Justin, Justin Bieber

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Sienna Rosalie P.O.V

Decidi ir embora de uma vez, mas senti que alguém me puxar pelos cabelos, então comecei a gritar e tentar estapear esse alguém. Começou a me arrastar até aquele garoto de olhos castanhos, quando chegamos bem perto, pude ver que ele afastou as mulheres em sua volta, para me analisar, a pessoa me jogou em sua direção, me fazendo cair toda desajeitada, olhando para os lados pude ver que era uma mulher que me segurava. Ele me olhou com superioridade. O que era esperado, afinal, o cara que tinha tudo e mais um pouco. Poderia ter o mundo aos seus pés se quisesse.


- Olha o que eu achei bisbilhotando nos arbustos – falou a garota, ela era baixa e tinha uma pele clarinha, e pelo que eu notei também é bem forte. Bufei, eu não estava bisbilhotando, só olhando... O que talvez seja a mesma coisa?


- Para quem você trabalha? – perguntou o garoto, eu franzi o rosto, do que aquele cara estava falando? – Serei obrigado a tirar essa informação a força? – perguntou sério olhando para a garota em seguida ela pegou novamente nos meus cabelos e colocou o que possivelmente era uma navalha na minha garganta. Eu fiquei assustada, mas eu me controlei, conhecia homens iguais a ele, e sabia como lidar com esse tipo. Nunca tive medo, mas quando ficava me controlava muito bem para que ninguém soubesse que eu tinha medo de algo, sempre preferi fingir ter coragem do que ser uma covarde.


- Eu não estava bisbilhotando, estava só passando e acabei querendo ver o que estava acontecendo – me expliquei e ele me olhou com dúvida – E não, não trabalho para ninguém, moro ali na esquina, sai para respirar – falei revirando os olhos, tentando ser o máximo indiferente, a garota prendeu mais a mão no meu cabelo me causando uma careta de dor. A filha da puta, queria muito arrancar meu cabelo a força, tentei puxar a mão dela, mas isso só faz com que doesse mais, o garoto cerrou os olhos ainda suspeitando de mim.


- Logo você não vai mais precisar respirar – disse a garota no meu ouvido. Senti meu coração palpitar, e começar e não sentir meu corpo, estava morrendo de medo, mas tentei o possível para não demonstrar. Respirei forte, tentando o máximo de ar, tentando me acalmar, ela começou a puxar um pouco a navalha e senti uma ardência, fechei os olhos com força, já sabendo ser ali que eu ia morrer... Que merda, eu ia morrer assim?


Ele fez um sinal é a garota me soltou, respirei aliviada, passando a mão no meu pescoço e respirando com calma, ele sorriu novamente. Franzi o rosto olhando como se ele fosse um doido. Meu pescoço sangrava um pouco, nada muito fundo, mas se ela fosse mais para o lado, eu iria sangrar como uma fonte.


- Por favor, fique, já que estava só querendo saber o que estava acontecendo, por que não se junta a nós? – falou ele, apontando para as pessoas ao redor que continuaram dançando, sem nem ligar para o que tinha acontecido ali. Parei por um milésimo de segundo para observar aquilo, como as pessoas fingiram não me ver, o ser o humano a cada dia me impressiona.


- Já fiz muitas decisões ruins na vida, mas essa não vai ser uma delas – falei dando de ombros e me virando, eu tinha que corre para bem longe desse doido, antes que ele me matasse só porque não falei da forma que ele queria. Andei entre os carros tentando ao máximo me afastar, mas senti que ele me seguia. Me deixando mais assustada, tentei andar mais rápido.


- A propósito, sou Justin, Justin Bieber – falou alto para que eu ouvisse em meio ao som, as garotas ainda estavam agarradas nele e me olhavam com nojo, tentei não ligar para isso, me virei cruzando os braços e levantando as sobrancelhas – Não vai se apresentar? – perguntou sarcástico, eu ri – Belo sorriso – falou me elogiando, revirei os olhos, ele se aproximou e mostro a mão como comprimento. Bufei, muito bipolar, não é possível que ele seja normal.


