XXII

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Outubro de 1890, Derry

Estava sentada em um dos cantos do quarto, apenas observando todas as mulheres ali darem suas devidas atenções à noiva.

Todas bem vestidas e elegantes, rindo animadas com tudo aquilo. Amélie era uma delas, ajudando a arrumar os cabelo da noiva, enquanto sorria abertamente.

Ela tinha o sonho de um dia estar do mesmo jeito, assim como todas ali, menos eu. A reclusa com o vestido azul escuro, diferente de todos os outros de cores claras e alegres demais para os meus olhos.

Era tanta felicidade que cegava-me.

Tinham amigas e familiares da noiva ali e da nossa família só havíamos eu e Amélie.

Suspirei alto e abri a janela ao meu lado, tentando arejar mais o local, haviam tantas pessoas naquele quarto que até mesmo o ar estava começando a faltar no mesmo.

Assim que terminei de abrir a janela e virei-me, observei Amélie aproximando-se com seu vestido cheio de rendas e babados em uma cor rosada.

— Mais cedo enquanto estava conversando com Arthur, a mãe de Anastácia entrou no quarto como se fizesse aquilo todos os dias, altiva e de queixo erguido — começou e eu a olhei sem entender. — Ela ameaçou matar nosso irmão se o mesmo fizesse algum mal ou não fizesse a filha dela feliz.

— Acho que toda mãe faz isso em casamentos — respondi.

— Nós não temos mãe nem pai para fazer isso por ele. Acho que você deveria ameaçá-la também — disse e eu dei risada.

— Não vou fazer isso.

— De nós duas você é a melhor em ameaçar pessoas. Eu fiz minha parte decorando e ajudando em arrumá-la, agora é sua vez.

Revirei os olhos.

— Não vou fazer isso — repeti. — Ela não tem cara de quem faz mal nem à uma mosca — falei enquanto observava a noiva de Arthur rir ao mesmo tempo em que tentava não chorar com a "emoção" de estar casando-se.

— Faça por mim, por favor! Tenho certeza de que Arthur vai gostar também quando eu contar a ele.

Revirei os olhos, mas sorri no final.

— Certo, eu já não estava mais aguentando toda essa luz rosa ao nosso redor, está precisando mesmo de alguma ameaça eminente — falei e ao mesmo tempo comecei a caminhar em direção de Anastácia, enquanto Amélie acompanhava-me logo atrás.

Aproximei-me tentando sorrir amigavelmente para a mesma que arrumava o véu sobre os cabelos.

— Sabe futura cunhada, tenho algumas palavras à lhe dizer — pronuncie-me ao seu lado.

✓ CÉU FEITO À MÃO | Loki [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora