VII

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Eu havia sido acordada cedo naquela manhã por conta dos sons de pás na frente da casa, quando dei por mim já estava de pé, olhando pela janela do meu quarto o que estava acontecendo por lá.

Adrian estava retirando a neve acumulada. Eu sorri de lado e vesti qualquer coisa e um casaco grosso por cima, apertando-o firmemente ao corpo e descendo as escadas correndo logo em seguida.

— Bom dia, senhorita — Jeane falou e obviamente estranhou meu comportamento.

— Bom dia, Jeane — falei enquanto continuava a me dirigir até a porta de entrada.

— Vai querer fazer o desjejum agora, senhorita? — perguntou enquanto me seguia.

— Sim, faça para mim e Adrian — respondi enquanto passava pela porta e ia em direção dele que estava distraído retirando a neve.

Antes de chegar até o mesmo, peguei uma das pás no meio do caminho e fui até lá, finalmente enterrando meus pés na neve, sentindo a frieza na mesma hora. Arrepiei-me por inteira, mas continuei meu caminho até o mesmo. Peguei uma grande quantidade de neve com a pá e joguei na direção de Adrian.

— Bom dia — ele cumprimentou enquanto ria e retirava o chapéu, o abanando no ar tentando retirar a neve que eu coloquei ali.

— Felicitações — desejei e ele me olhou feliz.

— Você lembrou-se — falou, mas não pareceu tão surpreso assim, afinal, eu lembrava-me todos os anos. — Obrigada, Eve.

Sorri com aquilo, eram poucas as vezes que nos tratávamos assim, apesar de termos crescidos juntos de baixo do mesmo teto. Quando éramos pequenos, éramos quase como amigos inseparáveis, mas agora, Adrian fazia questão de demonstrar o tempo todo quem era o criado e quem não era ali.

— Me diga qual a sensação de estar fazendo vinte e nove anos — falei enquanto pegava a neve com a pá e a jogava para fora do caminho, imitando-o.

— Até agora está sendo a mesma coisa de se ter vinte e oito — respondeu e eu ri.

— Deveria tirar o dia de folga, não é sempre que fazemos vinte e nove anos — falei e percebi que ele parou de jogar a neve. Virei-me ofegante em direção dele. — Vá passar o dia com sua esposa e filhos.

Ele apenas negou com a cabeça e continuou o seu trabalho.

— Não irei descontar do seu salário.

— Você nunca desconta.

— Então só pare tudo e vá logo de uma vez.

Olhou-me por cima dos ombros.

— Tenho muito trabalho por aqui.

— Não vai ser problema arranjar outra pessoa para fazer isso — ele olhou-me e pareceu ponderar tal proposta. — Às vezes você me faz sentir como uma maluca controladora. Não é como se eu o mantivesse preso.

✓ CÉU FEITO À MÃO | Loki [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora