Sucinta amargura de viver
Que até hoje não passa
Ferocidade à quem ver
Minha fuga da caçaNotas e mais notas
Me deixam em êxtase
Deus do céu
O que és tu?E o que sou eu?
E o porquê disso
Ninguém sabe
E se soubesseSe enforcar é normal
Dose alta de remédio é normal
Corda amarrada no pescoço é normal
Tenho medo da normalizaçãoMas me deparo fielmente
Num instante insistente
O Universo, pra quê?
A energia, por que?Nossa vida, pra quê?
A sobrevivência, eu não entendo
Eu compreendo o que acontece
Mas falho em saber o porquê do porque.E então me pego entre a arma em cima do armário
E a dúvida eterna durante a vida
Dessa vez minha escolha terá sentido
E faz muito sentido não ver sentido em nada
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Pérfida Felicidade
PuisiA tragédia de nascer, a odisséia de viver, a visão do homem sobre si mesmo, o sentimento sufocante, corrosivo e incessante no peito que é respirar. Deus? Por que me deste este presente? Tão lindo, tão misterioso e efêmero, que é a vida... As vezes o...