Efêmera justiça

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Energúmena esperança
Efêmera justiça
Foi morta uma criança
E arrancada uma cortiça

Ora,no mundo afora
Não vejo cor
Nem se quer uma flor
Que afague e amanse minha dor

Sementes de minha mente dormente
Suplicam e gritam para respirar
Exclamam:"Amor não vá! Não vá!"

Megera distância
Me encara como fera
Se veste de poço
E me prende num calabouço de ossos

Sombras,vultos e o medo
Mesmo a luz estando distante
Ela ainda existe por um instante
Mas não comigo

A escuridão é meu único amigo
Minha cama é um caixão
Minha fama tenho debaixo da terra

Esquecido e abandonado
Não voltarei nunca mais
Engraçado que mesmo descansando
Ainda não tenho paz

Pérfida FelicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora