Sorriso sincero

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Risa p'v on

-Sim? – Uma mulher de cabelos verdes perguntou sorrindo, me envergonhei.

-Desculpe, acho que errei o endereço – Falei de cabeça baixa e me virei pronta para ir embora.

-Quem você procura? – Me perguntou.

-Meu pai... – Após falar isso eu pulei por cima das casas, ainda pude escutar a mulher gritando algo como "Espere!" ou "Não vá!", mas meu rosto estava vermelho de vergonha. Eu odeio fazer isso, ter que procurar por ele, afinal ele nem se importava comigo. Nunca me procurou após meu desaparecimento, acho que jamais me amou.

Suspirei me encostando em uma árvore esperando as lágrimas caírem.

-Risa? – Arregalei os olhos. – É você, não é? – Sentia seus passos chegando cada vez mais perto, meu coração acelerava a cada passo que ele dava.

Não poderia ser ele...

Corri pulando entre as árvores. Em uma distância segura, olhei para trás achando estar longe o suficiente dele, mas eu estava enganada.

Ele estava bem atrás de mim.

-Não dessa vez... – Disse ofegando.

Segurou minha cintura e me beijou. Bati em seus braços na tentativa de escapar, algumas lágrimas caiam do meu rosto, não por tristeza, mas por tê-lo reencontrado. E sem perceber cedi o beijo, deixando ele me guiar. Segurei em sua nuca, eu não queria que aquilo terminasse, mas terminou por falta de ar.

– Eu pensei que você estava morta – Disse afagando meus cabelos.

-Eu desejei que você tivesse me esquecido, Todoroki... – Sussurrei de olhos fechados. O senti acariciando minha bochecha.

-Eu nunca me esqueceria de você – Abri os olhos e o vi sorrindo. – Vem! Vamos descer dessa árvore. Preciso descongelar algumas árvores – Rimos e ele me carregou, confesso que corei bastante.

Assim que ele arrumou o estrago que tinha feito, andamos de volta para a cidade de mãos dadas.

-E o meu pai? – Perguntei olhando para o chão. Ele me olhou.

-Após todos esse anos ele ainda manda os inus vasculharem as redondezas todos os dias na esperança de te achar. – Disse simples. Dei um pequeno sorriso.

Então ele chegou a me procurar...

-Achei que ele não ligasse para mim... – Falei triste e ele sorriu.

-Ele sempre foi um bolachão assim como a filha, não tinha como ele te esquecer rsrs – Disse rindo e eu dei um pequeno empurrão no mesmo, rindo também. – Vou te levar até ele.

Risa p'v off

Gon p'v on

Killua ainda estava dormindo, aquilo foi maravilhoso. Devo lembrar de agradecer ao Midoriya quando eu voltar.

-Hmm... – Murmurou dormindo, eu sorri. Ahh como ele é perfeito de tantas formas, nem sei como eu não tinha notado isso antes.

Beijei o topo de sua cabeça e fiquei o olhando por um bom tempo.

-Eu sei, eu sou lindo, pode me admirar eu deixo – Disse abrindo os olhos, eu corei e ele riu. – Calma amor, eu sou todo seu. – Acariciou minha cabeça.

-Mesmo? – Perguntei sorrindo

-Sim! E você é meu! – Afirmou sorrindo.

-Mesmo? – teimei

-Mesmo, mesmo kkk – Riu e eu apertei suas bochechas rindo.

-Vamos voltar, eles devem estar preocupados – Falei sorrindo e ele afirmou com a cabeça.

Após voltarmos todos estavam dormindo no quarto da Alluka na espera de que ela acordasse.

Sorrimos.

-Nossos amigos são incríveis. – Sussurrei para o Killua.

-Sim! – Afirmou sussurrando.

Embrulhamos eles e fomos a casa de Midoriya. Enquanto caminhávamos eu senti que algo estava errado, mas não sabia dizer o que era...

Olhei para o Killua, ele estava andando mais a frente comendo um hamburger. Sorri e olhei o seu livro que estava no meu bolso. Eu queria devolve-lo, mas não consegui achar a hora certa.

Gon p'v off

Autora p'v on

Enquanto isso, na entrada da cidade Stain amolava sua catana em cima de uma casa, ele via tudo e não pareciam perceber sua presença entre a entrada do anoitecer.

-Eu gostaria de vê-lo após esse serviço – guardou a catana e se preparou para pular. – All Might...

Autora p'v off

Midoriya p'v on

Acordei sentindo uma forte dor nas costas.

-Acho que você dormiu de mau jeito – Bakugou chegou perto de mim massageando meus ombros. Corei e retirei sua mão com um pouco de força.

-Não preciso da sua ajuda! – Murmurei me levantando e saindo do quarto, escutei passos atrás de mim. Em uma distância considerável da "Alma", me virei bruscamente e o fitei com raiva. – O que? – Perguntei irritado.

-Deku... eu não vou te fazer mal – Disse chegando mais perto.

-Acontece que você já me fez mal. – Desviei o seu olhar, continuei – Quando você me recusou...

Ele chegou mais perto e segurou em meu queixo, me fazendo olhar para ele.

-Deku, isso é errado. Dois alfas... é errado... – Sussurrou acariciando minha bochecha.

Senti minhas lágrimas caindo e o fitei. Ele estava surpreso.

-Amar alguém é tão errado assim? – Falei com lágrimas nos olhos.

Levei minha mão até a sua que estava em minha bochecha.

-Deku, eu—

-Você... Me acha nojento? – O interrompi retirando sua mão de mim, ele arregalou os olhos. – Você deve me odiar. – Falei olhando para o chão, eu já não conseguia controlar minhas emoções. Solucei e me ajoelhei no chão. Kaachan se ajoelhou junto a mim e me fez olhar para ele novamente.

-Eu jamais acharia isso de você Deku... – Me fitou com um pequeno sorriso.

-E-Então por quê? – Perguntei me arrependendo da pergunta, eu sabia o que viria a seguir de qualquer forma, mas evitei fugir, não quero mais fugir.

-Eu... – Suspirou corado – Eu não quero que você se arrependa.

Pisquei os olhos rapidamente incerto. Eu escutei direito?

-Kaa—

-Escuta, Deku de merda! – Disse atrapalhado eu me calei e ele continuou – E-Eu... – Suspirou me olhando diretamente nos olhos – Eu amo você, mas esse amor é errado. Alfas precisam ficar com ômegas, você entende? – Cheguei mais perto de seu rosto e acariciei seus lábios. Saber que ele também me ama é o suficiente pra mim – Deku, você não tem noção de quantas vezes eu tive que me controlar, você não tem ideia... merda. – Cheguei mais perto e ele fechou os olhos mordendo o lábio inferior – S-Se afasta por favor... – Pediu, eu dei um sorriso sincero e o beijei com todo o amor que eu tinha.

Finalmente, apenas eu e você.

Continua...

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O livro de Killua (Hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora