Milagre e tragédia

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Killua p'v on

Eu estava muito feliz, Gon me amava assim como eu o amava e isso era o suficiente para mim. Aquele livro... eu gostaria de saber onde ele estava, gostava de lê-lo. Talvez o Gon estivesse com el—

-KILLUA! – Gon pulou assustado encima de mim, me fazendo cair no chão e bater com a cabeça.

A última coisa que consegui ver antes de apagar foi o rosto de Gon com os olhos arregalados e... sangue.

Killua p'v off

Risa p'v on

Olhei novamente para o garoto ao meu lado. Todoroki, meu antigo namorado na minha infância, o ver me deixou um pouco ansiosa. Eu já tinha esquecido de como ele era incrível e atencioso, mas eu preciso contar a ele. Que eu não o amo...

-Risa? – Me chamou sussurrando.

-Sim? – Olhei para o Todoroki, que estava parado olhando para frente, acompanhei seu olhar e era ele, de costas para mim enquanto regava algumas flores. Meu pai.

Caminhei até ele e aproximei minha mão nervosa de seu ombro. Mas quando cheguei perto, ele parou de regar as plantas e coçou o nariz.

-Acho que meu nariz está ficando velho – Riu baixo – Estou confundindo novamente outros cheiro com o de minha filha. – Se abaixou, mas antes que voltasse a regar, o abracei. Senti lágrimas caindo de meu rosto. Aquilo doeu, meu pai se preocupava comigo. Xingava até o seu precioso nariz.

-F-Filha? – Se virou bruscamente, ele estava chorando. Se abaixou e voltou a me abraçar. – Você está viva!

-Claro que estou – Ri em meio ao choro.

Todoroki olhava a cena toda provavelmente sorrindo, mas não me importei e continuei abraçando meu pai. Eu estava com saudade dele.

Um tempo depois nos afastamos sorrindo.

-Agora me conte – Ele ficou sério – Onde você estava todos esses anos? – Perguntou. Sorri fraco e me aproximei a porta de sua casa.

-Vou te contar tudo – Falei entrando na casa. Todoroki nos seguiu e ficou apoiado na porta enquanto nós dois sentamos no sofá da sala, ele parecia curioso também. Suspirei e comecei – Naquele dia que você saiu em uma viagem para a cidade vizinha, eu... sai para a floresta. – Ele arregalou os olhos. Abaixei a cabeça, me lembrando de quando eu tinha onze anos – Eu sei que você me avisou que era perigoso ir sozinha, mas eu queria ir. Estava procurando uma planta para fazer um chá para você – Ele suspirou desapontado – Me desculpe.

-Tudo bem Filha, continue – Pediu e concordei com a cabeça.

-Eu achei seu chá, mas um portal estranho se abriu embaixo de mim e eu caí nele. Chegando no mundo dos humanos, minha aparência youkai desapareceu e virei uma humana... – Dei uma pausa e suspirei pesadamente, eu não queria contar o resto, mas não queria esconder nada dele. – Fiquei um tempo vagando por uma cidade, com sede e com fome. Acabei virando uma... Assassina de aluguel.

Os olhei com algumas lágrimas nos olhos, arrependida. Eles estavam com os olhos arregalados. Enxuguei com a manga da minha roupa e continuei.

-Eu matei muita gente a sangue frio para ganhar comida e abrigo, até que conheci o Killua e a Alluka. Eles me disseram que eu não precisava mais matar pessoas. Que eu poderia viver honestamente e foi isso que eu fiz. Prestei o exame Hunter e passei. Eles foram a minha salvação naquele mundo. – Comecei a chorar novamente e meu pai voltou a me abraçar.

-Obrigado por voltar – Disse durante o abraço.

-Pai...

Risa p'v off

Killua p'v on

-Gon! – Acordei em uma cama com uma enorme dor de cabeça. Midoriya foi até mim e me deu um copo com água. Bakugou estava sentado do outro lado da cama de braços cruzados.

-O que aconteceu com você? – Midoriya me perguntou preocupado. Levei minha mão até a cabeça. Estava enfaixada.

-Gon... onde está o Gon? – Perguntei com dor.

-Encontramos apenas você. – Disse o esverdeado triste.

Arregalei os olhos e me levantei apressado, mas logo voltando a me deitar com dor.

-Ele estava ferido! – Falei preocupado. – Alguém nos atacou.

-Os youkais já está atrás dele, vamos encontra-lo onigiri. – Disse Bakugou, afirmei com a cabeça.

-Killua, tem alguém que quer te ver – Midoriya se levantou e abriu a porta, senti minhas lágrimas começarem a cair assim que a vi.

-Alluka! – Falei chorando. Ela veio até mim e me abraçou chorando.

-Oni-chan – Alluka se afastou – Eu estava com saudade.

-E eu, preocupado rsrs – Falei rindo. Acariciei o rosto dela e me sentei na cama a olhando melhor. – Você está diferente. – Apontei para suas orelhas de neko e ela corou, rindo em seguida.

-Foi uma surpresa para mim – Disse dando um pequeno giro, animada. Sua calda balançava igual a de um gato animado. Era engraçado de ver.

-Que bom que ela está bem.

Killua p'v off

Gon p'v on

Acordei sentindo um forte dor no estomago e tudo veio a tona. Alguém ia matar o Killua com uma espada e eu o protegi, mas acabei sendo atingido em seu lugar.

Coloquei a mão encima do ferimento, agora enfaixado e olhei em volta. Estava em uma cela pequena sem cama. Foi até a grade, mas quando a encostei, senti uma forte descarga elétrica. Me fazendo cair para trás. Eu estava muito fraco.

-Eu te mandei trazer um humano vivo, não um quase morto. – Escutei a voz de alguém furioso e aproximei meu ouvido da parede

-Você não diss—

-QUE SEJA! – Gritou – Leve-o até o Chefe.

Escutei passos se aproximando da cela. Fui até o lugar que estava desmaiado e me deitei no chão, fingindo estar dormindo. A cela se abriu e me senti ser erguido violentamente. Abri um pouco os olhos e o soquei. Arregalei os olhos, meu soco tinha passado através dele. Ele não parecia ser humano nem youkai.

-Oh, já está acordado. – Disse caminhando comigo em seus braços. Tentei de tudo para sair, mas nada funcionava e eu não conseguia usar o Nen, estava muito fraco.

-Kurogiri, coloque-o nessa maca e amarre-o – O tal Kurogiri me colocou na maca e me amarrou. Alguém se aproximou, assim que o vi o olhei com nojo, ele era medonho. – Desculpe pela falta de indelicadeza dele. – Esticou a mão para o lado e pegou algo na mesa – Você vai ser muito útil para mim.

Continua...

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O livro de Killua (Hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora