H U I T ▬ C R O S S I N G • O V E R

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Os corpos de Eliza e Amelia deitavam em sentidos opostos no centro de um círculo de pedras

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Os corpos de Eliza e Amelia deitavam em sentidos opostos no centro de um círculo de pedras. Seus braços estendidos lado a lado estavam ligados pelos pulsos por duas tiras de tecido, uma preta e outra branca, entrançandas uma nao outra. As duas estavam vestidas em roupas no mesmo tom dos tecidos, Eliza de branco e Amelia de preto.

Faltavam poucos minutos para as 3 horas da madrugada, a witching hour, ou como os humanos costumavam chamar, a hora do demônio. O fenômeno dado entre as 2h e 4h da madrugada em nada estava relacionada com práticas demoníacas ou com o diabo em si. Todo o mundo sobrenatural, e os os bem entendidos na área, sabiam perfeitamente que não existiam anjos ou demônios. Pelo menos não na concepção que os humanos comuns acreditavam.

Aquela hora nada mais passava de um pico de magia que se dava todos os dias. O momento ideal para performar rituais que exigiam um pouco daquilo que há muito se perdeu. Para as Peeiras significava um contato maior com os ancestrais e matriarcas do sobrenatural.

Assim que se deram as três horas, as Peeiras - compostos por cinco pessoas, tanto homens quanto mulheres - se reuniram do lado de fora do círculo de pedras, que continham símbolos rúnicos. Eles iniciaram um cântico murmurado após unirem as mãos, de braços bem esticados para poderem todos fechar o largo círculo. Amelia reconheceu a maioria dos símbolos e o que eles representavam: vida, morte, ressurreição, enviar, receber, união, alma, proteção e outros tantos símbolos pintados a tinta branca em cada uma das pedras.

Foi surpreendente para os que observavam como os participantes do ritual souberam exatamente quando a hora mudou sem sequer olharem o relógio. Talvez se devesse ao pico de energia que todos sentiram pinicar em baixo de sua pele, que muito bem podia ter sido confundido por um arrepio de frio. Por longos minutos as Peeiras continuaram entoando o cântico deles em uma língua que a maioria não reconhecia, mas que os que ali moravam reconheciam como sendo a língua materna do país. Até que por fim uma horda de pirilampos surgiu, pairando acima da cabeça de todos os ali presentes na clareira. Anita observou os pirilampos com espanto. Mesmo estando acostumada com aquilo, ela nunca cansava de se surpreender.

 Mesmo estando acostumada com aquilo,  ela nunca cansava de se surpreender

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