Capítulo XXIII

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Sofia Narrando:

Estava tentando prestar atenção na aula de português, quando o diretor entra na sala chamando atenção de todos.

- Bom dia alunos. - Todos respondem em coro. - Esse ano estamos com um novo sistema de notas aqui na escola, aqueles que não se escreverem em nenhum atividade extra vão ter suas notas de participação zeradas e vão ver as consequências no boletim.Então sugiro que procurem se escreve no final das aulas, as listas estão todas no quadro de avisos e ficaram lá até amanhã. Alguém têm alguma pergunta? - Uma garota que senta na frente levantou a mão. - Pode falar senhorita.

- Qual é a necessidade disso? - A garota pergunta debochada.

- Fazer você se divertirem e se entrosarem. - O diretor fala tentando passar animação e falhando miseravelmente.

- Se o senhor que ver diversão e entrosamento é só colocar camas nos corredores. - Um garoto que senta no fundo da sala fala alto suficiente para todos ouvirem e como idiotas seguem idiotas todos começam a gargalhar.

- Quando vocês colocarem juízo nessas cabecinha eu penso no seu caso rapazinho. - O diretor fala apontando pro cara. - Enquanto isso não acontecer atividades extras pra todos. - Ele se vira para professora pede licença e saí da sala.

Logo o sinal toca e saímos da sala rumo ao intervalo. Arrumo minhas coisas e vou andando acompanhada pelo Luana até o refeitório.

- Já decidiu o que vai fazer? - Ela pergunta apontando paras listas de atividades no quadro de avisos.

Leio atentamente os nomes: Clube de teatro, leitura, música, dança, natação, vôlei, futebol, futsal, basquete, treinos para líder de torcida e clube de xadrez. Sinceramente não me vejo em nenhuma dessas atividades.

- Não e acho que não vou participar de nenhuma. Não acho que vou conseguir me encaixar. - Respondo dando de ombros e voltando a andar.

- Você tá brincando né Sofia? Você toca piano e canta como se estivesse em um espetáculo da Broadway e nem adianta negar que eu ouvi com meu lindos ouvidinho. Você têm que se escrever nas aulas de música. - Ela fala e segura meus ombros toda dramática.

- Não exagera Lua. Uma coisa é cantar e tocar pra uma pessoa ou talvez duas ouvirem outra coisa totalmente diferente é tocar na frente de um monte de desconhecido. Eu iria surtar e errar todas as notas. - Falo tirando suas mão do meu ombro e voltando a andar.

- Você nunca vai saber se não tentar. - Ela fala voltando a andar do meu lado.

- E você o que vai fazer? - Pergunto mudando de assunto ou melhor jogando a bola pra ela.

- O que faço todos os anos, brilhar no palco. Sofi minha querida a Globo me perde todos os anos, malhação séria muito mais interessante se eu fosse a protagonista. - Ela fala e eu começo a rir. É claro que faz parte do clube de teatro, dramática do jeito que é o que mais ela ia fazer? 

- Você não existe Lua. - Falo ainda sorrindo.

- Concordo com você, só que agora tenho que não existe lá no banheiro. Tô tão apertada que acho que vou fazer xixi na calça, te encontro no refeitório. - Ela fala e saí correndo pro banheiro.

Sorrio do seu jeito desengonçado de correr e sigo meu caminho até o refeitório, entro no mesmo e vou até a fila, compro duas cozinhas e duas latas de refrigerante, sei que essas cozinhas vão acabar e a Luana me mataria caso ela chegasse e não tivesse. Pego os lanches e vou até um mesa afastada perto de uma janela. Me sento e coloco meus fones de ouvido dando play em uma playlist aleatório. Dez minutos depois o furacão Luana aparece e assim que me acha vêm até a minha direção.

- Pensei que tinha sido engolida pela privada. - Falo assim que ela se senta. - Já comprei sua comida. - Falo e lhe dou sua comida.

- Por isso eu te amo meu Solzinho. - Ela fala e começa a comer.

- Por que demorou tanto? 

- Depois de ir no banheiro aproveitei pra confirmar minha inscrição no clube de teatro e... - Ela fala e dá uma pausa com se não tivesse certeza se deveria falar a outra parte.

- E... - A pressiono curiosa pra saber o resto da frase.

- E eu meio que coloquei seu nome na lista das aulas de música. - Ela fala e demoro um tempo pra processar aquela frase.

- VOCÊ FEZ OQUE LUANA? - Grito chamando a atenção de todos que estão próximos a nós. - Eu não acredito que você fez isso. 

- Fiz e vária de novo, você não pode se esconder pra sempre. - Ela fala e quando vou abrir a boca pra protestar ela me impede. - E nem venha dizer que você não vai conseguir e que vai ser um desastre, sem nem ter tentado ainda. - Quando vou falar que não vou ela me impedem mais uma vez. - E aí de você se não for, eu invado a sala do diretor e anunciou seu nome em todas as caixas de som até alguém te encontrar, depois te arrasto até a sala de música e te amarro no piano. E você sabe que não brinco em serviço. - Bufo e volto a comer enquanto ela têm um sorriso vitorioso nos lábios.

Não vai ter jeito vou ter que ir a essa tal aula, do jeito que a Luana é louca eu não me impressionaria se ela realmente fizesse tudo isso. Terminamos os nossos lanches e voltamos para sala. Estamos tendo a quinta aula de química e aproxima que seria a última é de Educação Física, porém as aulas extras começas hoje, ou seja, terei que fica até depois do horário normal e tudo graças à minha querida e amada amiga Luana. Como não estava nem um pouco afim de colocar aquele uniforme apertado e desconfortável da educação física, assim que toca o sinal para o início da sexta aula eu dou uma desculpa qualquer pra Luana, que não pareceu aceitar muito bem, mas também não falou nada. E vou em uma direção contrária aos 

 Arrumo minhas coisas e vou andar pela escola, decido subir até o último andar, afinal desde que cheguei ainda não tive oportunidade de ir lá, chego lá em cima e olho algumas salas a maioria estava vazia . Alguns zumbidos na última sala me chama atenção, vou até lá e abro a porta com cuidado, assim que entro percebo que se trata de uma sala com isolamento de som, deve ser aqui que os alunos de música tem aula, diferente das outras salas essa não estava fazia, pelo contrário um garoto já conhecido aos meus olhos estava de costas pra porta com um violão nas mãos, ele arranhando alguns acordes sem nenhuma ligação e mesmo assim parecia concentrado, como se a qualquer momento algo com algum sentido pudesse sair dalí e talvez realmente pudesse. A única coisa que fiz foi me encostar no batente da porta e observar o quanto mistérioso e transparente aquele garoto consegue ser.


"Como você vai saber se consegue recomeçar se nunca tentou ?"


Oi gente, tudo bem?

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Oi gente, tudo bem?

Muito obrigada por estarem acompanhado o livro até aqui, garanto que ainda se surpreenderam com essa história. Estou dando o meu melhor.

Não se esqueçam que tem capítulo novo todos os dias desse mês!

Beijos 😘❤️


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