XII

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Olhei para os céus enquanto fechava os olhos e sentia o vento frio vir de encontro com meu rosto, fazendo-me arrepiar e sentir-me mais fraca e pequena do que já estava me sentindo naquele momento.

Estava sentada á alguns minutos ali, pensando nas minhas possibilidades, em algo que pudesse fazer para consertar aquela situação, mas pela primeira vez, não havia outra saída. Eu só teria que aceitar o meu infeliz final.

A não ser que Arthur sumisse... não haveria outra alternativa á não ser passar todos as coisas que pertenciam á nossa família para o meu nome, já que nem eu e muito menos Amélie éramos casadas e menos ainda havíamos outros parentes por perto.

Uma lagrima escorreu pelo meu rosto quando cheguei á terrível conclusão de que sou a pior pessoa do mundo por estar cogitando a ideia de sumir com meu irmão.

Se ele se casasse seria o fim. Arthur seria oficialmente dono de tudo ali e a segunda pessoa mais próxima a ter tudo aquilo em mãos seria sua esposa. Eu seria completamente inútil, ele não precisaria mais dos meus "conselhos" e muito menos das minhas ordens para cada coisa, ele não teria mais apenas que aparecer por ai, ele realmente teria que tomar conta de tudo e sabia muito bem disso. Não poderia mais opinar por que seria considerado errado, e duvido muito que a futura esposa de Arthur concordasse comigo opinando na vida deles.

De repente, uma onda de raiva perpassou pelo meu corpo, misturando-se com a tristeza e fazendo-me levantar de supetão e olhar fixamente para as águas cristalinas do lago á minha frente.

Encontrava-me em um dos vários terrenos Rusevell, estava afastada de tudo e de todos. Pensei na possibilidade de jogar-me naquele lago em busca de paz e só sair dali em forma astral.

Preferia mil vezes a morte a ter que sujeitar-me á isso! Ter que viver como uma dona de casa, não ser notada pelos meus dons á não ser os de como me portar, se minha coluna é ereta o suficiente ou se sou tão delicada quanto uma boneca.

Para o inferno com tudo isso!

Em um rompante de loucura, comecei a retirar minhas botas e jogá-las longe, logo em seguida desfazendo as amarras do meu longo vestido acinzentado de cetim, jogando tudo em direção de Baltazar que estava amarrado em uma arvore não muito distante dali.

O vento bateu frio demais em minha pele quase despida, estava apenas com a camisola de linho branco agora, então sentia o ar gélido deliberadamente.

Abracei-me, de repente sentindo a coragem sumir de dentro da minha pessoa, mas fechei os olhos e apenas corri até as águas, jogando-me contra elas e sentindo todos os meus ossos se enrijecerem ao contato imediato com as águas extremamente gélidas.

Emergi com os dentes batendo uns contra os outros, mas logo em seguida sorri enquanto ria comigo mesma.

Era como lavar a alma!

✓ CÉU FEITO À MÃO | Loki [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora