Energúmena esperança
Efêmera justiça
Foi morta uma criança
E arrancada uma cortiçaOra,no mundo afora
Não vejo cor
Nem se quer uma flor
Que afague e amanse minha dorSementes de minha mente dormente
Suplicam e gritam para respirar
Exclamam:"Amor não vá! Não vá!"Megera distância
Me encara como fera
Se veste de poço
E me prende num calabouço de ossosSombras,vultos e o medo
Mesmo a luz estando distante
Ela ainda existe por um instante
Mas não comigoA escuridão é meu único amigo
Minha cama é um caixão
Minha fama tenho debaixo da terraEsquecido e abandonado
Não voltarei nunca mais
Engraçado que mesmo descansando
Ainda não tenho paz
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Pérfida Felicidade
PoesíaA tragédia de nascer, a odisséia de viver, a visão do homem sobre si mesmo, o sentimento sufocante, corrosivo e incessante no peito que é respirar. Deus? Por que me deste este presente? Tão lindo, tão misterioso e efêmero, que é a vida... As vezes o...