Epílogo II - Minha alma já repousou

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— Tem algo errado — ele falou de repente, retirando o rosto do meu pescoço e olhando no fundo dos olhos

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— Tem algo errado — ele falou de repente, retirando o rosto do meu pescoço e olhando no fundo dos olhos.

Soltei um suspiro de desapontamento por ele ter parado e devolvi o olhar, mas sem entender.

— Seu toque parece cravar na minha pele e me queimar vivo — respondeu a minha pergunta silenciosa e eu sorri em resposta.

Eu também sentia aquilo, a cada toque era como se meu peito fosse afundar de tanto desejo e ternura.

— Eve!

Saltei com o susto que tomei e logo senti a bebida que estava em minha mão cair e se derramar na mesma, molhando meus dedos e o chão.

Olhei para minhas mãos, para a taça nela e para a bebida borbulhante que continha ali.

Eu sentia meu corpo um tanto dormente e minha mente um tanto vaga, olhei ao redor e vi pessoas dançando, abraçando-se e sorrindo.

Todos pareciam felizes ao meu redor e eu parecia perdida.

— Eve? — senti um toque quente no meu ombro esquerdo e me virei em direção da voz suave. — Está tudo bem, querida?

Concordei com a cabeça.

— Sim, só acho que sonhei acordada por um instante — falei e ele deu risada, sorri em resposta. — Acho que já chega de champanhe para mim — estendi minha mão em sua direção e o mesmo prontamente agarrou minha taça.

— Também acho, apesar de ser ano novo você já bebeu demais — concordei com a cabeça. — Está sentindo isso? — perguntou enquanto abraçava-me de lado e beijava meu rosto.

— Isso o que? — perguntei.

— Eu sinto que o ano de 1920 será nosso ano — falou enquanto deixava a taça em cima de um móvel ao nosso lado e segurava minha mão esquerda, beijando acima do meu anel no dedo anelar. — Feliz ano novo, meu amor, minha Eve — desejou sorridente.

— Feliz ano novo, Julian — devolvi enquanto abraçava e observava os céus que brilhavam acima de nossas cabeças.

✓ CÉU FEITO À MÃO | Loki [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora