Batidas na porta despertaram Cheryl do sono profundo que se encontrava ainda nos braços da namorada.
A ruiva levantou a cabeça do calor do pescoço de Toni e coçou os olhos um pouco atordoada.
Mais batidas suaves foram ouvidas e a mais alta levantou-se vagarosamente para não acordar a baixinha, que resmungou manhosamente quando não sentiu mais o corpo pálido junto ao seu e virou-se de bruços, agarrando o travesseiro de Cheryl. Uma mania adorável.
Vestiu sua calcinha e a camisa de algodão que a namorada usava na noite anterior e dirigiu-se até a porta, abrindo devagar.
A governanta de meia idade com os cabelos grisalhos firmemente presos olhou para Cheryl e esboçou um sorriso simpático, que foi logo retribuído.
— A menina Prudence pediu-me para avisá-las que o almoço vai ser servido em breve. — Anunciou.
— Almoço? — Cheryl arregalou os olhos. — Que horas são?
— Já passa das onze da manhã, senhorita. — Sorriu.
— Céus! — Continuou surpresa. — Não acredito que dormi tudo isso.
— Creio que a viagem foi exaustiva e as senhoritas precisavam de um descanso. — Respondeu.
— Sim, é claro. — Assentiu. — Obrigada...?
— Olivia, senhorita.
— Nada de senhorita. — Cheryl pediu. — Chame Toni e a mim pelos nossos nomes. — Sorriu docemente.
— Assim será feito, menina Cheryl. — Sorriu largamente.
— Bem melhor assim. — Assentiu. — Já iremos descer.
— Certo. Se precisarem de algo, me comuniquem. — Pediu.
— Pode deixar. — Sorriu, fechando a porta quando a mulher deu meia volta no corredor.
Cheryl fez seu caminho até a cama e observou o relógio retangular de cristal na mesinha de cabeceira que indicava os quinze minutos restantes para o meio-dia.
Aproximou-se e observou as costas morenas cobertas por trilhas vermelhas de suas unhas e sorriu marota.
— Senhora Topaz. — Deitou-se sobre o corpo da namorada. — Acorde. — Mordeu-lhe o ombro.
— Hmmm... — Grunhiu abafadamente pelo travesseiro. — Me deixe dormir. — Pediu com a voz rouca.
— Você já dormiu demais. — Passou as mãos entre os fios escuros. — Vamos, acorde.
— Ainda está cedo. Volte a dormir. — Murmurou sem abrir os olhos.
— Já são onze e quarenta e cinco da manhã, sua preguiçosa. — Assoprou-lhe a orelha, fazendo a maior tentar esconder a cabeça.
— Dormimos tudo isso? — Colocou a mão sobre a orelha direita.
— Uhum. — Riu sapeca, assoprando-lhe a orelha esquerda.
— Pare com isso. — Pediu emburrada, movendo a outra mão para a orelha que fora assoprada.
— Então vamos tomar banho porque estou morrendo de fome. — Pediu mordendo-lhe a nuca.
— Saia de cima de mim para que eu possa levantar. — Pediu.
— Não. — Agarrou-se mais à morena. — Me carregue.
A morena riu e depois de alguns minutos tomou impulso, levantando da cama com Cheryl presa à si como um coala. As mãos morenas seguraram as coxas grossas e ao virar-se para ir ao banheiro, Toni arregalou os olhos olhando-se no grande espelho que cobria uma parte da parede do cômodo.
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world on fire - choni & beronica
Fiksi PenggemarA vida definitivamente não é fácil. Antoinette e Cheryl são duas garotas que cresceram em um orfanato e namoram desde os doze anos. Morando em Londres, conseguem dinheiro realizando pequenos furtos. Quando Thomas Topaz chega a falecer, um advogado s...