Deliciosamente Proibido - Parte XXVII

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Últimos capítulos

Macarena

Acabei saindo com as mãos sobre a boca a acariciando ainda sentindo seu gosto ali como uma idiota por me deixar levar por um simples beijo e tão alheia que apenas percebi a presença de Raúl no corredor quando deu uma risadinha.

- Seus botões estão bem desconjuntados - Disse com uma risadinha ridícula e revirei os olhos. Eu corria um sério risco de danificar meus globos oculares por causas de um italiano.

- Não é nada disso que você está pensando - Esclaresci abrindo-os de volta para que pudesse ajeita-los.

- Sabe que já me disseram e eu já disse muito isso na vida? - Acentuou ainda irônico.

- Não e também quero saber - Disse tentando ultrapassa-lo.

- Porque tem batom na sua boca? - Percebeu e instintivamente levei os dedos aos lábios novamente em um curto período percebendo o quanto estava certo só pelo tato.

- Eu estava de batom - Menti rapidamente como um único instinto.

- Não estava não. Eu observei bem que estava sem quando vi você pedindo um instante para se secar - Então era ele quem havia incentivado Bárbara a ir ao meu encontro?

- Eu não me surpreenderia se me disesse que foi você que enviou Bárbara até o banheiro - Joguei o verde, mesmo já tendo em minha posse o maduro.

- E eu tampouco faria o favor de
negar - Teve a audácia de confirmar e dei-lhe um tapa num ombro.

- Você é um descarado - Bradei enquanto ele começava a massagear o local que bati.

- E você é safada. Mas eu não me importo desde que seja só com a Bárbara - Arregalei os olhos e pensei em continuar a esbofetea-lo, mas depois voltei atrás não decidindo dar-lhe tanta atenção.

- Quantas vezes eu tenho que dizer que não temos mais nada? - Porque eu já tinha dito umas quantas e ele permanecia ignorando.

- E quantas vezes eu tenho que dizer que vou comer docinhos no casamento de vocês? - Pelos céus, sequer antes havia essa possibilidade e menos ainda agora!

- Eu deveria imaginar que sendo o único amigo de Bárbara deveria ser tão insuportável quanto - Indiquei os comparando.

- E mesmo assim você vive beijando a boca dela e permanece me dando atenção - O fez de volta e mais uma revirada de olhos dediquei a ele.

- Porque você não para de falar - E como ignora-lo se assim era?

- Não posso até que eu possa falar direito com você. O que certamente não acontecerá hoje - Disse observando Bárbara se aproximar de nós com os cabelos molhados me fazendo lembrar do banho que tomamos juntas naquele segundo.

Meu corpo era o meu maior inimigo.

- O que eu te disse? - Perguntou direcionando seu olhar para o italiano ficando na ponta do pé enquanto o tomava pela orelha enquanto ele fazia caretas de dor e sibilava palavras de socorro misturadas a um "Se eu sobreviver nos encontramos na saída do bistrô, mais tarde"

E para minha infelicidade certamente o homem sobreviveu, com uma orelha muito vermelha diga-se de passagem.

- Se você gosta do insuportável cheguei a conclusão que gosto do agressivo. Não é possível que eu continue amigo de uma pessoa que quase arrancou minha orelha e serviu numa sobremesa - Fiz uma careta de nojo instantaneamente.

- Você tem sorte de ainda ter um pau - Relembrei e ele me deu razão tirando a mão da orelha vermelha para instintivamente proteger suas partes tão indispensáveis.

Destino ou casualidade?Onde histórias criam vida. Descubra agora