Capítulo 8

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"Não vai me responder?" Digitou logo em seguida.

Quis revirar os olhos, e realmente revirei. John era tão ridículo. Aquele garoto era apenas o melhor amigo da minha irmã, ele também tem 20 anos e estava lá apenas pelo irmão de 10 anos que de acordo com ele, era uma peste.

por que John tem implicado com tudo ultimamente?

"Olha pela sua varanda." Acabei por olhar, e John estava lá, o que me fez revirar os olhos por uma segunda vez.

- Então você vai mesmo invadir minha casa até de dia? - perguntei alto o suficiente para que ele ouvisse.

- Que se foda! - falou no mesmo tom que eu. - Por que não abre a porta para mim, hm?

- Por que não vai embora, hm?

- Não seja assim comigo, bebê.

- Você está bêbado logo de dia?

- Claro que não!

- O John consciente não me chamaria de bebê, achei que meu apelido para você era veadinho!

- Por que está sendo tão grosso?

- Por que não desaparece da minha vida? - retruquei. - Não pense que só porque eu te tratei bem quando estava bêbado, que significa que vou tratar agora!

- Não vai mesmo abrir a porta para mim? - Perguntou, me fazendo balançar a cabeça negativamente mais de uma vez. - Mas acho que abre quando souber que trouxe a roupa que me emprestou de volta.

- Boa sorte! - exclamei, soltando uma gargalhada. - Mas eu nem ao menos uso essa roupa, ela é grande demais, não foi atoa que te emprestei. Pode ficar com ela, não me importo.

- Ae? - perguntou, levemente irritado, e nem acredito que John Shelton estava fazendo o maior escândalo - sem estar bêbado - de baixo da minha varanda, apenas para que eu abrisse uma simples porta. - Pois você tem que me devolver minhas roupas!

- Elas ainda estão molhadas, não coloquei para lavar.

- Ora seu...

- Veadinho de merda?

Ele ficou em um silêncio, e percebi que ele parecia incomodado.

- Vá embora, John. - falei, suspirando fundo.

Ele abaixou a cabeça, e me surpreendi por ele ter me obedecido. Aquela figura loira caminhou até que eu o perdesse de vista lá da minha varanda.

Qual o problema desse cara?, perguntei mentalmente para mim mesmo, engolindo em seco.

. . .

"Você bebe?" Foi mais uma das mensagens que recebi de John.

Sim, eu bebia, mas não era tão forte para bebidas.

Não respondi, apenas li a mensagem e observei até que meu celular desligar a tela novamente, e então olhei para o céu noturno sobre a minha varanda, enquanto eu estava sentando no chão, apesar do frio que fazia.

"Só vou pedir mais uma vez, então prometo que sumo da sua vida." Digitou, e eu esperei pela próxima mensagem. "Abre a porta."

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