POV COSIMAEu estou muito.... triste.
Nesse momento estou sentada na bancada mexendo a colher dentro do copo de café para ver se vejo meu futuro. Li na internet uma vez que isso funciona, estou tentando. Será que minha professora vai aparecer nele?
- Cosima, pelo amor de deus, vai ajudar a atender.
Não quero, estou participando de um clipe da lana del rey, será que vocês poderiam respeitar meu espaço?
Não sei muito bem o que fazer, mas de qualquer forma não quero resolver essa situação com a professora Cormier pelo celular. Amanhã tenho aula com ela e resolverei.
Mas nesse momento i wanted to be morta, odeio esse emprego e esse café. Com o meu nível de inglês já posso ser considerada embaixadora do Brasil nos EUA? Sei fritar hambúrguer também.
Cansei de dramaqueen, vou trabalhar. Começo a organizar os sachês de açúcar em cima do balcão.
- Oi! - Calma, eu conheço essa voz. Ergui a cabeça. - Você... Eu te dou aula na Columbia, não dou?
Urubu é uma praga, onde você olha tem um.
Mas talvez... Seja divertido atendê-la.
- Posso anotar seu pedido, senhora?
- Eu... - Não deveria ter feito isso mas fiz.
Havia duas formas de anotar o pedido: no computador ultra tecnológico, ou no computador com o teclado barulhento que só era utilizado em casos excepcionais de falta de energia. Esse era um deles, eu estava sem energia. Então a cada palavra que ela dizia, eu olhava fixamente para seus olhos como uma atendente que havia cheirado cocaína e ia digitando bem forte aquelas teclas, fazendo um ruído horrível.
- ... Quero um... Nossa que barulho chato e alto né.
- Senhora, eu não te escutei - Falei enquanto continuava digitando, na realidade eu não estava escrevendo nada mas não podia perder a oportunidade de bagunçar essa mulher. E obviamente estava escutando-a muito bem.
- Eu disse que BARULHO CHATO NÉ. - Parei abruptamente de digitar fazendo a voz dela consumir o local. Todos pararam para olha-la. Ela ficou vermelha de vergonha.
- Senhora, é o procedimento padrão. Senhora, já posso anotar o pedido da senhora? - Falei rápido deixando-a um pouco confusa.
- Eu nunca vim no Starbucks, não precisa fazer cadastro? Tirar alguma foto?
Sim, o banco de dados quer seu rosto pra assustar uma casa com 6 crianças.
- Não, senhora. Posso anotar seu pedido, senhora?
- Ah. Eu quero um - Voltei a digitar - um café expresso.
- Certo senhora, seu café cappuccino sairá em instantes.
- Não, é EXPRESSO. - Respondeu mais alto.
- Pois não?
- EXPRESSO. - Rebateu gritando.
- Impresso? Desculpa senhora, o café não é impresso, não trabalhamos desta forma.
- Hã? Ta bom.
- Senhora, qual será a forma de pagamento que a senhora utilizará?
- Cartão de débito - Ela já estava bagunçada energeticamente pois retirou um bilhete de ônibus da bolsa.
- Senhora nós não utilizamos bilhete de ônibus como forma de pagamento, senhora. Apenas débito, crédito ou dinheiro, senhora.
- É CARTÃO - Parei de digitar, enquanto ela batia o bilhete no balcão - DE DÉBITO, É DÉBITO, CARTÃO DE DÉBITO. - Todos olharam para sua cara novamente, e ela se tocou que estava com um bilhete de ônibus na mão e se encolheu. Voltei a digitar como uma funcionária exemplar.
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Teacher's Anatomy
FanfictionTeacher's Anatomy é uma fanfic clichê Cophine que tem tudo que amamos, sapatonice, Starbucks, Coque Frouxo e Higienes Matinais quase todo dia. Pensamos em escrever juntas, cada uma fazendo uma personagem e dando vida à vida delas conforme o nosso d...