- Laila, Laila Evans – menti, nunca passaria meu nome verdadeiro para pessoas como ele, sorri falso para ele dando a minha mão e cumprimentando o mesmo – Com licença – falei educadamente me virando, e tentando me afastar dele, me enfiando no meio das pessoas para que ele me perdesse de vista.


- Não quer que eu te acompanhe? – perguntou sendo cavalheiro, mas eu sei que tudo isso é encenação. Tentou me seguir, mas quanto mais eu me afastava mais gente ficava no meio.


- Não obrigada – falei sorrindo sem mostra os dentes, continuei meu caminho, mas ele me puxou pelo braço, fazendo com que meu corpo chocasse contra o dele, senti uma corrente elétrica se espalhar sobre o meu corpo, me causando uma certa falta de ar, olhei para seus olhos castanhos que agora mais de perto, eram realmente lindos, observei sua boca se formar um sorriso, mostrando o seu rosto de garoto provocativo. Senti o cheiro de perfume Francês masculino, e espuma de barbear, ele disse algo que não prestei atenção, pude sentir o seu hálito de menta batendo contra me rosto, me fazendo sorri e negar com a cabeça, isso fez com que eu acordasse para o presente. Odeio menta.


Puxei meu braço de volta e finalmente fui para casa, caminhei o tempo todo olhando para os lados, para ver se mais gente do tipo dele estava por aí. 


Cheguei em casa e tranquei a porta, respirando aliviado que tinha chegado inteira. Ou talvez a minha dignidade eu havia esquecido no meio daquela pista, revirei os olhos colocando as mãos sobre o rosto. Que vergonha, como eu pude reagir daquele jeito, só por ele ter me tocado. Naquele momento foi como sentir tomar um choque elétrico, e ver todos a sua volta sumir, e só ficado, eu e ele. Mas isso é ridículo, eu sei, talvez tenha sido o frio, e talvez tenha sido por isso eu senti aquilo.

Coloquei a mão no pescoço, lembrando do corte e logo subi para pegar meu kit de primeiros socorros. Abri a caixa e peguei alguns materiais para limpar o ferimento, não estava muito fundo, então só passei algo para que não infeccionasse.


[...]


Estava no hospital, trabalhando e passando para ver alguns dos meus pacientes favoritos, eu amava o meu trabalho e fazia ele com orgulho do que eu poderia ser um dia. Passei para chamar um dos meus pacientes para fazer um raio-X, o mesmo estava sentado, olhando uma revista playboy, me fazendo ri, bati na porta e sorri em seguida.


- Pronto para seu exame, senhor Lancaster? – perguntei, o mesmo sorriu de volta e concordou, escondeu a revista em baixo do colchão e se levantou. Mandei alguém para acompanhar o mesmo e ele foi.


Caminhei pelo hospital esperando que algo acontecesse, não que eu queira que alguém sofra um acidente.


- Si, estão chegando pacientes de um acidente de carro, corra lá para fora e espera a primeira ambulância, o que vier o paciente será seu – falou a minha residente, Margareth, mas chamávamos de Meg. Eu e minha bendita boca, causando acidentes por aí.


Assim que cheguei do lado de fora, pude ver a ambulância vindo, os socorristas saíram de dentro dela junto com a maca.


- Jovem de 27 anos, estava competindo corrida com o carro e acabou capotando – falou e eu concordei acompanhando eles - Esta com um trauma na cabeça, com risco de inchaço - disse e pude ver que o problema poderia ficar mais sério.


- Vocês sabem o nome dele? – perguntei indo para a sala de emergência, eles colocaram a maca no lugar e eu me aproximei, para ver o estado do paciente – Justin? – murmurei

Everything And More (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora