— É, não vejo motivo para não aceitamos o namoro. — disse meu pai, abrindo finalmente um sorriso amigável, e minha mãe apenas concordou com o mesmo sorriso.
John estava feliz, e eu também estava, mas claro que depois disso ele teve que voltar para casa.
— Vê se não bebê e vem parar aqui. — brinquei, e ele gargalhou.
— Se eu ver um bar, pode ter certeza que isso vai acontecer.
— Idiota. — disse, fazendo ele rir, e o mesmo me beijou em seguida, e foi embora.
O observei até sumir da minha vista, e entrei de volta para casa, pensando em como era incrível que o meu mundo tenha mudado completamente em tão pouco tempo. E tudo por causa de simples bebidas alcoólicas.
. . .
— Oi baby. — senti mãos grandes agarrarem minha cintura. Confesso que me assustei de início, mas mantive a calma quando me dei conta que não era ninguém menos que John.
— Oi John.
— John?
— Amor! — exclamei, suspirando fundo, ainda não sei como suporto essa carência toda, mas é pior quando ele está bêbado, então não irei reclamar.
— Muito melhor! — exclamou também, e em seguida inclinou-se para me beijar. Um beijo rápido. — Posso ir na sua casa hoje né?
— De novo?
— Algum problema?
— Bem, eu quero ir na sua casa também, conhecer meus sogros... essas coisas, e, além disso... — fui interrompido pela sua risada. — O que é tão engraçado?
— Desculpa, amor. — parou de rir, e em seguida coçou o cabelo, como se estivesse nervoso. — Eu até queria, mas meus pais não sabem que eu sou gay.
— E quando vai contar para eles? — perguntei, fazendo ele dar de ombros, e em seguida o sinal tocou.
— Aula de química! — exclamou, colocando uma das mãos na minha cintura e começando a andar lado a lado de mim. — Única aula que tenho contigo, baby.
— É, eu sei disso.
— Senta do meu ladinho?
— T-tudo bem. — gaguejei, e entrei na sala de aula, sentando exatamente do lado dele. Porém, ficamos em um silêncio constrangedor — pelo menos da minha parte, John parecia totalmente tranquilo. —, até que a professora de química chega na sala de aula, desejando "bom dia" e começando sua aula.
— Hey. — sussurrou, antes que eu pudesse pegar meu caderno para começar a escrever o que ela passava na lousa.
— Hm?
— Eu te amo.
. . .
A rua estava um pouco vazia, e a noite caia sobre o céu, e eu, caminhava tranquilamente até a casa do meu namorado. Era para que eu fosse depois da escola, mas Neithan achou melhor eu ir apenas à noite, que meus sogros estariam lá, e, inclusive sua irmã jantaria lá essa noite, então apenas concordei em ir.
Quando apartei a companhia, esperei que a porta fosse aberta por Neithan, assim, pularia em seus braços e lançaria um beijo em seus lábios, como de costume. Porém, não foi bem isso que aconteceu, apenas Eva foi quem abriu a porta, com um sorriso.
— John, você veio! — exclamou, me dando espaço para entrar. — Entre por favor.
— Não precisa de toda essa formalidade. — resmunguei, e assim que coloquei os pés na sala, odiei profundamente o que vi. Era aquele garoto ruivo de novo, ele estava sentando no sofá ao lado de Neithan — talvez perto demais —, e ambos conversavam alegremente, sem falar que suas mãos estavam perto de se agarrarem uma na outra. E é claro, eu acabei tendo um ataque, mas com razão, não? Já não era o bastante aquilo na escola e agora ele está aqui? E afinal, quem é esse garoto? Neithan nunca respondeu minha pergunta.
— Oi, amor! — exclamei enquanto me aproximava de ambos, deixando a palavra "amor" em destaque em minha fala, para aquele ruivo idiota ver que Neithan era apenas meu.
— John! — exclamou, e fiquei feliz por ele dar um pulo do sofá e vim me abraçar, deixando aquele cara sozinho.
O ruivo olhava confuso para nós dois, e parecia irritado, por isso, aproveitei mais o momento, e beijei Neithan de uma forma nunca beijada antes, apenas para demonstrar à ele que esse menino dos olhos verdes é apenas meu, e sempre será meu.
Separando-me do beijo com ele, seu rosto estava completamente vermelho. Que fofo, foi a única coisa que consegui pensar.
— Não chega me beijando assim na frente de todo mundo, idiota! — exclamou, ainda com o rosto vermelho, me fazendo gargalhar.
— Fofo, aonde estão meus sogros? — perguntei, mas não fui respondido, já que aquele ruivo apareceu, sorrindo com suas sardas.
— Oi, prazer, me chamo Eric. — falou, estendendo a mão, e apenas apertei a sua de volta. — Não sabia que você tinha um namorado Neithan.
— É, não faz muito tempo que começamos a namorar.
— Agora só falta eu conquistar a sua irmã né. — falou, fazendo Neithan gargalhar, e eu me tocar.
Eu fui longe demais, quando na verdade esse ruivo, que descobri que se chama Eric, na verdade é só mais um hétero e está afim não do meu garoto, mas sim da Eva?
Cara, cacete!
— John, chegou na hora certa! — exclamou uma voz feminina, e vi que a minha sogra entrava na sala, com um enorme sorriso no rosto que me lembrava bastante do sorriso de Neithan. — O jantar já está pronto, venha meninos!
Nós três fomos até a cozinha, porém Eric mais a nossa frente, como se tivesse dando espaço para nós.
— Você lembra do Eric, né?
— Lembro. — disse, quase revirando os olhos por lembrar daquele dia.
— Não precisa ter ciúmes, apesar dele ser bi, ele tá super afim da minha irmã, e sabe, ele tem 20 anos e eu apenas 17.
— É só três anos mais velho que você.
— De qualquer forma, não tem motivo para isso, vocês podem ser amigos.
Apenas dei de ombros em resposta, mas logo passei minha mão sobre a sua cintura, deixando meus passos mais lentos.
— De qualquer forma, — repeti o mesmo, para provocá-lo. — a única coisa que importa é que você é meu.
Ele deu uma risada baixo, mas pude ver que estava envergonhando, graças as suas bochechas avermelhadas.
— É, só seu. — sussurrou, e em seguida colocamos os pés na cozinha, aonde sentamos com o resto da família mais o ruivo, e jantamos. O resto da noite correu bem, e ainda me sinto um pouco mal por ter pensando tanta merda de Eric apenas por sentir tanto ciúmes. Ele era um cara legal, e sim, ele forma um bom casal com a Eva, quem sabe eles sejam um casal, não é mesmo?
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Álcool & Amor
Romance"Foi tudo culpa do álcool, mas eu realmente amo você." John Shelton, não sabia que suas idas ao bar poderiam ser tão viciantes, como também, a quantidade enorme de bebidas que o deixava bêbado todas as noites. Sabendo de nada, o garoto também não...