Gon p'v on
-AAAAAAHHH! – Gritei de dor enquanto sentia meus ossos se quebrando e se recolocando, várias e várias vezes – Para! P-Por favor... – Pedi gemendo de dor enquanto derrubava algumas lágrimas.
Não sabia dizer se passaram horas ou dias, mas para mim, aquilo parecia não ter fim. Hora ou outra eu perdia a consciência e depois voltava sentindo ainda mais dor. Eu não podia ver nada, estava vendado e acorrentado em uma maca, enquanto ele me fazia sofrer mais e mais.
Ele não disse nada. Apenas me cortou mais uma vez no meu braço esquerdo. Estava fraco demais para usar meu Nen, mas não acho que isso faria alguma diferença.
Como ainda estou vivo? Toda essa tortura poderia matar uma pessoa, mas ainda estou vivo...
-Sabe garoto, já faz um bom tempo que eu não abro um humano desse jeito, então esse experimento está demorando mais do que deveria – Senti ele se aproximar do meu rosto e segurar fortemente minhas bochechas. – Não se preocupe. Logo, logo, você não sentirá mais nada.
Ele se afastou e senti algo entrando em meu braço. Algumas lágrimas caiam de meu rosto.
Meu corpo estava parando aos poucos.
Eu queria dormir.
Mas queria vê-lo uma última vez.
-Killua...
Gon p'v off
Killua p'v on
-O que? – Arregalei os olhos enquanto sentia minhas costas se arrastarem pela parede. – Como assim vocês não encontraram ele? – Agarrei meus cabelos com uma certa força, querendo me amaldiçoar internamente.
Inko chegou perto de mim e me abraçou.
-Killua, nos desculpe... mas procuramos o Gon por todos o país. Ele não está em lugar algum. – Ela disse enquanto me abraçava.
-Ele estava ferido... – Sussurrei com algumas lágrimas caindo dos meus olhos.
Sentia os olhares de pena que os outros emanavam para mim.
-Eu sou mesmo um inútil – Agarrei os lençóis da cama com força. Inko se afastou me olhando triste. – Já fazem quase quatro dias... que eu não sinto mais o Nen dele. – Comecei a chorar com a cabeça abaixada, eu sentia falta tanta dele.
Alluka veio até mim e segurou minha mão.
-Por que sempre nos afastamos? Por que...? – Sussurrei soluçando algumas vezes.
-Onni, o Gon vai voltar, eu sei que vai – Alluka me abraçou enquanto tentava me acalmar.
Leório se aproximou junto ao Kurapika e tocou meu ombro enquanto se sentava na cama ao meu lado.
-Killua... – O mais velho suspirou – Eu sei que o Gon não é do tipo de desiste fácil, sei que ele vai superar qualquer coisa para no fim estar com você, acredite. – Disse sorrindo.
Parei de chorar aos poucos e sequei minha lágrimas com o lençol.
-Tem razão. – Olhei para cima ainda soluçando – Gon não é o tipo de pessoa que desiste. – Afirmei encarando o teto, esperando que no fundo aquelas palavras se concretizassem.
Duas semanas depois...
Entrei no banheiro correndo e logo soltando tudo o que havia comido no café da manhã na privada.
Faziam quase três semanas que o Gon havia desaparecido e que estou tendo esses sintomas estranhos. Não podendo sair para ajudar na procura me fez ficar cada vez mais deprimido.
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O livro de Killua (Hiato)
Romance"Me deixe ir ou me ame", "Eu sinto que você quer me manter preso.", "Sabe o quanto eu te amo?". -É exatamente assim que eu me sinto pelo Gon! Esse livro, conta tudo o que eu sinto por ele. Um amor platônico. Killua é completamente apaixonado por G...