Capítulo 6

52 5 0
                                        

- Cara, vamos sair pra beber hoje! - insistiu meu amigo mais uma vez.

- Felipe, justo que eu estou tentando parar de beber tanto?

- Sim! - exclamaram todos do grupo.

- Tudo bem, tudo bem, eu vou.

Todos comemoram.

Hoje era sexta-feira, e os garotos descobriram um bar onde iria várias gatinhas. Eu me recusei a ir, pelo fato da bebida. Meu pai descobriu que eu estava saindo para beber toda noite, e pediu para que eu me controlasse, e é o que estou fazendo. Tentando fazer.
De qualquer modo, não vou beber tanto, e, além disso, prefiro não dar bola as gatinhas como eles irão dar. O meu problema chamado Neithan, ainda estava na minha cabeça. Eu não sei o que vem acontecendo, mas tem algo de errado comigo.

. . .

- Alô? - falei, depois de ter atendido o telefone.

Havia acabado de chegar da casa da minha irmã, era sexta-feira, um ótimo dia para que eu ficasse lá. Quase fiquei para dormir, porém, algo me disse que era melhor voltar para casa, então acabei por voltar.

O seu apartamento era pequeno, porém, era confortável, e Eva estava muito feliz por estar morando sozinha agora, mas ainda sente falta da mamãe e do papai, e claro, sente a minha também.

- Meu bebê!

Congelei a escutar a voz bêbada de John, eu pensei por dias que ele nunca mais voltaria, mas ele voltou.
Um sorriso se abriu em meu rosto, e me senti um completo idiota.

Por que está sorrindo feito um bobo, Neithan?, pensei. Era para você ficar furioso! Você não queria o ver mais!

- John?

- Abre a porta para mim, bebê.

- John, vai pra casa.

- Mas, bebê, estou morrendo de saudades, deixe-me te ver!

- John, vai embora.

- Eu fiz algo de errado?

- Não, claro que não.

- Então por que quer que eu vá embora? Você não me ama mais?

- Não, John, eu não te amo! Você apenas está bêbado.

- Bêbado? Eu não estou bêbado! Estou apaixonado... o que eu fiz? Por que não me ama mais?

- Eu nunca te amei, John.

- Estava brincando comigo?

- Não é isso... John, vá para casa.

- Eu não quero minha casa, eu quero você! VOCÊ!

- Sinto muito, John.

Dito aquilo, desliguei, e então, escutei o choro de John vindo da rua.
Meu peito doía de escutar seus choros, mas eu não podia me render, isso não era real, ele apenas está bêbado. Porém, me rendi, fraco como sou, me rendi.

Álcool & Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora