Slender Man - O Conto [Livro 3]

Capitulo sete: Um novo Slender Man?

O dia na escola já estava pela metade e nem se quer soubemos de alguma notícia sobre a Jojo.

— Calma, Fani, ela deve estar bem. — disse Filipe.

— Eu quero a minha amiga de volta. É tudo culpa minha. — digo.

— Pare de se culpar! — disse Filipe.

— Talvez se eu tivesse a levado em casa, ela não teria desaparecido. — digo.

— Desaparecimentos acontecem a qualquer momento, com qualquer pessoa. — disse Filipe. — E se vocês duas estivesse desaparecidas? Não tem como saber.

Fiquei em silêncio por alguns minutos, esperando para que o dia ali terminasse e eu pudesse voltar para casa.

— Fani, lembra quando te liguei ontem a noite? — perguntou Filipe.

— Sim, lembro. Aliás, fiquei de te contar o que descobri. — digo. — O meu pai era o Slender Man.

— O quê? Como assim? — perguntou, assustado.

— É, a história é longa, então preste atenção. — digo.

Comecei a contar a história para Filipe de acordo com o que eu ouvi da minha mãe, espero não ter surpresas.

{Spencer}

Ao chegar no trabalho, fui surpreendida por uma chuva de prontuários médicos. O dia será longo.

Eu ainda estava preocupada com toda a situação da Joelle e da Stefani ter visto o Slender. Precisaria de respostas, talvez no livro de magia encontraria algo importante.

{Emily}

Liguei para Isabella antes de sair de casa, avisei que estaríamos a caminho e que eu precisava muito conversar com ela.
Willian estava um pouco confuso, mas não perguntou nada durante todo o trajeto.

— Acha que ela conseguirá desvendar algo? — perguntei, cortando o silêncio.

— Acredito que sim. É a Isa, ela entende dessas coisas. — disse Willian.

Respirei fundo e prestei atenção no caminho. Espero que esteja certo.

Não demorou muito e já estávamos lá. Willian estacionou o carro na calçada do outro lado da rua, saímos do mesmo, voltamos para o outro lado e tocamos a campainha. Isabella nos atendeu.

— Bem-vindos! — disse Isabella.

— Oi, Isa, quanto tempo! — digo, abraçando-a.

— É verdade! Mas acredito que você não veio por os assuntos em dia. — disse Isabella.

— Bom, tenho assuntos mais importantes para tratar, mas é claro que vamos conversar sobre as coisas que aconteceram durante esse tempo. — digo.

— Então está bem, podem entrar! — disse Isabella. — Aliás, perdão, Will, não tinha te visto. Como está?

— Estou bem, obrigado! — respondeu Willian. — Vou deixar vocês conversando e irei dar uma volta por aí. Emily, quando quiser ir embora é só me ligar.

— Está bem, até mais tarde! — digo.

— Vamos entrar. — disse Isabella.

Concordei e entrei na casa.

Isabella permaneceu na casa dos pais mesmo depois da morte deles, ela sempre dizia que aqui é o lugar dela e tenho que concordar. Hallstatt perpetuamente será nossa aldeia, nosso destino é permanecer por aqui até o fim dos tempos. Somos uma família.

— Conte-me o que aconteceu. — disse Isabella, sentando-se no sofá.

— Bom... — digo, sentando-me ao lado. — Eu tive um sonho estranho, achei que poderia me ajudar a desvendar o significado.

— Hum... — resmungou Isabella, olhando fixamente para os meus olhos, creio que me esperando terminar de contar.

— Me lembro de uma menininha, usava um vestido vermelho e estava perdida. — comecei a contar.

— E como era o lugar? — perguntou Isabella.

— Não sei descrever, era um pouco escuro, também não tinha como ver o rosto da criança e ela chorava por não conseguir voltar para casa. — terminei de contar.

— A menina é a Spencer e o lugar é o cosmo inverso. — disse Isabella.

— Como? — perguntei, sem acreditar no que estava ouvindo.

— Preste atenção, Emily. A garota perdida simboliza a Spencer, ou até mesmo a filha dela. — respondeu Isabella. — O Willian e você sofreram um acidente e pelo o que eu sei, disseram que haviam visto o Slender Man. A gente tem um monstro maior para cuidar agora. Ele voltou, ele é real!

— Tem alguma idéia do que iremos fazer? O tempo parece ser curto. A amiga da Stefani sumiu uns dias atrás e a mesma afirma ter visto o Slender Man. — perguntei, aflita.

— Ele está atrás da filha da Spencer, disso eu tenho certeza! Mas temos que entender todo o contexto da situação. Não conhecemos o Slender Mande agora, ele não é parte de um feitiço lançado por uma bruxa, talvez encontraremos a resposta no livro de magia que usamos da primeira vez. — respondeu Isabella.

Eu respirei fundo tentando assimilar cada palavra dita por ela, mas ela complicado. Coisas ali não faziam sentido, mas para quê procurar sentido? Estamos na cidade onde reside uma lenda, nada aqui precisa de um significado.
Era hora de agir, mas por partes. Uma caçada nova estava para começar e eu sinto que algo irá acontecer e nada poderemos fazer.