Destino ou casualidade?

Deliciosamente Proibido - Parte XXXIII

Penúltimo capítulo

Macarena

- Você ouviu o que ela disse Raúl? Tempo i-n-d-t-e-r-m-i-n-a-do - Soletrei enfatizando minha própria desgraça para o italiano do outro lado do balcão.

Depois que Bárbara realmente mudou a chave de lugar o carcamano por arte de algo que eu ainda não conseguia explicar acabou por descobrir onde eu guardava a minha e trazia vinho para o jantar.

Da primeira vez foi assustador e eu quebrei a vassoura nas costas dele pensando ser um ladrão, mas um vick e uma explicação depois passei a me acostumar com encontra-lo aqui da mesma maneira que Milagros certamente também já que sempre perguntava quando o italiano não aparecia na verdade se aquela velha se chamasse algo eu teria a completa certeza de que foi ela que deu com a língua nos dentes.

- Eu ouvi e estou igualmente indignado. É por isso que pensei em um plano - Porque acabou dizendo isso eu alguma vez acabamos limpando um salão inteiro sobre a risada de Bárbara e de quebra estava
na situação que estava, portanto, e antes que terminasse já ia fazendo o favor de dispensar.

- Não. Não dispense ainda - Pediu me entregando uma taça de vinho ao ver minha cara relutante e se sentou no sofá da frente.

- Eu vou me arrepender de dizer isso três segundos depois que você abrir a boca, mas conte seu plano - Disse sem nada a perder quando já havia perdido o corpo da minha diaba em minha cama por dois longos dias.

- Não há mistério. Você é linda e cozinha bem para caramba. Use isso ao seu favor eu particularmente não resisto a uma mulher hétero e interessada em mim que trate de me seduzir assim, nem a raiva da Bárbara será tão forte - Seu comentário me transportou lentamente a uma conversa que tivemos depois de uma rodada de sexo incrível em que eu disse que queria ensina-la a fazer um bolo e eu soube que aquele homem não passava frio porque estava coberto de razão.

- É a coisa mais sensata que disse desde que o conheci. Deveria exercitar falar mais coisas assim quem sabe não aprende? - Indaguei bebendo meu vinho com um sorisso largo.

- Se tão ruim com as palavras me julga não vou dizer o que tenho para ajudar você nesse plano - Eu revirei os olhos e mandei que parasse com aquela carinha de cachorro que caiu da mudança o que o fez mantê-la por mais meia hora e que eu tivesse de joga-lo para fora de casa, parando apenas quando começou a cutucar seus bolsos até encontrar uma chave.

- E isso? - Perguntei com uma cara confusa.

- É a chave do coração da Bárbara - Esclaresceu com suas frases bregas.
Reitero, eu não tinha idéia de como alguém acabava na cama com esse cara depois de conversar com ele dois minutos.

- Primeiro que isso é de ferro. Para ser do coração dela no mínimo teria de ser de ouro porque ela é uma maldita mulher rica agora - Com a saída dos tios do negócio Bárbara possuía uma conta muito mais gorda agora. Também tinha muito mais trabalho, mas certamente estava feliz com isso.

- Está bem. Não é do coração, mas é uma cópia que mandei fazer da chave reserva da casa dela e tendo em vista suas diversas tentativas frustradas de chegar nela no trabalho penso que deveria considerar toma-la - Isso era fato. Nesses dias o que mais fiz foi tentar chegar nela. Descolei uns amassos, mas a verdade era que meus dedos estavam prestes a atrofiar sem o devido exercício. Se eu fosse na ginecologista ela claramente diria que eu voltei ser virgem sem qualquer exagero.

- No dia que conseguir armar um plano sem uma parte ilegal política será coisa de gente honesta - Apontei tentando pegar a chave que ele levantou um pouco mais esquecendo apenas que eu não era baixinha como Bárbara e que alcancei do mesmo jeito.