Capítulo XIX

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Sofia Narrando:

- Me dá seu braço Lucas - Falo assim que abro sua porta.

Sem reclamar ele passa seu braço pelo meu pescoço e pega impulso se levantando. O levo até a entrada de sua casa.

- Onde tá a chave? - Pergunto assim que chegamos na porta.

Ele pega a chave no bolso de trás e me entrega. Entramos na casa e percebo que está tudo escuro.

- Não tem ninguém aqui? - Pergunto enquanto ele nos guia até seu quarto.

- Não, meu pai nunca ta em casa e a Maria foi visitar a irmã. - Ele fala,finalmente respondendo alguma das minha pergunta.

- Maria é a governanta? - Pergunto.

Ele apenas concorda com a cabeça e abre a porta do que acredito ser seu quarto.
Não tenho muito tempo para observar o cômodo, até porque tenho que ajudar o Lucas a se locomover e fazer um curativo.

- Você sabe onde fica o kit de primeiro socorros? - Pergunto assim que o ajudo a sentar.

- A Maria costuma deixar dentro do armário. - Ele responde.

Apenas concordo com a cabeça e vou a procura do kit. Desço as escadas e vou até a cozinha, assim que entro abro os armários e encontro o kit, quando estou voltando me lembro que a mão do Lucas está um pouco rocha por conta dos socos, então volto e pego um saco de gelo e também um copo com água. E subo novamente, assim que entro no quarto do Lucas, ele está exatamente onde deixei.

- Coloca isso na sua mão. - Falo lhe entregando o gelo. - E toma isso, vai aliviar a dor. - lhe entrego a água e um comprimido que achei dentro do kit.

Ele pega e faz exatamente o que eu disse, sem reclamar ou fazer nenhum comentário. É assim que eu gosto.

- Você não quer tomar um banho? - Pergunto - Você está vendendo a vodka.

- Você vai me dá banho? - Ele pergunta com uma sobremesa levantada e aquele sorrisinho idiota.

- Eu vou só te ajudar seu idiota. - Falo e seu sorriso se alarga. - E nem se iluda, você vai estar de cueca.

- Tudo bem, se a senhorita deseja assim. - Ele fala e eu reviro os olhos.

Pego seu braço e o ajudo a levantar. Olho pra sua perna e percebo que o vidro está bem alojado, talvez seja ruim mexer.

- Têm problema se eu cortar sua calça? - Pergunto - Não vai ter como tirá-la com o vidro aí.

- Não têm problema. - Ele responde e pego uma tesoura em cima da sua escrivania e me abaixo, corto até o seu joelho e com cuidado retiro o tecido.
O ajudo a retirar a calça e tento ao máximo não olhar para baixo, afinal séria uma situação super chata fica encarando o garoto.

- Não quer me ajudar a tirar a camisa? - Ele pergunta com um certo sarcasmo.

- Idiota - Respondo e ele rir.

Assim que ele tira a camisa não consigo me controlar e acabo secando seu peitoral e seu abdômen, ele é bem definido e também tem algumas tatuagem.

- Quer um balde Sofia? - Ele pergunta e eu o olho sem entender sua pergunta. - Eu não quero que a sua baba escorra no meu chão. - Ele fala sorrindo e eu reviro os olhos.

- Vamos logo seu idiota.

O levo até o banheiro e o ajudo a tomar banho, na verdade apenas não deixo que ele molhe o lugar em que o vidro está alojado. Depois o deixo no closet e espero do lado de fora, ele saí pouco tempo depois só de bermuda e sem camisa. O ajudo a se deitar e vou até o banheiro lavar as mãos.

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