XIX

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Apoiei-me na parede a minha frente enquanto sentia meu corpo ser jogado para frente e para trás com força.

Suguei com ainda mais força o ar para dentro de meus pulmões, tentando aguentar aquela pressão toda.

Soltei um gemido alto de dor.

— Está tudo bem ai? — Arthur perguntou parecendo preocupado do outro lado da proteção de madeira em minha frente.

— Acho que as mulheres em Londres aprenderam a andar por ai sem respirar — exclamei enquanto sentia Jeane puxar ainda mais as amarras do espartilho em minhas costas.

Jesus! Não sei se chegaria viva até essa festa, antes eu muito provavelmente morreria sem ar.

— Mas gostou do vestido? — perguntou e eu somente murmurei qualquer coisa enquanto tentava afastar as mãos de Jeane das minhas costelas.

Arthur havia presenteado-me com um vestido londrino, ele disse que gostaria que eu o vestisse está noite e eu não reclamei, mas agora, pensando melhor, deveria tê-lo feito.

— Já chega, mulher! — exclamei enquanto saia de trás da pequena parede e puxava ainda mais ar para os pulmões.

Olhei para Arthur enquanto tentava arrumar meus cabelos que estavam uma verdadeira bagunça. Mais parecia que eu havia acabado de sair de uma briga do que apenas tentado vestir o que parecia ser um simples vestido.

— Está linda, irmã — elogiou enquanto sorria abertamente em minha direção, devolvi o elogio com um balançar de cabeça.

Ainda estava tentando não morrer sem ar.

— Daqui a pouco Anastácia estará aqui e poderemos ir — consegui escutá-lo enquanto Jeane ressurgia de trás da parede e me arrastava para sentar-me em frente à penteadeira.

— Quem? — perguntei enquanto ajudava-a a retirar os grampos em meus cabelos.

— Minha noiva, Eve, Anastácia. Não vá esquecer o nome dela em meio à uma conversa, por favor — pediu e eu apenas ri.

Terminei de retirar o ultimo grampo e virei-me em sua direção.

— Não faria isso com você, irmão. Farei Analice sentir-se como se já fosse da família — falei e ele me repreendeu pelo o olhar. — Estou apenas brincando, já pode sair e ir cuidar das suas vestes — fiz um gesto com a mão o enxotando do quarto.

Arthur deu risada e saiu pela porta, abandonando-me com Jeane que parecia empenhada em arrancar meu couro cabeludo.

— Seja mais delicada com essas mãos ou serei obrigada a revidar todo o ar que você me tirou com esse objeto de tortura — exclamei enquanto a sentia imediatamente parar com as mãos no ar e me olhar assustada no espelho. — Vocês estão sem senso de humor algum hoje.

✓ CÉU FEITO À MÃO | Loki [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora