Capitulo dezessete: O plano final

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{Spencer}

Depois de passarmos uma hora cavando a fundo, finalmente encontramos as páginas. Era do penúltimo livro.

— Agora vamos atrás da última. — digo.

— Olharei no mapa. — disse Willian.

O Willian analisou as partes que percorremos e a nossa ultima parada seria no porto da cidade.

— Nós temos que ir ao píer. — disse Willian.

— Onde e o quê é isso? — perguntei.

— É o lugar onde ficam os navios, onde as pessoas embarcam para as viagens. — respondeu Willian.

— Ah! Sei onde fica, mas é longe de onde estamos. — digo. — Agora sim é a hora de chamar um táxi.

— Eu também acho. — disse Willian. — Vamos pegar as coisas e sair daqui.

E vamos para a nossa última missão. Eu preciso salvar a minha filha.

{Emily}

Eu passei a noite aqui na casa da Isabella e por incrível que pareça, fiquei muito mais acomodada aqui.
Levantei-me da cama bem cedo, preparei um chá e fiquei na varanda olhando para a rua. O mais curioso disso tudo é que eu vi o Théo passar por aqui e ele não estava com uma cara muito boa.

— Bom dia, Emily! — disse Isabella, aparecendo na varanda.

— Bom dia, Isa! — respondi. — Eu fiz um chá agora pouco, aproveita que ainda está quente.

— Beleza. — disse Isabella.

Voltei a prestar atenção na rua.

{Théo}

Mal acordei e fui na delegacia. Não tomei café e nem nada. Meu objetivo era ir atrás do Tony para buscar por respostas.
Passei pela cada da Isabella e vi que a Emily estava na varanda. Sei que eu estava errado por tomar aquela atitude, mas não era hora de pedir desculpas.

— Tony! — gritei ao entrar na delegacia.

— Estou aqui! No que posso ajudar? — perguntou.

— Meu nome é Théo e eu sou o pai da Stefani. — respondi. — Precisamos conversar.

— O quê você quer de mim? — perguntou Tony.

— Eu quero saber como desfazer essa maldição da minha filha. — digo. — Deve ter alguma maneira e você sabe qual é.

— Não, eu não sei! Aliás, a Spencer já sabe de tudo o quê o meu pai contou, aquela é a verdade. — disse Tony.

— Eu preciso falar com o Hudson. — digo.

— Ele está em casa e não vai sair de lá, é só ir. — disse Tony.

— Entendi. — digo.

Agradeci pela informação e saí de lá, seguindo em direção à casa do Hudson.

{Emily}

— Que cara é essa? — perguntou Isabella.

— Nada, só vi o Théo passando por aqui. — respondi.

— Será que ele foi fazer alguma coisa na delegacia? — perguntou.

— Você é boa em dedução, vai ver foi isso mesmo. — digo. — Mas estou preocupada com o Will e a Spencer.

— Eu também, mas sei que a Spencer vai conseguir. — disse Isabella.

Assim espero.

{Spencer}

E como eu ofereci, pedimos um táxi e fomos ao porto. O lugar era bonito, admito, mas não se via nada além de um imenso mar.

— Como vamos achar isso? — perguntei.

— Olhando no mapa, têm uma caixa e uma ponte de madeira acima. — respondeu Willian.

— Então, quer dizer que a caixa com as folhas está abaixo do píer. — digo. — Eu vou lá.

— Está louca? Não vou deixar que vá, eu posso ir. — disse Willian.

— Não preciso que deixe nada, Willian. — digo. — E outra, eu consigo segurar a respiração por mais tempo. Eu vou.

— Você quem sabe. — disse Willian.

Deixei meus pertences de lado e pulei na água.

{Théo}

Encontrei a casa e ela estava péssimo estado. Toquei a campanha e a porta se abriu.

— Olá?— gritei, entrando.

— Quem é você? — perguntou Hudson.

— Eu sou o Théo. — respondi.

— O marido da Spencer? — perguntou Hudson.

— Sim. — respondi.

— Uau, que surpresa! — disse Hudson. — O que veio fazer aqui?

— Estou aqui para ter respostas. — digo. — Eu preciso que me diga a verdade.

— Bom, o desespero de vocês é um ótimo entretenimento. — disse Hudson, rindo.

— Você tem que tirar essa maldição da Stefani. — digo.

—  Por que você mesmo não tira? — disse Hudson. — É só virar o Slender Man outra vez.

— Não dá, a Spencer destruiu o encantamento que a Meredith lançou em mim. — digo.

— Não seja tolo! Não importa o que fizer, não mudará nada. — disse Hudson.

— Você sabe que a Spencer é inteligente e também sabe que ela vai elaborar um plano que vai te colocar no chinelo. — digo.

— Não desta vez. — disse Hudson. — Eu venci, finalmente!

— É o quê veremos. Até mais! — digo, saindo.

Caminhei de volta para casa.

{Spencer}

Voltei para a superfície com a caixa em mãos. Conseguimos encontrar todas.

— Agora vem a parte difícil. — digo. — Temos que pensar em uma solução.

— Olha, eu andei pensando em algumas coisas possíveis para resolver essa bagunça. — disse Willian. — E se nós conjurarmos esses três Slender Man's?

— E no quê isso ajudaria? Iria ficar mais três monstros no mundo. — respondi.

— Não, pense comigo. O Hudson disse que esses monstros são diferentes, que eles têm a capacidade de nos ouvir e obedecer, certo? Tanto que ele ordenou a um Slender Man a sequestrar sua filha. — disse Willian.

— Onde quer chegar? — perguntei.

— Nós podemos conjurar esses três Slender's e fazer com que eles tragam a Stefani de volta. São três contra um, vai dar certo! — respondeu Willian.

— Seu plano é bom, mas precisamos melhorar. — digo. — Eu preciso de um feitiço de selamento para fechar o portal para sempre e assim trancar os Slender's lá dentro para sempre.

— No livro deve ter. — disse Willian. — Então é esse o plano?

— É esse. — digo.

Destino selado é o caramba, Hudson. Eu vou salvar a Stefani.

Slender Man - O Conto [Livro 3]Onde histórias criam vida. Descubra agora