Capítulo vinte: Hoje

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{Spencer}

A manhã não havia chego ainda e eu devo confessar que não dormi muito bem, fiquei pensando no que iríamos fazer hoje.
Levantei-me da cama, segui para o banheiro e me arrumei. Quando desci para preparar o café da manhã, escutei a campainha e fui atender a porta.

— O que você faz aqui? — perguntei. — E ainda mais tão cedo.

— Nós precisamos conversar, Spencer. — disse Théo.

— Eu disse que só iria conversar com você depois que trouxesse a Stefani de volta para casa. — digo.

— É sobre isso também. Olha, não podemos continuar assim, ela é minha filha e eu sei que errei no começo. — disse Théo.

— Está bem, entre. — pedi.

Nós dois fomos para a sala de estar e ficamos em silêncio por alguns minutos.

— Eu conversei com o Tony esses dias e ele me contou que não temos nada a fazer para tirar a Stefani de lá. — disse Théo.

— No passado também me disseram que eu não poderia fazer nada por você e olha só o que aconteceu. — digo. — Não venha me dizer o que é possível ou não. Eu sei do que eu sou capaz, Théo, eu vou tirar a minha filha de lá, nem que eu tenha que pagar com a minha própria vida.

— Você é teimosa, Spencer! Por que não consegue acreditar nas pessoas que sabem do que isso se trata? — disse Théo.

— Ninguém sabe de porcaria nenhuma, Théo! Isso aqui é a droga de uma lenda, é o inferno de uma cidade amaldiçoada e eu vou terminar com essa palhaçada! — digo, irritada.

— Então nós vamos fazer isso juntos. — disse Théo. — Espero salvar minha filha e também nossa relação.

— A hora de você se redimir é agora. — digo. — Você tem um plano?

— Eu acho que deveríamos ir falar com o Hudson. — respondeu Théo.

— É, eu já tinha isso em mente. — digo. — Vamos agora.

{Emily}

Quando eu acordei, o dia ainda não havia nascido, então fiquei sentada na rede que ficava na varanda esperando a Isabella ou o Willian acordar.
Fiquei observando a rua e avistei o Tony passando com a viatura, mas pelo sentido que estava seguindo, não iria em direção à delegacia.

— Acordou cedo. — disse Willian.

— Eu perdi o sono. — respondi. — Então fiquei vendo o dia amanhecer.

— Já está ficando claro, deve ser umas cinco e pouca da manhã. — disse Willian.

— Eu fiquei pensando na Spencer, sabe? Em como ela vai resolver as coisas, no que ela está pensando... — digo.

— A Spencer tem uma solução para tudo e nós sabemos disso. Eu não estou preocupado e acho que você também não deveria ficar. — disse Willian.

— Mas de qualquer forma, eu gostaria de ajudá-la. — digo.

— E nós vamos, mas quando ela pedir. — disse Willian.

— Está bem. — digo. — Vou preparar algo para tomarmos café da manhã.

— Não, fique aí, deixa comigo. Eu estou há um tempo sem cozinhar bem, vou fazer algo especial para vocês. — digo.

— Mas olha que surpresa! — digo, rindo. — Então eu ficarei aqui esperando.

É, o dia estava chegando tranquilamente.

Slender Man - O Conto [Livro 3]Onde histórias criam vida. Descubra agora