -Não é sua culpa, Jenny.

-... -Jenny a encarou. -Eu sei. Eu sei de quem é a culpa.

-Jen... -Emily tentou pegar no ombro de Jenny mas ela se esquiva.

-... -Jenny respirava forte. -Emily, me faz um favor.

Emily a olhou com as sobrancelhas franzidas.

-... -Jenny a encarou. -Me deixe bater nela, agora. Nesse momento. -Jenny cerra os punhos. -Deixa eu chegar na sala e bater na cara dela até eu não sentir a minha mão.

-De quem está falando? -Emily pergunta, preocupada.

-A vadia da Daiane! -Ela quase grita. -É tudo culpa dela e do Liam.

-Eu nunca permitiria isso, Jenny. -Emily sorriu. -Deve ter um moti-

Jenny sai correndo e bate a porta com força atrás de si. Seus passos eram largos. Seus punhos estavam fechados, sua respiração desregulada e seus olhos cegos de fúria. Foi até a sala e entrou, olhando para o assento de Daiane vazio e saiu da sala, sem se importar com o que o professor iria dizer.