O poeta observa
Observa tanto como Deus
Observa as coisas do mundo e os seusVê o tempo passar
A geleira descongelar
O jovem se casar
E o perdido se encontrarTransforma sentimento em visão
Logo depois em corpo
Que atinge em uma fração
A mente e o coraçãoPresencia corpos virando pó
Sente a dor do mundo
Viu o corte profundo
E as chagas de dar dóEstava lá quando um jardim florido
Virou campo de guerra
Quando os rios cristalinos e puros
Viraram córregos de sangueAndou pelas estrelas
Sem limite e sem céu
Foi esposo,foi mulher e foi véu
Surfando e pulando pelos cometasSentiu em pele e alma
Viu a escassez de calma
Viu o bater de palmas
Escutou o barulho da faunaLá estava e sempre esteve
Vendo o pobre enriquecer e perder o que não teveViu aqueles que foram e verá aqueles virão
Tendo sempre em mãos
Uma caneta,um livro e um coração
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Pérfida Felicidade
PoesíaA tragédia de nascer, a odisséia de viver, a visão do homem sobre si mesmo, o sentimento sufocante, corrosivo e incessante no peito que é respirar. Deus? Por que me deste este presente? Tão lindo, tão misterioso e efêmero, que é a vida... As vezes o...