Slender Man - O Conto [Livro 3]

Capitulo quatro: Suspeito

Eu não sabia o que estava diante de mim, não sabia se era um bicho, uma árvore ou uma pessoa. Só sei que eu gritei o mais alto que pude, com o meu coração acelerado devido ao susto e aquela coisa continuava parada na minha frente.
Tentei decifrar o que era aquele negócio alto e escuro, mas não encontrei um rosto se quer, e quanto mais eu olhava, mais o meu medo aumentava.

— O que você é? — perguntei, gritando. Foi a única coisa que veio na minha mente.

Eu acho que só piorei a situação porque a coisa começou a soltar um monte de braços, ou sei lá que troço era, das costas e ficava cada vez maior.

— Sem tempo, irmão. — digo e saio correndo.

Meu intuito era sair gritando pelas ruas do bairro, mas esse pessoal daqui é extremamente ignorante e eu sabia que ninguém iria me ajudar, neste caso, tive que ir correndo até o hospital onde minha mãe trabalha. Por sorte não era tão longe assim, mas querendo ou não eu iria correr bastante.

{Théo}

Willian e eu estávamos esperando a Emily terminar de por o gesso no braço. Sei que deveria ter ido atrás da Spencer, mas da mesma forma sei que ela não iria me escutar.

— Acha que ela ficou brava? — perguntou Willian.

— Com certeza! Mas não ligue, sabe como é a Spencer. — respondi. — Logo ela volta ao normal, mas é compreensível ela não acreditar na volta do Slender.

— Não acredita em mim, não é? — perguntou Willian.

— Não é isso, Will. É que vendo pelo lado dela, eu tampouco iria crer que aquela besta retornou. — respondi. — Nossa cidade quer esquecer dele.

— Théo, eu posso ser muitas coisas, mas não sou louco e nem mentiroso. Sei mais do que nenhuma pessoa o que a Spencer passou quando éramos crianças, perdemos amigos naquela época e pode ser que ela queira mesmo desmemoriar tal período, mas precisa confiar no que eu vi. — disse Willian.

Fiquei em silêncio por uns minutos.
Willian tinha razão e eu no fundo sei que ele está dizendo a verdade.

{Spencer}

Eu fui beber uma água e tomar um ar, depois fui até a sala onde a Emily estava sendo atendida, fiquei conversando com ela.

— Está bem? — perguntei.

— Melhor agora, obrigada! — respondeu.

— Vou pedir a receita com os seus medicamentos para o médico. — digo. — Depois eu levo vocês lá para casa.

— Não queremos te incomodar, Spencer, podemos pedir um uber. — disse Emily.

— Negativo, eu não vou deixar vocês, nesse estado, irem sozinhos e andar por quilômetros até sei lá onde. Até esqueci o nome da cidade que vocês moram. — digo.

— Está bem. — disse Emily, rindo.

Saí do consultório e andei até o outro para pegar a receita de Emily.

{Théo}

A sala de espera era próximo à porta de entrada do hospital e quando a mesma se abriu, escutei a voz da Stefani gritando por Spencer.

— Filha? O que houve? — perguntei, alarmado.

— O homem grande, ele está lá em casa, a Jojo também está lá... faz alguma coisa! — respondeu, aterrorizada.