Dezessete

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O rei poderia usar seu poder e sua autoridade para me obrigar ser sua esposa e rainha, mas em vez disso ele queria uma oportunidade de me conquistar e isso era uma coisa que eu não esperava, mas que achava muito lindo da parte dele. Em uma época em que as mulheres são casadas obrigadas por suas famílias com homens que não amam e acabam sendo mal tratadas, o que o Rei Acaz estava fazendo era maravilhoso.

Ver aqueles lindos olhos verdes me encarando e pedindo com tanta delicadeza eu não consegui dizer não.

Então Merabe o que me diz? - pergunto-me novamente o rei ao ver que eu estava em silêncio. Me permite conquistar você?


Meu rei, se o senhor assim desejar, eu permito. - respondi um pouco nervosa enquanto encarava os lindos olhos dele. - Obrigado Merabe. - agradeceu-me ao beijar carinhosamente minha mão esquerda. - Eu não vou desistir enquanto o seu coração ser meu. - disse-me ao dar um lindo sorriso e tirando um leve e tímido sorriso meu.


Alguns dias depois…

Se passaram alguns dias e o rei tinha cumprido o que me disse, todas as mulheres que estavam no palácio foram livres para irem a suas casas. O rei também me permitiu ver minha família, trouxe eles para o palácio para que eu pudesse vê-los.

A cada dia que se passava ele se dedicava a me conquistar, fazia um jantar romântico, conversava comigo no jardim e até me ensinou a montar a cavalo, como o jardim era bem grande, andávamos com os cavalos ali mesmo.

Todas as manhãs em meu quarto tinha um café da manhã maravilhoso e uma carta romântica do rei. Ele estava realmente me conquistando, eu já não conseguia evitar pensar nele e mesmo não querendo admitir, o nome dele eu pronunciava bem baixinho a noite antes de dormir.

Ele também me presenteou com muitas roupas maravilhosas, jóias belíssimas. E em uma bela manhã fomos ao jardim apenas nós tomar um delicioso café da manhã.

Esse café da manhã está maravilhoso. - disse ao ver aquele maravilhoso café da manhã. - Mais maravilhoso está você hoje, como passou sua noite? - perguntou-me enquanto pegava uma maçã. - Foi muito bem, e a do senhor meu rei? - perguntei ao pegar um cacho de uva.


Por favor me chame de Acaz, a minha foi boa também. Eu não me canso de olhar pra você e toda vez me pergunto, será que já te conquistei? - perguntou-me ao deixar a maçã sobre o cesto e pegar em meu rosto carinhosamente com sua mão direita.


Eu não poderia mais continuar negando, eu estava apaixonada pelo Acaz. E naquela manhã eu acordei disposta a dizer isto a ele, que todo seu esforço em me conquistar teve êxito.

Acaz eu já tenho a resposta para essa pergunta. - respondi enquanto olhava em seus olhos verdes e dei um sorriso. - E qual é? - perguntou-me ao se aproximar de mim e acariciar meu rosto. - Todo seu esforço em me conquistar teve êxito, meu coração te pertence. - respondi ao colocar minha mão em seu rosto e acariciá-lo. - Você acaba de me fazer o homem mais feliz do mundo com essa resposta, eu te amo Merabe. - disse ao me dar um selinho. - Eu também te amo, Acaz, meu rei. - me declarei e logo em seguida nos beijamos.


Meu primeiro beijo foi com o homem que eu estava apaixonada, eu não poderia desejar coisa melhor. Aquele momento que estávamos tendo no jardim, era o melhor da minha vida. E eu tinha certeza que Deus escreveu o nosso destino, eu estava destinada a ir aquela manhã ao rio pegar água e ele estava destinado a aparecer lá.

Mesmo com tantas mulheres lindas e virgens de Avalon sendo levadas ao palácio, nenhuma delas tinha conseguido conquistar o rei. Mas eu vindo de um vilarejo pobre, sendo uma plebeia pude ter para mim o melhor dos homens, não por ser rei, mas sim por ser fiel ao que sentia.

Merabe, você quer casar comigo? - perguntou-me Acaz me olhando diretamente nos olhos e com uma linda e doce voz. Quer ser a minha esposa, minha companheira, minha amiga e minha rainha? - Acaz, eu quero sim. Claro que desejo ser sua mulher e sua rainha. - respondi muito feliz e o beijei.


Eu vou fazer de ti a mulher mais amada de todo o reino. - disse carinhosamente. - Eu não duvido, sei que ao seu lado serei eternamente feliz. - respondi e o beijei.


Meu rei, desculpe interromper, mas o senhor Fausto deseja falar-te. - disse um servo ao aparecer de repente no jardim. - Onde ele está? - perguntou Acaz ao se levantar e me ajudar a levantar. - Ele o aguarda na sala do trono. - Diga-o que eu já estou indo. - Sim senhor.


Meu amor, eu tenho que falar com ele. Pode ser uma coisa muito importante. - disse ao pegar em minhas mãos. - Tudo bem meu amado. - respondi gentilmente. - Vou preparar tudo para que a gente se case o mais rápido possível. Estou louco para que você seja minha esposa. - respondeu-me muito feliz. - Eu também estou muito ansiosa para chamá-lo de meu marido. - disse ao soltar um sorriso. - Bem eu vou indo. - se despediu de mim com um beijo e depois saiu do jardim.


Depois que Acaz foi para a sala do trono ver o conselheiro chefe dele, eu recebi a agradável surpresa da Malia no jardim e tomamos café da manhã juntas, pois ainda tinha sobrado muita coisa.

É ótimo lhe ver Malia. - disse ao cumprimentá-la. - Digo o mesmo amiga, me conta, como está as coisas com o rei? Eu o vi saindo muito feliz daqui.


As coisas com o Acaz estão muito bem, eu estou apaixonada por ele e ele por mim. Hoje disse o que sentia e ele me pediu em casamento. - disse muito feliz.


Você nunca será feliz com ele, nunca. - gritou Lira ao chegar no jardim. - Vai embora daqui com o seu veneno Lira, veja bem como fala com a futura rainha de Avalon. - disse Malia em minha defesa.


Você jamais será feliz com ele, jamais. - tornou a dizer Lira muito irritada. - Eu vou tirar você daqui na marra. - disse Malia ao levantar e sair empurrando a Lira para fora do jardim.

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Rei Acaz - Quando Surge o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora