Capítulo dezesseis: Ele enlouqueceu!

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Estávamos dentro da caverna. Lá era escuro e tinha um péssimo cheiro.

— Bom, no mapa diz o lugar específico em que as folhas se encontram? — perguntou Willian.

— Na verdade, não. Só mostra o desenho de uma caixa, então quer dizer que possa estar enterrado. — respondi.

— A cabana não é muito extensa, só serve de abrigo para morcegos e outros tipos de animais de pequeno porte, não vai ser difícil encontrar. — disse Willian.

— Então vamos caminhar. — digo.

E assim seguimos.

{Théo}

Todos nós voltamos para a minha casa. Larguei as coisas no chão e sentei-me no sofá.

— E agora, qual é o grande plano? — perguntou Isabella.

— Você pode ir embora, não têm mais nada para fazer aqui. — digo.

— Não fique com raiva do que eu disse sobre você lá na trilha, eu sei que eu tenho razão. Você não fez nada e continua não fazendo. — disse Isabella.

— E o que você fez? — perguntei.

— Eu te digo o quê ela fez. — disse Emily. — Buscou pelo livro, chamou o sobrinho dela aqui para encontrar informações na internet, fez inúmeras teorias para encontrar o portal e tirar a Stefani de lá. E você?

— Vocês não sabem o quê eu passei, não podem ficar me julgando assim. E eu fui atrás da minha filha, eu fui pego pelo Slender Man, ela consegiu me libertar. — digo.

— Grande coisa! — disse Isabella, ironicamente. — E depois disso, Théo? Que droga você fez para ajudar? Nada! Pare de bancar o pobre coitado.

— Eu não quero mais ouvir vocês, vão embora da minha casa! — digo, expulsando-as.

— A Emily não vai sair daqui, pois a Spencer a mandou ficar aqui. Mas eu vou, porque não têm como mais olhar para a sua cara de imbecil. — disse Isabella.

— Não. As duas irão sair daqui. — digo. — A Spencer não está, então quem manda sou eu.

— Pode ter certeza de que essa casa não será mais sua quando a Spencer retornar. — disse Emily.

— Veremos. — digo.

A Emily subiu para pegar algumas coisas e depois saiu com a Isabella.

Estou cansado de tudo! Já está se tornando insuportável toda essa situação, se eles querem que eu faça algo, irei fazer. A idéia que tenho em mente é: ir atrás do Tony e pedir para me encontrar com o pai dele. Vamos resolver isso de um jeito ou de outro.

{Emily}

— Eu não acredito que ele fez isso! — digo, irritada.

— Ligue para a Spencer, isso não vai ficar assim. — disse Isabella.

Peguei o celular e disquei o número dela.

Chamada on

— Alô?

— Oi, Spencer.

— Ah, oi, Emily!

— Tenho algo para lhe contar e você não vai gostar.

— O quê rolou?

— O Théo enlouqueceu, me expulsou de lá.

— Como assim? (gritou)

— Ele ficou nervosinho com o que a Isabela disse no caminho de volta para casa, enfim, se alterou.

— E onde você está, Emily?

— Com a Isabella, vou ficar com ela.

— Está bem, eu resolverei.

Chamada off

— Bom, acho que resolvi. — digo.

— A Spencer quando está brava é a personificação do diabo. — disse Isabella. — Mas por mim, eu iria lá dar um soco na cara daquele mané. Quem ele pensa que é?

— Ele é o dono da casa legalmente, né. — digo. — Não tem muito o que fazer.

— É, mas eu não estou nem aí, daria o soco assim mesmo. — disse Isabella.

Não sei o que deu naquele homem, mas ainda sim me preocupo. O dia foi longo e eu estava cansada e também estava anoitecendo, era hora de descansar.

{Spencer}

Depois que a Emily me ligou, a minha raiva só aumentou. Eu iria fazer algo, mas não agora, pois minha prioridade era outra.

— Eu conheço essa cara e não é boa coisa. — disse Willian.

— Se eu te contar, vai ficar com raiva também e eu quero evitar isso. — digo.

— Eu acho que aguento esperar. — disse Willian, rindo. — Olha, eu encontrei um buraco.

— E têm como entrar? — perguntei.

— Não acho que seja para entrar, mas sim para cavar e encontrar algo que esteja escondido. — respondeu Willian.

— Então vamos, menino! Vamos cavar esse buraco. — digo.

Eu estava com pressentimento ruim, mesmo buscando por respostas.

{Stefani}

Ainda estou nesse buraco negro, sem saída e eu estou com fome. Eu quero a minha mãe, não aguento mais.
Senti que estava andando por horas naquele lugar e não encontrei ninguém, nem um cadáver.
E acho que estava reclamando cedo demais, pois não demorou muito e eu dei de cara com aquele monstrengo de terno.

— Pelo menos ele anda chique. — digo.

Não perco a mania de fazer piadas em momentos inapropriados. Mas ele estendeu uma das mãos para mim e tinha um bilhete, que provavelmente dois scritp por um ser humano que foi possuído, enfim, já conhecem a trajetória. Então, abri o bilhete e li.

"Veja o meu terno e esteja no inferno, sou o homem de preto que causa sofrimento eterno."

Eu não tive nenhuma outra reação além de ficar encarando-o, assustada.
Eu não poderia fazer que nem a minha mãe, ela confiou no Slender da época, eu não posso fazer isso, mas não existe muita opção, na verdade, não existe opção alguma.
Se não pode vencê-lo, junte-se a eles.

Slender Man - O Conto [Livro 3]Onde histórias criam vida. Descubra agora