O livro: Amor Platônico

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Me deixe ir ou me ame

Me lembro de ter olhado para o nada, vi você no nada... Não né... Haha.

Queria fazer você entender tantas vezes que até desisti.

Sou seu amigo, como não sabe o quanto eu te amo? Te quero tanto, mas não posso ter kkk. Me sinto quebrado por dentro todos os dias que te vejo (e te vejo todos os dias). Eu sinto que você quer me manter preso.

Por isso, já não tenho mais as expressões inocentes de antes. Tento te odiar, mas seu rosto é tão belo e seus risos me faz esquecer a ideia do ódio. Tento te afastar, mas você me puxa para mais perto e me abraça com voracidade, como se nunca fosse soltar e gostasse de me ver sofrer por você. Como é cruel... Acho que mereço (é mereço), mereço toda essa dor que sinto e não mereço o seu amor, pois, sou apenas um amigo. Te amo e isso dói. Acho que fiz algo realmente grave na minha vida passada, eu não tenho sorte no amor.

Mesmo assim... você poderia me deixar ir? Sei que não mereço perguntar isso, me desculpe, mas se continuar assim... Meu coração já não vai bater de tanta agonia. Me deixe ir ou me ame. Por favor se decida, eu também sou humano e não aguento sofrer tanto assim. Já faz anos.

Quer saber o quanto eu te amo antes de me responder?

Já pensou em voar? Me sentia em outra galáxia todas as vezes que você segurou a minha mão.

Já levou um tapa? É assim que me sentia todas as vezes que você namorou. Dói tanto lembrar...

Já cheiro o perfume de uma flor rara? Seu cheiro é parecido, porém mil vezes melhor. É assim que me sinto.

Não me trate como irmão, não sou seu irmão, sou apenas um garoto apaixonado. Apaixonado por você...

Espero que leia isso e entenda. E não se esqueça da minha resposta pois estou cansado de esperar.

***

-É exatamente assim que eu me sinto pelo Gon! Esse livro, conta tudo o que eu sinto por ele. Um amor platônico. – Sussurrei para mim mesmo e dei um pequeno sorriso ao lembrar dele. – Como será que ele está? Já se passaram três anos. – Pensei tentando imaginar como ele estaria agora.

Fechei o pequeno livro que comprei, cujo não tinha nome de autor. E coloquei o mesmo no bolso do meu casaco azul. Passei a olhar o céu. Esse era o lado bom de ter uma casa afastada de tudo e todos, escutar o som da cachoeira no quintal, sentir o cheiro da floresta ao acordar, escutar o silêncio da noite e apreciar a beleza das estrelas.

– Fiz bem em escolher esse lugar. – Suspirei contente e logo quando eu estava prestes a dormir escuto o meu celular tocar. Vi que era desconhecido, mas dei de ombros e atendi.

Ligação on

-Oi. – Falei me ajeitando no banco em frente à casa.

-Oi? Depois de quatro anos você só diz, oi?! – Congelei. Minha vontade era de cair de joelhos no chão e chorar de felicidade, enchê-lo de perguntas como, "Onde você estava todo esse tempo? E. Por que não me ligou?" Eu não sei se fico zangado ou feliz – Deveria aprender comigo e falar, OI GONZINHO SEU LINDO, QUANTO TEMPOOO – Disse animado (assim como antes).

-Gon... – sussurrei e escutei uma risada nasal baixa.

Era ele!

-Oi, Killua. – Aquela voz, que me acalmava, que fazia eu me sentir melhor. Até mesmo agora isso não mudou.

-GON!! – Não aguentei e gritei de felicidade, o que o fez soltar uma gargalhada.

-Estou indo te visitar – Avisou. Eu me perguntava, ele sabia onde eu estava? – Eu sei onde você está, tem uma cidade aí perto – Como antes, ele sempre soube o que eu pensava kk. – Me encontra lá, amanhã. – Disse animado.

-Tudo bem, tem uma praça no meio da cidade, nos vemos lá – Respondi alegre e ele concordou.

-Te vejo lá. Tchau. – Encerrou a ligação.

Ligação off

-Tchau... – Sussurrei mesmo sabendo que ele não escutaria.

Meu coração falhou uma batida.

-ELE ESTÁ VINDOOO!!

Continua...

O livro de Killua (Hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora